Governança de Dados...
O crescimento vertiginoso do volume dos dados nas Organizações bem como suas particularidades e complexidades em função de um mundo de negócios dinâmico e em constantes mudanças tem criado lacunas no que diz respeito a gestão efetiva desses dados desde sua criação até o seu descarte. A necessidade de implementação de uma estrutura de Governança de Dados considerando processos, políticas, papéis e responsabilidades, ferramentas tecnológicas e indicadores de performance tem se tornado cada vez mais eminente nas pautas dos executivos responsáveis por dados (CDO – Chief Data Officer). Mas por onde devemos começar?
Abaixo listo 3 principais passos que podem auxiliar no sucesso dessa trajetória:
1 – Definir e priorizar as disciplinas de dados a serem governadas
O principal questionamento para a criação de uma estrutura de Governança de Dados é: “Por onde devo começar”. Comece pelo seu principal ponto de dor em relação a dados, obviamente que podem existir vários, mas no primeiro momento devemos estabelecer prioridades. Normalmente, o mercado brasileiro tem necessidade eminente de aprimorar a Qualidade dos dados. Tenho percebido que grandes Organizações possuem problemas basais na qualidade dos seus dados e que esse problema traz uma cadeia desastrosa de consequências para a operação. Os prejuízos são extensos e podemos detalhar em outra oportunidade.
Outras disciplinas, além da Qualidade de Dados, podem ser foco da Governança de Dados, como por exemplo: Data Security, BI e Self Service BI, Metadata Management, Master Data Management que, além da definição do Golden Record, abrange em partes temas relacionados a Qualidade de dados, etc.
2 – Persuadir é necessário...
A implementação de uma estrutura formal de Governança de Dados envolve um processo de convencimento dos demais executivos. Esse movimento é extremamente importante pois a Governança de Dados com seus papéis e responsabilidades envolvem diretamente as áreas de negócio da Companhia (Data Stewards e Data Owners). Isso significa que profissionais das áreas de negócio terão papéis importantes nas atividades de Governança e que poderão concorrer com atividades core dos profissionais em questão. Essa sobreposição de atividades é “inconveniente” para as áreas de negócio e, por isso, o processo de aculturamento da Governança de Dados e a demonstração dos seus benefícios junto aos principais executivos da Companhia é extremamente importante e salutar.
3 – Comece pequeno e mantenha flexibilidade...
Flexibilidade e atividades que trazem resultados imediatos são a chave para o sucesso na implementação da Governança de Dados na Organização, principalmente se houver resistência de outras áreas. Por exemplo, se iniciarmos com a disciplina de Qualidade de Dados, tenha um mecanismo de avaliação de qualidade de dados e realize reports periódicos aos executivos afetados sobre os principais problemas de Qualidade identificados. Proponha, além das inconsistências identificadas, formas de solução (p.ex. padronização e enriquecimento de bases).
Isso despertará interesse do alto escalão e a Governança poderá ganhar espaço exclusivo na estrutura Organizacional e com isso poderá definir o melhor modelo de Governança de Dados com base nas necessidades da Organização.
No próximo artigo falarei dos principais modelos de Governança de Dados, suas características de operação e interação com outras áreas da Companhia.
CTO na Contratei.net
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