Globalização em mundo pós globalizado
Olá, Pessoas!
Em face aos últimos acontecimentos (Pandemia, Guerra na Ucrânia, eleições presidenciais, regimes autoritários em ascensão), surge a questão: A globalização estaria com seus dias contados?
Para alguns, o termo globalização designa o fim de fronteiras e muros. Para outros, a causa da nossa infelicidade. Mas, seria a “globalização” um processo irreversível?
Em tempos de pseudoverdades e retrocessos, a “globalização” não é exceção à regra.
Bauman em seu livro, Globalização: As Consequências Humanas. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar. Tradução de Marcus Penche, (1999) já ponderava que o fenômeno da globalização traz a tona questões reveladoras à condição humana. Para o autor, ao examinarmos as causas e consequências sociais que os processos globalizadores desencadeia, não há a unidade de efeitos que se supõe comumente.
O autor sustenta que a globalização tanto divide quanto une, abrindo um fosso cada vez maior entre os que têm e os que não têm. Explorando as dimensões de um mundo no qual ― através das novas tecnologias ― o tempo é acelerado e o espaço é comprimido, Bauman evidencia que os reflexos dessa nova condição são radicalmente desiguais.
O que para alguns parece aproximar, para outros significa o litígio; o que para alguns seria o fim de barreiras, para outros é um destino indesejado e cruel. Em tempos onde a Pandemia acelerou e tornou visível as discrepâncias entre pessoas e países, a percepção das “coisas fugindo ao controle” também se faz aos dois polos.
Por fim, é preciso compreender a essência da globalização antes de se partir para qualquer ponderações a defesa de sua permanência ou dissolução, visto que nas duas situações ocorrerão consequências em todas as esferas da vida humana.
Vale a reflexão