GOSTAR X AMAR - AME MESMO QUE NÃO GOSTE DE ALGO – Parte 9
No ambiente de trabalho, a dinâmica dos relacionamentos interpessoais pode ser complexa e desafiadora. A distinção entre gostar e amar adquire um caráter particular nesse contexto. No âmbito pessoal, gostar está frequentemente associado a uma afeição ou preferência por algo ou alguém que nos traz prazer ou alegria. Amar, por outro lado, é um sentimento mais profundo e abrangente, muitas vezes ligado a um sentido de comprometimento e cuidado que vai além das preferências pessoais.
Gostar versus Amar no Trabalho
No contexto profissional, gostar pode se manifestar na satisfação com as tarefas desempenhadas, na afinidade com colegas de trabalho ou na apreciação pela cultura da empresa. No entanto, nem sempre é possível ou necessário gostar de todos os aspectos do nosso trabalho. Podem existir tarefas, pessoas ou políticas que nos desagradam ou até nos constrangem.
Amar, dentro do mesmo contexto, pode ser interpretado como um exercício de compreensão e aceitação das imperfeições e desafios do ambiente de trabalho. Não se trata de um amor no sentido romântico ou passional, mas de um princípio de respeito e valorização das pessoas e da missão da organização, independentemente das adversidades e incompatibilidades pessoais.
Ame Mesmo Que Não Goste de Algo
Quando aplicamos o conceito de "ame mesmo que não goste de algo" ao trabalho, estamos falando sobre a prática da empatia e da paciência. É possível que você não aprecie determinados aspectos do seu trabalho, mas ainda assim pode agir com amor ao exercitar a compreensão. Isso significa esforçar-se para entender o ponto de vista dos outros, reconhecer a importância de cada função e contribuição para o bem maior da equipe e da empresa, e agir com integridade e ética.
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Exercitando a Compreensão
Exercitar a compreensão é uma habilidade essencial para a colaboração e coesão de uma equipe. Significa ouvir ativamente, estar aberto a aprender com as diferenças e estar disposto a adaptar-se para o sucesso coletivo. A compreensão também envolve dar feedback construtivo e receber críticas sem levar para o lado pessoal, interpretando-as como oportunidades de crescimento.
Direito ao Desgosto
Reconhecer que você tem o direito de não gostar de algo é também reconhecer seus próprios limites e preferências. No trabalho, isso pode se traduzir em estabelecer fronteiras saudáveis e aprender a dizer "não" de forma respeitosa e assertiva quando necessário. É importante, contudo, diferenciar entre desgosto pessoal e resistência à mudança ou inovação. Enquanto o desgosto é uma reação emocional, a resistência pode ser um obstáculo ao crescimento pessoal e organizacional.
Em resumo, gostar e amar no ambiente de trabalho coexistem como sentimentos que orientam nossas interações e atitudes no dia a dia profissional. Ao "amar" no sentido de exercer a compreensão e respeito, criamos um ambiente de trabalho mais coeso e produtivo, mesmo frente às situações que nos desagradam ou desafiam. É uma abordagem que promove não apenas o bem-estar individual, mas também o sucesso coletivo da organização.
Gilmar de Almeida é Sócio Consultor e Conselheiro pela GA Consult (www.gaconsult.com.br), representa a Throughput Inc. para o Brasil (www.throughput.ai), foi membro dos Comitês de Logística e Controladoria da ANEFAC, foi Diretor da Câmara de Comercio do Mercosul é Psicanalista Clínico e Mentor.