Geração Z prefere mentoria com ChatGPT do que com o chefe
Crédito da foto: criada com IA

Geração Z prefere mentoria com ChatGPT do que com o chefe

Pois é! Essa é a manchete que está na capa de todos os canais de comunicação nesta semana.

Chocante, né? 😱

Confesso que quando li fiquei impressionada.

Até porque há uma pesquisa que comprova essa informação.

Fui atrás da fonte, a pesquisa feita pela INTOO em parceria com a Workplace Intelligence com 1.600 funcionários dos Estados Unidos entre 21 e 67 anos entre Novembro e Dezembro de 2023.

Sendo que:

▪ 18% são da Geração Z (21 a 26 anos)

▪ 32% da Geração Y (ou Millenials - de 27 a 42 anos)

▪ 31% da Geração X (43 a 58 anos)

▪ 19% são Baby Boomers (59 anos ou mais).

Ou seja, essa manchete fala de uma pequena parcela da realidade.

47% da geração Z diz que consegue melhores conselhos de carreira do ChatGPT do que de suas lideranças.

Traduzindo em números absolutos: 135 dos 1600 colaboradores trouxeram isso como uma verdade.

Bom, não é tão grande assim, certo? 🤷🏻♀️

Isso inviabiliza toda a pesquisa?

De jeito nenhum! Mas coloca as verdades em perspectiva.

O que esses dados mostram é uma dor latente: há baixa qualidade nas conversas de desenvolvimento e de carreira.

3 de cada 4 colaboradores reportam que receberam um conselho ruim de carreira da sua liderança.

Para os entrevistados, eles conseguem melhores conselhos de carreira de amigos e familiares (62%), Google (44%), redes sociais (36%) e Inteligência Artificial (34%).

▪ E de onde vem essa falha?

Como eu acredito que a realidade é feita por três aspectos (eu, o outro e a circunstância), vamos explorá-los juntos.

A começar pela circunstância.

A própria pesquisa mostra que o desenvolvimento dos colaboradores não é uma responsabilidade única da liderança.

Programas de treinamento e desenvolvimento são excelentes ferramentas para apoiar lideranças e colaboradores.

Os modelos de programas com maior adesão são:

▪ Programas de coaching: 75%

▪ Programas de mentoria: 60%

▪ Workshops interativos: 57%

▪ E quanto à liderança?

O maior empecilho percebido pelos entrevistados é que seus líderes não tem tempo. 

Eles também acreditam que essas lideranças têm um foco excessivo na própria carreira (47%), não sabem como ajudar (46%) ou simplesmente por não ligarem (45%).

Para completar esse cenário, 49% dos RHs acreditam que as lideranças não recebem treinamento suficiente para aconselhar a carreira dos seus times.


Então há três principais fatores que impactam a liderança:

▪ Tempo (ou seria gestão de escolhas, como diz meu amigo Stenio Moura?)

▪ Preparo: ressalto aqui inclusive um treinamento de vieses inconscientes, já que os colaboradores questionam sobre a qualidade dos conselhos.

▪ Autoconhecimento: esse ponto surge como premissa quando listamos os dois anteriores.

E chegamos a parte do eu.

Quais as necessidades destes entrevistados?

De onde vem essas respostas?

Confesso que fiquei muito curiosa em responder essas perguntas.

Estudando a pesquisa percebi que as afirmativas falam muito do outro e da circunstância.

E sabemos que quando avaliamos fora, somos mais críticos do que quando avaliamos nós mesmos.

59% dos entrevistados relatam que um conselho de carreira ruim teve o seguinte impacto em sua vida pessoal:

▪ Estão com dificuldades em sua saúde mental.

▪ Estão insatisfeitos com o rumo que sua vida tomou.

▪ Estão com dificuldades em sua saúde física.

▪ Desperdiçaram muito dinheiro em treinamento/Educação.

▪ Estão com dificuldades em sua vida social.

Logo, o que esses dados me mostram é que os problemas da vida pessoal são causados por um conselho ruim.

