Gestão de Carreiras: Carreira Proteana e Carreira Sem Fronteiras
Ao longo das últimas décadas, testemunhamos a aceleração dos avanços tecnológicos, a intensificação da competitividade e a crescente diminuição das estruturas produtivas. Esse novo cenário vem alterando a organização do trabalho, as relações de emprego e as trajetórias de carreira. Até recentemente, o sucesso profissional era definido pela organização e recompensado com aumentos e promoções salariais, movimentando os trabalhadores entre diferentes cargos de maneira ordenada e em sequência previsível. A partir dos anos oitentas, mudanças no processo de gestão de carreira passaram a ser discutidas, surgindo uma nova corrente de estudos definida como mais contemporânea, e caracterizada por uma maior quantidade de transições do profissional entre empregadores e funções; por trajetórias profissionais descontínuas e fragmentadas e por maior autonomia em relação aos processos produtivos e à gestão da própria carreira. Dois exemplos das novas atitudes sobre essa perspectiva de carreira são os proteanos (de Proteus, deus marinho da mitologia grega) e os sem fronteiras.Na carreira proteana, as decisões de carreira caberiam aos profissionais e não às organizações (autogerenciamento). Como consequência, esses profissionais apresentariam maior flexibilidade para adaptar-se a mudanças no ambiente de trabalho e maior comprometimento com o seu desenvolvimento, através do aprendizado contínuo. Na carreira sem fronteiras, os profissionais estão sempre em busca de novas oportunidades para manter ou aumentar a sua empregabilidade (mobilidade física). O relacionamento com a empresa é transacional, isto é, de curto prazo. Como o assunto é atual e inovador, recomenda-se aos interessados uma pesquisa com maior profundidade. Referência: Oliveira, M.Z.; Gomes, W.B. (2014). Estilos Reflexivos e Atitudes de Carreira Proteana e Sem Fronteiras nas Organizações Contemporâneas Brasileiras. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho. Florianópolis, v. 14, n. 1, mar. 2014 .