Geração Y e Z no mercado de trabalho
Você sabe o que é gestor de felicidade? Influenciador? Bom, se você tem mais de trinta e cinco anos, provavelmente não.
O grande quebra-cabeça dos gestores no atual momento econômico e humano da nossa sociedade é como manter a Geração Y e Z nos postos de trabalho. Sabe-se deles que procuram felicidade imediata, que não estão nem ai para aposentadorias e em juntar valores para começarem a gozar a vida depois dos sessenta anos.
A empresa do século XX não é atrativa à esses jovens, suas regras e seus posicionamentos levam em conta um funcionário que chega ao escritório com a camisa devidamente passada e os sapatos lustrados, esse funcionário guarda dinheiro na poupança, tem previdência privada, talvez viaje uma vez por ano nas férias. O funcionário do século XX, mais jovem está chegando aos quarenta, provavelmente é casado e tem filhos, logo um bom seguro de saúde às vezes lhe é mais valoroso do que ofertas salariais sem benefícios.
O dilema é que essas empresas chegaram a esse momento e para continuar tem que abrir as portas à juventude que nasceu conectada, que se importa sim com benefícios, desde que esses não atrapalhem o seu instinto de felicidade. Esse colaborador se veste de forma informal, está sempre de fone de ouvido, benefício é uma pausa para uma partida de Leag of Legends, tira ano sabático para viajar e postar lindas fotos no insta. É inovador, da sua cabeça brotam ideias, não tem medo de riscos e troca facilmente de escritório se vislumbrar a possibilidade de mais felicidade em outro local, a segurança das cadeiras de couro não lhe é atrativa.
A empresa do século XX começa a não ter alternativas, tem que se repensar, estamos na era das startups e estas já deram a receita, tem em seu quadro de colaboradores cargos como: “gestor de felicidade”, por exemplo. O gestor de felicidade não faz somente “gestão de pessoas”, ele é responsável por criar e manter um clima feliz no ambiente de trabalho. Motivação? Liderança? Sim! Tudo isso é muito importante, mas criar laços de amizade, comer pizza, estabelecer relações informais com quem se passa a maior parte do tempo é o indutor dessa motivação. Vinhetas de superação motivacional não funcionam com eles, o engajamento se não se dá pela dor, mas pelo amor. Se o jovem da geração y perceber que os obstáculos serão dolorosos ele salta fora na primeira hora. E não adianta o quarentão vir chamá-lo de fraco, pra ele fraco é quem vende a vida em troca de uma garantia que algum dia no futuro, já velho e cansado ele poderá em fim gozar uma “boa vida”.
Enquanto nosso país discute a reforma de previdência e trabalhista para funcionários nos moldes dos escritórios de contabilidade dos anos sessenta, outros países já legislam com os olhos bem pregados no século XXI, criando leis que permitam que as empresa se adaptem rápido e tranquilamente a essa nova geração. Alguém pode dizer: “Isso funciona na Dinamarca!”. Sim, a Dinamarca lidera o ranking da felicidade no trabalho, mas atrás dela vem países como África do Sul, Índia e acredite se quiser o nosso vizinho Uruguai. Nesses países, as empresas estão abertas ao funcionário empreendedor, o ambiente coorporativo permite que o colaborado esteja à vontade para pensar o tempo todo em inovação.
Chegou a hora das empresas cinquentonas se revisarem, chegou a hora de trazer esses meninos para a guerra, mas oferecendo-lhes armas de acordo com o mundo que vivem, ou seja, um mundo conectado, globalizado, gameficado e saudável. Nenhuma empresa precisa virar o Google da noite para o dia, mas rejuvenescer o seu ambiente coorporativo é a receita para empresa manter a eternidade.
Não se esqueça: “Tome água, com gás!”.
Marcelo Guilherme Moreira
Graduado em Administração pela Universidade Federal de Ouro Preto
Mestrando em Direção Estratégica pela Univ. Europea del Atlantico, Santander ES
Consultor de Negócios
7 aAcabei de lêr e entender essa matéria, muito interessante mesmo, é sem dúvida o que já está brotando. Parabéns Marcelo
Consultor de Negócios
7 anão