GENTE

#zecapensandoalto

Se eu pudesse resumir o ano de 2018 em uma palavra essa palavra seria: GENTE. (Ou seria a palavra de todos os anos e só este ano que eu percebi?)

Como conheci gente este ano.

Gente boa. Gente entusiasmada. Gente diferente. Gente legal. Gente trabalhadora. Gente do bem. Gente amável. Gente com fome de aprender. Gente com fome de ensinar. Gente que parece que eu conheço há muito tempo. Não parece. Nos conhecemos. Gente criativa. Gente feliz. Gente empreendedora. Gente inovadora. Gente pragmática. Simplesmente gente.

E como me decepcionei com muita gente. Gente preconceituosa. Gente insensível. Gente contraditória. Mas a cada decepção, aprendo que eu preciso ser mais tolerante, mais compreensivo. São gente. Gente como eu.

E quando olho de cima, como tem gente que gosta do bem. De fazer o bem. De compartilhar o bem. Gente que olha no olho. Gente que tem sorriso aberto. Gente que fala o que pensa. Gente silenciosa que põe a mão na massa. Gente jovem. Gente adulta. Gente jovem e adulta.

Gente com mais de 50 que não é tão jovem. Bobagem. A idade está no Espírito. 

E neste embalo de fazer o bem, temos oportunidade de encontrar muita gente sofrida. Gente que precisa de atenção. Gente que precisa de um olhar. Gente triste. Gente que precisa ser reconhecida. Gente que é feliz com tão pouco. Gente que fica feliz com o pouco de bem que fazemos. Gente que tem esperança. Gente necessitada. Gente humilde. Gente que tem tanto a nos ensinar.

E tanta gente a nossa volta. Do meu lado. Este é um dos meus aprendizados. Olhar para o lado.

“Tem certos dias

Em que eu penso

Em minha gente

E sinto assim

Todo meu peito

Se apertar

Porque parece

Que acontece de repente

Como desejo de eu viver

Sem me notar

Igual a como

Quando eu passo

Num subúrbio

Eu muito bem

Vindo de trem

De algum lugar

E aí me dá como uma inveja dessa gente

Que vai frente

Sem nem ter com quem contar

São casas simples

Com cadeiras na calçada

E na fachada

Escrito em cima

Que é um lar

Pela varanda flores tristes e baldias

Como a alegria, que não tem

Onde encostar

E aí me dá uma tristeza no meu peito

Feito um despeito

De eu não ter como lutar

E eu que não creio

Peço a Deus por minha gente

É gente humilde

Que vontade de chorar”

Composição: Garoto / Vinícius De Moraes & Chico Buarque

Será mais um ano em que somos convidados a fazermos o bem para essa gente tão sofrida. Com “vontade de chorar” ou sem, está mais do que na hora. Oportunidade é o que não nos falta.

Que eu seja todo o bem possível para toda gente. Não. Que eu faça o meu melhor para toda gente. É o que desejo para 2019.

E você? Qual foi a sua palavra de 2018? Qual será a palavra de 2019?

Feliz 2019 para você.