GESTÃO HUMANIZADA
Gisele Barbosa
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GESTÃO HUMANIZADA
Tenho ouvido falar o termo gestão humanizada com mais frequência ultimamente.
Acho curioso pois a base da gestão é atuar no humano, portanto nenhuma gestão deveria existir se não tivesse como um dos pilares principais as pessoas, além claro de estratégias e entregas.
Num futuro automatizado e robotizado quem sabe possa ser diferente, mas hoje as pessoas são as bases da criação, produção, operação.
Mas vamos pensar então o que é uma gestão humanizada e o que ela engloba. Na minha concepção, contempla os itens abaixo:
Remuneração: As pessoas devem receber remuneração adequada ao seu cargo ou atividade, inclusive equiparado entre colegas na mesma empresa, e demais empresas no mercado.
Benefícios: Os benefícios previstos em lei são os mínimos, mas sendo respeitado o direito já é uma forma. Um bom plano de saúde que atenda a família é um diferencial humanizado. Verificar se o vale refeição está coerente com o valor da alimentação na região também é essencial.
Condições de trabalho: Local limpo, arejado, com estrutura de equipamentos, e que, pasmem, não se tenha que usar nada pessoal (telefone, fones, até computador).
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Função e carga de trabalho: A carga de trabalho tem que ser compatível com o horário de trabalho e deve estar de acordo com a função e conhecimentos do funcionário. A função pode exigir treinamento, e deve ser oferecido com qualidade.
Clima organizacional: Não incentivar competições exageradas, não expor erros ou inaptidões, criar um ambiente de colaboração, eliminar formas autoritárias em excesso, abusando da função de gestor. Comemorar conquistas.
Desenvolvimento de carreira: Ter na empresa possibilidades de crescimento. Expor ao funcionário as formas de evolução, com feedbacks assertivos, e não ideias rasas e sem direcionamento.
Porém, estes pontos acima conflitam com o sistema que temos hoje nas empresas. Por exemplo, carga horária compatível significa ter pessoas suficientes, considerando sazonalidades. Desta forma, o quadro de funcionários ficaria maior, gerando mais custos.
Mesmo sendo itens que podem estar em conflito com resultados da empresa, se colocados na ponta do lápis, se pagam. Quanto custa o turnover? Quanto custa um afastamento? Quanto custa uma entrega errada por falta de orientação consistente ou treinamento adequado?
Além disso, qual a responsabilidade do gestor enquanto ser humano para outro ser humano?
Dar bombom na Páscoa é legal, mas não é isto que faz a diferença.
No meu ponto de vista, a maioria das empresas hoje não estão preparadas para uma gestão humanizada, e talvez não queiram.
O que acham? Este cenário pode ser diferente?
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9 mOlá Gisele, ótimo texto, parabéns! Concordo com o seu ponto de vista, e digo mais: empresas que almejam serem reconhecidas como líderes no segmento precisam aderir ao tema da gestão humanizada. Acredito que temos no mercado já alguns bons exemplos a serem seguidos e mas ainda é pouco. Como você bem disse, o custo de um turnover ou de afastamento pode ser minimizado se confrontado com o custo da satisfação da equipe, de poder observar o colaborador com o sentimento de dono. No meu entendimento, empresas que fizerem a gestão humanizada serão reconhecidas facilmente e sem sombra de dúvida captarão os melhores recursos humanos.
ETR Interim Management
9 mOi Gisele. Parabéns pelo artigo. Acho muito importante que isso seja discutido dentro e fora da empresa. Essa discussão contribui para levar o assunto às pautas estratégicas, a calcular o quanto isso impacta financeiramente e moralmente no futuro da empresa.