Google it? autônomos ou autômatos?
O Google nos deu autonomia para o livre saber.
O Youtube nos deu autonomia para o aprender e fazer.
Faça vc mesmo. Procure vc mesmo.
Fazer "sem precisar de ninguém" me parece tem um valor: de economizar uma grana ou de não encher o saco de ninguém com suas dúvidas "pq vc me perguntou, pq não viu no Google?" Ou de bater no peito e dizer "cara, eu que fiz isso, aprendi no youtube!" ok, ser autodidata é fantástico.
Dados do instituto Y revelam que X% das dúvidas da população do país Z, agora são sanadas no Google. O que nos deixou torna a nós seres humanos AB% mais solitários.
Sim, essa é uma provocação, pq dados estatísticos importam para agrupar o que muitas vezes é inagrupável (?). A estatística generalizante sai do holofote à medida em que as pessoas são reconhecidas como universos únicos que são.
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O momento de pergunta a uma pessoa é uma possibilidade grandiosa de aprender um algo a mais sobre o assunto, é uma possibilidade de olhar nos olhos, de ouvir a voz, de ter outras trocas implícitas com aquele ser. Sai da estatística e vem pro 1 a 1. Quem está interessado nesse ritmo, slow information?
Por algum motivo fazer perguntas às pessoas passou a ser um sinal de fatal desinformação sobre as possibilidades de resolver aquela questão ou de achar as respostas SOZINHO e RAPIDO. É um contrassenso, um antagonismo aos seres sociais que somos.
"Google it"
Na verdade o que estamos buscando está além das respostas de prateleira. Estamos em busca de contato pessoal. Um bem intrínseco do ser humano que é ignorado diariamente tmb por mim. Um espaço aberto para o novo em cada um de nós.
O quanto mais eu e vc teríamos de conteúdo relacional se perguntássemos mais às pessoas?
Sim para o “Google it”. Fast food.
Sim para perguntas diretamente às pessoas. Slow food.
Tudo tem hora. E vc, pra quem faz as suas perguntas?