GESTÃO DO CONHECIMENTO
Maturidade em gestão do conhecimento
É comum pensarmos em obter conhecimentos em nossa vida, ler um jornal, assistir a um noticiário ou fazer um curso superior. Essas são ações praticadas por pessoas que estão dispostas a obter mais conhecimento. Mas a obtenção desse conhecimento não se restringe apenas às pessoas físicas, pois pessoas jurídicas, ou seja, as empresas, precisam também gerar conhecimento para se manterem vivas e permanecerem competitivas no mercado. Um grande autor que trata sobre a aprendizagem organizacional é o Peter Senge, uma obra marcante em sua trajetória foi A quinta disciplina.
Senge destaca que para uma organização se transformar é preciso desenvolver cinco critérios: o domínio pessoal, os modelos mentais, a visão compartilhada, o aprendizado em equipe e o pensamento sistêmico. O domínio pessoa se refere ao aprimoramento pessoal de cada indivíduo, os modelos mentais são responsável por aumentar a percepção de mundo, a visão compartilhada visa deixar os membros do grupo mais integrados, a aprendizagem em equipe busca proporcionar discussões e debates dentro da equipe e o pensamento sistêmico procura estudar as forças internas que podem potencializar a geração de conhecimento na empresa.
Um ponto que merece destaque também é a diferença entre informação e conhecimento. As informações são dados interpretados com um sentido determinado, já o conhecimento é a aplicação dessas informações, ou seja, a informação tem um contexto mais teórico e o conhecimento é voltado mais para a prática. Por sua vez, o conhecimento também se divide em tácito e explícito. O conhecimento tácito é formado dentro de cada pessoa, são as ideias e opiniões que cada um formula. Já o conhecimento explícito é aquele codificado, ou seja, está escrito em um livro ou em algum documento. Quando o conhecimento é gerado no âmbito interno da organização passa a ser chamado de capital intelectual ou ativo intangível.
Dentro desse processo de geração de conhecimento é preciso ficar atento às chamadas barreiras individuais e organizacionais que podem dificultar o processo de criação de conhecimento. Nonaka e Takeuchi (2008) contribuem ao criarem esse conceito. As barreiras individuais se referem a acomodação e a autoimagem, enquanto as barreiras organizacionais dizem respeito aos procedimentos e histórias organizacionais.
A gestão do conhecimento ainda pode sofrer influência de graus de maturidade. Os graus de maturidade que podem impactar diretamente na qualidade das informações criadas são as soluções em tecnologia e informação, organização do conhecimento profissional, o mapeamento dos fluxos do processo e a gestão organizacional. A observância desses critérios pode ser decisiva no sucesso da gestão da informação, podendo deixar o processo mais rápido e fácil ou mais dificultoso e trabalhoso, dependendo de como a empresa lida com cada um deles.
Modelo de gestão do conhecimento
Para orientar esse processo a empresa pode fazer uso de modelos de gestão do conhecimento. É importante buscar influência de modelos já testados e que tenham sua eficácia comprovada e que tenha sido criado por profissionais que possuem um grande conhecimento sobre gestão. Como o modelo já foi implementado e obteve resultados positivos, é possível fazer uma adaptação e aplicá-lo a outras empresas. Aplicar um modelo que já tem sucesso comprovado é muito menos arriscado do que investir em algo que ainda não foi testado e nem estruturado.
Dessa forma uma empresa poderá ampliar a geração de conhecimento dentro da organização e alavancar o seu processo de inovação também. Com a inserção do processo de aprendizagem alinhada com o modelo de gestão do conhecimento será mais fácil capacitar a equipe e atender com maior qualidade os consumidores, gerando benefícios para toda a empresa e para todos aqueles que se relacionam com ela.