Me pergunto: onde está a capacidade de discernir destes entrevistados? 🤔

E o autoconhecimento?

Vejo um sinal de terceirização de responsabilidade aqui.

Percebam: há sim uma participação do outro (liderança) e da circunstância.

E também não podemos esquecer que sempre haverá ⅓ que cabe a mim. 

Qualquer que seja a realidade.

E para você, o que mais te chama atenção nessa pesquisa?

Me conta aqui nos comentários para ampliarmos essa conversa!

Para quem quiser ler a pesquisa na íntegra, está nos comentários o link para fazer o download.

#linkedinbrasil #gestaodepessoas #geracaoz #carreira #desenvolvimento #lideranca #chatgpt #ia

Eu sou a Gabriela Jardim Presto , especialista em emoções e desenvolvimento humano!

Eu ajudo você no desenvolvimento humano para potencializar pessoas e negócios e criar culturas mais felizes, engajadas, sustentáveis através do autoconhecimento.

Sou fundadora do Emoções em Jogo , Board Member do Institute for Next Level Leadership (California), coach ICF e mentora. São mais de 15 anos servindo no despertar da potência dos indivíduos e organizações. 

Minha experiência como executiva de multinacionais aliada às ferramentas do Cultivating Emotional Balance (CEB) (Santa Barbara Institute), neurociência e retiros de silêncio provocam, aprofundam e tornam práticas as jornadas que conduzo. 

Atuo também com desenvolvimento de lideranças, vieses inconscientes e princípio feminino. Além de ser parceira da Enablers Network (Suíça), também atuo como trainer na Crescimentum , StartSe e Great People Leadership , as maiores consultorias de treinamento e desenvolvimento do Brasil.

Você pode me acompanhar na rede vizinha @gabriela.presto

E se quiser, pode me mandar um e-mail no gabriela@emocoesemjogo.com.br ou me dar um alô no WhatsApp: 11 93701-4545

Miguel Nisembaum

Especialista em Liderança Positiva & Estratégia - Ajudando pessoas, equipes e empresas a manifestar o seu melhor. Acelerando transformações estratégicas nas empresas.

1 a

Insights valiosos Gabriela Jardim Presto um reflexo de que tanto a forma como nos comportamos , como os modelos de gestão de pessoas hoje não respondem as necessidades das pessoas nem coloca elas no centro. Tem uma outra pesquisa recente em que uma boa parte das pessoas respondeu que topava ter um chefe robô.

Gabriela Jardim Presto

Sócia, CXO e CEO interina da Escola Atemporal | Founder Emoções em Jogo | Coach ICF e Mentora | Treinamento, Palestra e Imersão de Inteligência Emocional e Autoconhecimento | Desenvolvimento de pessoas e equipes B2B

1 a
Renata Rosendo de L. Costa

Country Manager | Director | Brand Manager | Marketing | Coach de pontos fortes - Certificada Gallup | Mentoring | Lean Advisor

1 a

Faz todo sentido as reflexões compartilhadas. É preciso ter discernimento, autorresponsabilidade e não terceirizar como muitos fazem. Acredito que tenha falta de maturidade para alguns integrantes da gen Z também, precisam de mais musculatura emocional.

Iza Amaral

Aqui compartilho insights da minha carreira, muito além de um perfil corporativo 😉

1 a

Que delícia ver essa pesquisa mastigadinha com tantos insights! Você foi muito feliz quando escreveu que ainda há muita terceirização aqui da responsabilidade do desenvolvimento da carreira. Por mais que o termo de efeito “protagonismo na carreira” esteja mais difundido, quando algo dá errado é mais conveniente culpar o outro. Obrigada por esse artigo!! ❤️

Suelen Petry

Facilitadora de Desenvolvimento Humano| Trainer| Coach e Mentora| Palestrante

1 a

Adorei sua análise e se pudesse assinaria o texto junto com você! Obrigada Gabi por tamanha contribuição.

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