Generalista ou especialista, o que o mercado precisa mais?
Neste artigo, trato o tema do aprofundamento vertical e o horizontal no mercado de trabalho, ou seja, é melhor saber um pouco de tudo ou muito de pouco? Normalmente essa reflexão não tem a devida atenção, então empreendamos a este tema o que ele merece. Qual será a resposta?
Quando criança, eu sempre tinha dúvida em que posição jogar no futebol. Meu objetivo era estar em campo. Era um generalista. Certamente havia uma restrição comum para alguns lugares no time. Em regra, a posição de goleiro não era algo almejado por muitos. Também saliento que esse colega era “disputado às tapas” por muitos. E, se ele realmente fosse um especialista, nem entrava na cota de divisão do aluguel do campo.
Esse pequeno paralelo apresenta a situação comum que muitos vivem no mercado profissional. A analogia com o futebol tem como objetivo esclarecer e evidenciar que até hoje no mercado estes dilemas sobrevivem, ainda que de uma maneira diferente. Vejamos: quando fazemos especializações no Brasil (lato sensu) costumamos estudar várias disciplinas de maneira superficial. Isto é, ao invés de nos tornarmos um especialista que detém um conhecimento profundo sobre um tema, viramos um generalista especializado sobre o tema escolhido. É comum esse conflito na prática profissional e não somente na academia.
Qual o tipo de profissional mais buscado ou valorizado no mercado?
A resposta da pergunta acima vem com outra comparação interessante. A empresa de vanguarda e o mercado buscam profissionais cada vez mais completos. Poderia ser aquele que é muito bom em um tema específico e que seja fundamental para o negócio/empresa, ou seja, o indivíduo que entende profundamente sobre assuntos que a maioria não consegue mergulhar e se aprofundar muito. Há também a possibilidade destas empresas requererem o profissional generalista, ou seja, aquele que é bom em vários temas: ainda que sem uma grande profundidade tem o seu devido lugar na empresa. Ele possui um conhecimento global e a visão sistêmica em regra. É o que joga em várias posições, possui a habilidade de adaptação mais latente. Então qual será?
É necessário esclarecer que há uma tendência da união dos dois. Obviamente que ambos os perfis têm seus devidos lugares no mercado e continuarão a ter por um bom tempo, mas essa integração é importante. O mercado precisará com mais veemência do profissional que é um excelente atacante, é o especialista, mas que de acordo com o momento da empresa ou do “jogo” ele poderá ser escalado, ou seja, alocado para uma outra função. Para jogar no meio de campo ou até mesmo no gol, pois ele é adaptável, flexível e mutável. Esse é o profissional do futuro. Não deixará de ter o leque de conhecimento aprofundado em um tema, mas rapidamente interpretará os sinais e terá a visão sistêmica do negócio, podendo atuar nas mais variadas frentes, ainda que com suas limitações.
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8 aCaro é certo que nascerá um novo profissional, e este será "Tecnológico holístico". O mundo dará uma volta a partir deste século. Estaremos a 4ª onda Industrial. Tudo que é comum hoje se tornará cibernético e os espaços cada vez mais nano.