Felicidade no trabalho: Utopia ou um caminho sem volta?
De acordo com Martin Seligman, a vida plena é aquela que nos dá prazer, engajamento e significado (propósito). É a soma da vida agradável ou prazerosa, da vida engajada e da vida significativa. Esses três aspectos são, pois, os pilares da felicidade.

Felicidade no trabalho: Utopia ou um caminho sem volta?

Cerca de 90% das pessoas estão infelizes em seus trabalhos. Desse percentual, 36,52% dos profissionais estão infelizes com o trabalho que realizam e, 64,24% gostariam de fazer algo diferente do que fazem hoje para serem mais felizes, este é um dado recente de uma das pesquisas do IBGE no Brasil.

Intrigada com este resultado, e também por ouvir na última semana que o país alcança um do maiores índices de empreendedorismo dos últimos tempos, me coloquei a refletir sobre as causas, e não satisfeita em pensar sobre o tema sozinha, abri uma caixa de pergunta em uma das minhas redes sociais e ouvi meus seguidores sobre o assunto. As respostas mais comentadas foram:

Ambiente de trabalho ruim, salário incompatível, falta de comunicação da liderança, falta de reconhecimento, paternalismo entre alguns outros pontuais.

De acordo com Martin Seligman (2019), a vida plena é aquela que nos dá prazer, engajamento e significado (propósito). É a soma da vida agradável ou prazerosa, da vida engajada e da vida significativa. Esses três aspectos são, pois, os pilares da felicidade no trabalho. Este mesmo estudo do autor concluiu que o florescimento das competências e bem- estar aumentam em 22% o lucro de qualquer instituição.

E como falarmos de florescimento das competências e bem-estar no ambiente de trabalho se a complexidade das causas de insatisfação ainda estão em sua maioria na base da pirâmide das necessidades básicas do ser humano: fisiológicas e segurança.

Ambiente de trabalho está totalmente ligado ao clima organizacional, em sua maioria mensurado e não tratado, questões salariais vão muito além da incompatibilidade, inexistência de plano de carreira, plano de cargos e salários, ausência de benefícios, programas de saúde baseados em perfil epidemiológico dos colaboradores e não somente em campanhas bonitas de anti-tabagismo, a falta de planejamento de sucessão escondida no medo de substituição dos líderes que não foram preparados para estarem onde estão e na insegurança de rapidamente serem substituído por deixarem florescer os talentos de seus liderados.

Estas entre tantas outras causas que envolvem a gestão e a governança de nossas empresas no país, cheguei a conclusão que a equação não será resolvida tão rapidamente.

E voltando para o sujeito da pesquisa, nós brasileiros, podemos aproveitar o mês de janeiro, que estão denominando como mês branco, o mês do auto-conhecimento e descobrir o que realmente importa, o que realmente nos motiva, entender que profissão é diferente de carreira e que emprego não é o mesmo do que trabalho, e que o teu propósito pode estar naquela velha e clássica pergunta que você se esqueceu ao longo dos anos, o que você vai ser quando crescer?

O astronauta pode estar escondido sentado atrás de uma pilha de documentos sem sentido a serem assinados todos os dias, com crise de pânico e dormindo a base de muitos remédios.

Felicidade no trabalho: Utopia ou um caminho sem volta? qual é a sua opinião, deixa aqui nos comentários.

Gisele Trink.


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