Futuro, substantivo feminino
Não, você não leu errado. O futuro é feminino. Relatório Especial publicado pelo Sebrae em março deste ano, intitulado “Empreendedorismo feminino no Brasil”, apresenta um recorte interessante em termos de gênero com base em diversas pesquisas sobre empreendedorismo no Brasil. Entre esses dados, chama a atenção o fato do empreendedorismo por necessidade – quando motivado por falta de opção e não como resposta à uma oportunidade - ser maior entre as mulheres do que entre os homens: 44% contra 32%. Ao mesmo tempo, em 2018, o Brasil teve a 7ª maior proporção de mulheres à frente de novos negócios entre 49 países, ficando atrás de Madagascar, Panamá, Indonésia, Angola, Catar e Tailândia.
Ou seja, nós, mulheres, empreendemos mais, porém com menos estrutura e planejamento, situação que se reflete na taxa de conversão desses novos negócios: 40% mais baixa entre as mulheres. Se 6,5 em cada 10 homens consolidam seus negócios, apenas 3,9 mulheres entre 10 conseguem o mesmo feito.
Diferentes aspectos sociais e econômicos estão relacionados ao empreendedorismo feminino. Cada vez mais chefes de domicílio, não é à toa que mulheres empreendam mais por necessidade do que os homens. E as barreiras são enormes. Mesmo com um tempo médio maior de estudos – 9,9 anos contra 8,5 dos homens – os negócios conduzidos por mulheres tem porte menor e pagam taxas de juros maiores, muito embora sejam as mulheres melhores pagadoras, com baixo índice de inadimplência. O rendimento mensal médios das empreendedoras também fica abaixo dos homens, R$2.344,00 contra R$1.831,00.
Diante de uma realidade ainda fortemente marcada pela desigualdade de oportunidades, ter participado na semana passada de um fórum completamente lo-ta-do de empreendedoras foi uma experiência excepcional. Durante dois dias, fomos 5.100 mulheres, um recorde de público do 8º Fórum da Rede Mulheres Empreendedoras, realizado no Club Homs, em São Paulo, participando de uma intensa programação de palestras, mentorias e feira de negócios, em um ambiente extremamente vibrante e rico em troca de experiências.
Com o tema propósito e impacto, mais de 100 palestrantes, de diferentes atuações e áreas, mostraram que apesar dos pesares, o empreendedorismo feminino tem condições de assumir um papel estratégico diante de um mundo em transição, onde a valorização de habilidades comumente ligadas ao universo feminino, como emoção e empatia, conferem ao trabalho das mulheres um grande potencial inovador.
Se o empreendedorismo é um movimento que veio para ficar, o empreendedorismo feminino veio para transformar. Se queremos um mundo mais justo, com base em um desenvolvimento sustentável e integrado, o futuro é sim, feminino.
CEO e Fundadora RME e Instituto RME Chair W20/ G20. 500+ influentes AL / Bloomberg VP Conselho do Pacto Global ONU BR. Membro CDESS "Conselhão da Presidência Conselheira: Seguros Unimed/UAM/ Colunista Folha SP
5 aObrigado pelo relato perfeito , Renata
Qualidade l Processos l Melhoria Continua l Monitoramento I Experiência do Cliente I CX I Desenvolvimento de Produtos I Treinamento
5 aRenata Santos apesar de todos pesares, desigualdade e muitos outros motivos, fico imensamente feliz e esperançosa com o futuro, pois estamos sim dominando o mundo! Acredito muito que MULHER É SINÔNIMO DE FUTURO. Amei ler o seu artigo! Conteúdo muito bem elaborado com um assunto muito latente! Aguardo mais artigos e publicações escritos por você! Grande abraço!
Head de Comunicação Corporativa para Ásia no LinkedIn | Expatriada Brasileira vivendo em Londres 🇧🇷 🇬🇧
5 aAna Fontes o seu evento inspirou muitas mulheres, e também esse texto aqui (:
Tecnica de Enfermagem
5 a👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾
Engenheiro Civil / Arquiteto
5 aParabéns!!