Gestão da Desigualdade I
Confesso que é bem complexa a tarefa de condensar em pequenos textos no formato dos materiais que circulam na Web algumas pistas sobre o que venho estudando ao longo dos últimos anos, mas vamos ao desafio!
Aprendemos a pensar sobre a educação como ferramenta de transformação social, como emancipação dos sujeitos, como a “saída” ou a “solução” para todos os possíveis problemas que nos surjam, não é mesmo?
Aliás, aqui falamos da educação formal, aquela dos bancos escolares, que se projeta como muito mais importante do que as demais tipologias informais e não formais, outro tema que abordaremos em outra publicação futura.
Essas ideias sobre a ação da educação formal em nossas vidas colocam a todos no mesmo contexto, supondo que suas possibilidades de aprendizagem não dependessem de outros fatores intervenientes na sua formação, o que é preocupante.
Então, questiono: na atual Sociedade da Aprendizagem que estamos vivendo as pessoas experienciam os mesmos tipos de educação? Ou alguns poderiam estar tendo acesso a níveis diferentes de qualidade nos processos educativos que participam?
Assim, entendo a educação escolar hoje ao redor do mundo e, com maior intensidade ainda no Brasil, como uma estratégia de gestão da desigualdade social. Assim, a escola se encarrega, tanto na educação básica como no ensino superior de gerir os desiguais, promovendo formas de que concorram e possam ocupar seus papéis na sociedade.
O problema da concorrência é o fato de que a educação representa o conjunto de ativos, de diferenciais que cada um de nós carregamos e que nos permite então “ganhar” ou “perder” na sociedade... aqueles que ganham estão bem, e os que perdem?
Analise onde você está desenvolvendo sua educação formal, estes espaços e aprendizagens estão tendo impacto eficaz na sua vida pessoal e profissional?
E as outras possibilidades de aprendizagem fora dos muros escolares estão sendo aproveitadas por você? Pense sobre isso!!! Abraços e até a próxima publicação!