Gestão e Educação: Planejamento e Docência

A linearidade no planejamento nos leva a verificar o processo com entrada, processamento e saída, embora na Gestão Escolar Universitária os encontros e desencontros nos processos reflexivos, administrativos ou educacionais, uma melhor opção estudada é o processo em Mapa de Redes de Impactos dado a Complexidade dos processos universitários. O Planejamento estratégico apresenta-se como uma máxima da Gestão, embora verifica-se que sua exequibilidade muitas vezes se torne prejudicada devido a falta de comunicação entre áreas e uma dada aproximação entre o que foi planejado e o que é realizado, sem implantação de ações corretivas.

Transformar o planejamento estratégico em metas e objetivos claros, muitas vezes com indicadores acompanhados pelas entidades educacionais é sempre uma tarefa árdua, mas existem casos de implantação de sucesso como o Balanced Scorecard para Gestão Estratégica Multicultural, visando a valorização da diversidade cultural dentro do ambiente escolar. Em instituições públicas e privadas os gestores se colocam diante de um dos problemas nevrálgicos que é a evasão, muitas vezes modelos matemáticos preditivos auxiliam na tarefa de acompanhamento de estudantes, acendendo o alerta de potenciais evasões, fazendo com que o coordenador de curso possa acompanhar estes alunos mais de perto, muitas vezes mitigando o processo de evasão.

A governança dentro de instituições pode ser enxergada como regras de boas práticas que precisam ser seguidas, em resumo é “Faça a Coisa Certa”, nas organizações públicas temos diversos campos de força atuando, inclusive de atores não públicos, que podem se beneficiar com ações dentro da esfera pública. A governança torna-se mais complexa quanto mais autocrática é a decisão dentro da Gestão, os órgãos colegiados levam a decisões mais democráticas e com maior probabilidade de sucesso, uma vez que podemos debater sob diversas óticas um mesmo problema.

O debate em torno da avaliação nem sempre é fácil, pois, deve-se avaliar o aluno individualmente, mas sempre dentro de um contexto sócio cultural e temporal, os professores não devem dar notas para histórias tristes, mas devem levar em conta a realidade do aluno e a diversidade de fatores que o levaram aquele momento da verdade, a avaliação deve ser contínua e ter caráter formativo na vida do aluno. A unidade escolar deve ser municiada de gestores com capacidade técnica de administração operacional e que entendam o papel da educação em sua função multifacetada de melhoria da sociedade, a formação muitas vezes consegue dar conta de uma parte das habilidades e competências para a gestão mas temos também requisitos de experiência profissional e experiência social para compor e resultar em um bom gestor.

A Educação a Distância (EaD) tem avançado muito no país nas últimas duas décadas, dentre os atores que operam a Educação a Distância temos a figura do Docente (Professor Temático), o Aluno, Coordenador de Curso e o Tutor, este último é peça chave no processo desempenhando o papel da aglutinador entre estes personagens, na forma de interação entre o Docente que apresenta o conteúdo e constrói o material do percurso formativo e o aluno, através das ferramentas digitais de interação, cumpre o papel de tirar dúvidas, incentivar, direcionar e fazer com que o aluno cumpra a sua missão dentro do processo de ensino e aprendizagem.

Na análise de componentes que levam um professor a ser considerado de excelência temos diversos quesitos e também um dado imbricamento entre estes, temos um bom docente aquele que domina a didática, tem bom relacionamento com os alunos e seus pares, tem um comportamento adequado, consegue promover um processo avaliativo que faça o estudante avançar em sua vida escolar, social e pessoal e envolva o aluno com o seu desempenho fazendo do mesmo um ator de autonomia gerador da própria mudança.