GESTAO DE SAÚDE PUBLICA E UM "NOVO"​ HORIZONTE

GESTAO DE SAÚDE PUBLICA E UM "NOVO" HORIZONTE

O Covid-19 comove grandes empresas privadas a contribuirem de maneira grandiosa neste momento. A expectativa é diminuir fragilidades do nosso sistema único de saúde. Investimentos em Hospitais de Campanha, patrocínio de insumos e EPIs, uma corrida para prover um sistema deficiente, que precisa comportar uma demanda emergencial por assistência. O SUS, apesar de ser reconhecido internacionalmente como um sistema igualitário de saúde, nunca foi capaz de acomodar de forma real, um direito do cidadão, previsto em nossa Constituição. O fato é, que mesmo não sendo admissível, o paciente sem plano de saúde já precisava encarar filas na madrugada, em busca de vaga/senha para acessar atendimento - realidade esta, antecedente à pandemia.

Há mais de 30 anos o SUS existe, mas nossas políticas públicas jamais deram a merecida atenção para esta bandeira. Mesmo com sua capilaridade estrutural, presença e atenção básica, em grande parte de nosso país, o sistema infelizmente, é enfraquecido. Nossa saúde pública historicamente esteve à mercê de baixos investimentos, desvios, superfaturamentos, e ainda é ferramenta de campanha eleitoral, desfalcando um serviço básico de acesso à maior parcela da população. O pior é constatar, que a falta da gestão, é fator central. Com toda essa corrida por leitos meio ao caos em que estamos , acreditem, existe uma má distribuição, existindo até leitos desativados.

O desafio é viabilizar o acesso à saúde, com uma gestão responsável e políticas públicas focadas no resultado, e, dentre tantas frentes relevantes, desde a tabulação de dados do setor, fortalecimento da atenção primária, e investimentos, sem desvio. 

Como fazer? Por onde começar? Que iniciativas adotar? Como usar experiencias de outros países, nosso próprio histórico de tendências vivenciadas até aqui? Como articular uma parceria público-privado para trazer à luz uma solução sustentável para toda a sociedade? São muitos problemas, mas, ao mesmo tempo, muitas oportunidades e muito potencial a ser explorado para trazer o Brasil ao seu patamar. Não podemos aceitar sermos qualificados ineficientes, se existem aqui, tantos profissionais brilhantes, sejam cientistas, profissionais de saúde, líderes, gestores, técnicos. Precisamos de equidade. Um disruptivo recomeço.

Dispomos de recursos. Agora, acontece uma corrida para disponibilizar, pela calamidade que se instaurou, verbas emergenciais de forma desregulada, que poderiam ter sido em tempo anterior aplicadas, com inteligência e responsabilidade no setor da saúde, e certamente estaríamos, ainda que impactados pela gravidade desta pandemia, mais preparados.

Acesso à saúde não pode ser privilegio, nem deve ser seletivo. É fundamental.

Precisamos para ontem, estruturar uma saúde pública que possa acolher inclusive, um número crescente de desempregados que perdem neste momento acesso ao plano de saúde empresarial privado, por conta desta pandemia.

Apesar de um futuro ainda incerto, o renascimento é imperativo. Precisamos da lucidez dos gestores públicos e uma mobilização contundente para que a reestruturação de fato aconteça.

 Acredito, que a esperança, é a última que “MOVE”. E agradeço por hoje conhecer mais profundamente o segmento de saúde e o universo de possibilidade que ele apresenta. Solidarize. A mudança ainda que dificil sempre é possivel.

Monica Simões

Profissional de Nível Superior Sênior na Petrobras

4 a

Parabéns Beatriz Novaes pelo artigo! Muita boa a abordagem acerca do nosso SUS

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos