Gatunos do Conhecimento
O que se passa um pouco por todo o mundo é que os Estudantes hoje estudam pouco, lêem pouco, pesquisam apenas na Internet resumos de terceiros. Tirar tempo para ler as temáticas pelos livros dos autores, fazer resumos próprios e relacionar com outros autores é considerado um empecilho ao descanso e aos momentos de lazer. Os alunos universitários estão preocupados com duas coisas: 1ª alcançar uma média para terminar o ano sem que necessário seja pagar a prova de recurso; 2ª adquirir um diploma que lhe possibilite entrar no mercado de trabalho, ainda que isso não signifique uma agregação de conhecimento.
Isso é um hábito muito preguiçoso que limita o aprendizado dos jovens a apenas um ou dois dias antes dos exames. Findada a fase de exames, os alunos esquecem-se tudo que haviam lido, pois apenas passaram os olhos e decoraram, não estudaram de facto, mas pior que a ignorância é a utopia do conhecimento!
Já que está na Academia, aproveite o tempo de hoje para absorver o conhecimento que usará para a vida. Os exames, são apenas incentivos a que tais matérias sejam retidas com maior responsabilidade, contudo, a nota da prova vai dizer-lhe o quão preparado está para levar essa teoria para a prática. Invista tempo no conhecimento!
“Estudar é a arte de encher-se de conhecimento por curiosidade, é definir-se Gatuno do Conhecimento, aquele que adquire para si, o conhecimento de várias formas, sem causar prejuízos a terceiros, usando todo o tipo de biblioteca existente, humana, tácita, online e física.” Definição própria.
Se o aluno tem um foco: aproveite o tempo livre para estudar, explorar, pesquisar, porque o futuro vai exigir de si o resultado desse conhecimento sem que muitas vezes haja oportunidade de frequentar formações profissionais.
Acredito que vivemos no final da Era da Economia do conhecimento,(sendo a próxima a Era da tecnologia) onde a vantagem competitiva está agora “no que de concreto sabe fazer” e não no “que se faz”. O fundamental não é ter uma graduação que represente a sua função, antes porém, mostrar o que se é capaz de fazer após anos de aprendizado. Posto isso, não estude apenas para os exames, estude para a vida! O imediato vai acabar por se revelar dispendioso financeira e estrategicamente.
O segredo é só um: estudar! Quanto mais melhor, não estude porque o professor ou o seu tutor assim o exigiu. Estude para o seu próprio benefício, trabalhe para si, adquira conhecimento por si.
Estudar, na dose certa, afasta de si pensamentos inúteis e dá-lhe maiores oportunidades de encontrar o amor no trabalho e vai facilitar a sua vida laboral no futuro. Hora veja, se acumular para si maior conhecimento e especializar-se no que gosta de fazer, diminui as hipóteses de depressão no sentido em que pode com maior facilidade encontrar o trabalho dos seus sonhos. Naturalmente, a depressão pode advir de outros factores, mas este risco aumenta quando o indivíduo não se esforçou para reter o máximo de conhecimento possível visto que esta limitação lhe cria constrangimentos diante de situações de desemprego e preguiça mental.
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Na qualidade de Recrutadora, posso dizer-te o seguinte: Quando o teu currículo chegar às minhas mãos vou procurar sinais de conhecimento e afunilamento profissional. Vou procurar entender qual a área do saber que melhor te destacas e o que mais fizeste além da formação académica para que te tornasses especialista no Conhecimento que te confere poder profissional. De nada me adianta muita parra e pouca uva, ou seja, não me interessam currículos que têm uma vasta lista de cursos ou empregos trabalhados em diferentes funções, pois isso não revela o que se pretende numa empresa. Olharei para um currículo em pirâmide em que cada etapa te superas e cresces com sabedoria.
Se eu puder entender que as qualificações que vendes são as pretendidas pela empresa, óptimo. Convido-te a uma conversa a fim de perceber outro ponto fundamental: é o amor que empregas nas tuas palavras, gestos e atitudes perante as questões estratégicas que te colocarei. Tudo isto porque vantagem competitiva de uma empresa está, no conhecimento intrínseco das questões laborais e o amor que constitui comprometimento e motivação na função a que te candidatas sem que o salário seja o teu foco principal.
Daí que para ter prazer no aprendizado é preciso gostar o que estuda.
Nem sempre é possível ter boas notas, nem sempre é possível encontrar professores que motivam os alunos pela paixão na profissão, nem sempre é possível ser o melhor da turma, mas isso não é o que te torna especialista no que gostas. Os melhores revelam-se na resiliência do conhecimento. A persistência no aprendizado e a busca constante pela auto-realização naquilo que se gosta de fazer. Ao entrar no mercado de trabalho, tudo ficará muito mais simples, a partir daí, o que necessita fazer é aplicar na prática o que tanto estudou na teoria e ter a humildade para reconhecer que quanto mais estuda, mais carece de aprender.
Quando deres inicio à tua actividade, vais perceber que aprendeste o saber-ser e o saber-saber e que neste momento aprenderás o saber-fazer. Este é o conhecimento prático que a empresa te oferece resultante da experiência e da habilidade em fazer bem os processos recomendados que aumentarão o teu know-how, conhecido por aprendizagem organizacional que poderei te explicar no próximo artigo.
Com todas estas ilações, só te posso dizer uma frase de Benjamim Franklin: investir em conhecimento rende sempre juros.
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5 mClaucia, o nosso sistema de ensino forma para escravizar não para educar, exemplo é só ver as disposição das carteiras nas escola e universidades, somos educados para seguir padrão, alimentar ideias próprias é pecado. A inteligência é cultivada em terenos abertos adubadas com indagações inquietantes de que só sei que nada sei levando o amante do saber a procurar a sabedoria nas fontes ( oral; escrita; rupestres). me apaixonei péla forma que acaricias o recrutamento e selecção neste artigo 😍