A Geração feminina do milênio: um debate para todos

A Geração feminina do milênio: um debate para todos

Na semana passada, a FGV realizou três dias de debates sobre o tema A Mulher e o Mercado de trabalho com o objetivo de refletir sobre a importância de promover a diversidade nas empresas. Para enriquecer o debate, foram convidadas mulheres com grandes repertórios, que gentilmente compartilharam suas histórias e experiências. Dentre elas estavam Maria José de Mula Cury (Sócia da PwC), Mariana Tolovi (membro do Conselho de Administraçao do Great Place to Work), Andrea Chamma (Vice chairwoman do Bank Of America Merrill Lynch), Silvia Valadares (Startup Community Lead na Microsoft) ,Lucy Onodera (Sócia diretora da Onodera) ,Alessandra Ginante (VP de RH da Avon) e Patricia Molino (sócia da KPMG)

Deu para sentir a riqueza do debate? Por isso, decidi compartilhar pontos que me marcaram.

Cada uma dessas mulheres está engajada no esforço para mudar a disparidade entre os gêneros no universo corporativo e suas trajetórias mostram que já avançaram nesse aspecto. No entanto, ainda existe uma enorme lacuna que a geração feminina do milênio terá de trabalhar para reduzir.  A Pwc realizou uma pesquisa rica em dados que merece destaque sobre essa geração.

  • A geração feminina do milênio está mais confiante do que a geração anterior. Ela se sente capaz de alcançar posições de chefia; porém, a confiança dessas mulheres diminui com a idade.
  • 66% das mulheres dessa geração ganham igual ou mais do que seus parceiros.
  • As mulheres estudam mais que os homens (investem mais em educação).
  • 71% das mulheres gostariam de ter experiência profissional internacional ao longo da sua carreira.
  • O salário das mulheres costuma ser 70% do salário dos homens.

O tema igualdade de gênero está em alta e não se trata de igualdade no mercado de trabalho, apenas, mas em todas as áreas.  A questão aqui não é lutar por uma causa própria. Não é brigar por brigar. Vamos olhar para o negócio e ver como ele pode ganhar com a inclusão das mulheres em posições de chefia? A questão de gênero no mercado de trabalho deve ser encarada como fundamental à sustentabilidade do negócio.

 O que faz uma empresa ter sucesso são seus recursos humanos, seus times. Times com perfis diferentes têm uma melhor performance. Alguns estudos mostram que mulheres são mais empáticas que os homens, o que pode ajudar no relacionamento com clientes, por exemplo.

Outro ponto: é preciso quebrar alguns tabus. Muitos acreditam que o salário da mulher é menor porque elas dão mais gastos, com por exemplo, o fato de a licença-maternidade custar mais que a licença-paternidade. No entanto, os homens possuem uma taxa de afastamento por problemas de saúde e por alcoolismo maior que o das mulheres. Quando contabilizamos tudo isso, custa igual empregar homem ou mulher.

Estima-se que em 2020, a geração do milênio feminina representará 25% da força de trabalho global. As organizações precisam criar estratégias específicas para desenvolver estes talentos de hoje, para que venham a desempenhar papéis de liderança no futuro. Isso pode significar alterações na cultura organizacional e as empresas precisam estar preparadas para responder a questões desse âmbito. O compromisso, com uma cultura inclusiva e com programas e políticas de inclusão de talentos, criará modelos de negócio onde todas as formas de talentos poderão prosperar.

As mulheres do milênio também precisam fazer sua parte. Para isso, a pesquisa da Pwc oferece algumas dicas:

  • Siga adiante e ouse
  • Mude seu mindset de “o que posso conseguir?” para “o que posso oferecer?”
  • Negocie com sabedoria (muitas mulheres têm medo de negociar com medo de perder. Um exemplo está na negociação de salários. O homens negociam mais que as mulheres)
  • Quebre os objetivos de longo-prazo em passos menores para o curto-prazo
  • Não subestime seu desempenho
  • Ouça sua voz interior (sabemos que somos muito boas nisso, certo?)
  • Faça do seu parceiro, um parceiro verdadeiro, forte
  • Assuma alguns riscos (calculados) para acelerar o seu desenvolvimento. Só sabemos do que somos capazes quando tentamos
  • Coloque seu ponto de vista
  • Seja resiliente. Às vezes aprendemos mais com o erro do que com o sucesso.

 

Para saber mais vá na fonte: www.pwc.com/femalemillennial

 Marina Baylon, Coach de Carreira e Executiva

www.crosscoaching.com.br 

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