Governança e a visão de curto prazo: Estamos colocando em risco à longevidade dos negócios?
A pressão por resultados imediatos é uma realidade em muitas empresas e não poderia ser diferente pois vivemos em um ambiente muito competitivo e volátil, então garantir um caixa positivo e a sustentabilidade financeira é a base de todo negócio saudável. No entanto, essa busca desenfreada por lucros no curto prazo também pode colocar em risco a sustentabilidade e o futuro do negócio. É nesse contexto que a governança corporativa deveria ser a base para garantir o equilíbrio entre os objetivos de curto e longo prazo.
E como deveria ser o papel do Conselho:
Sei que a minha opinião sobre o assunto não nada diferente da maioria, mas muitas vezes precisamos repetir o básico: o Conselho, em sua essência, deveria ser o guardião da longevidade da empresa. Seu papel principal é zelar pelo cumprimento dos planos de longo prazo e dos propósitos da organização, assegurando que as ações dos executivos estejam alinhadas com a estratégia traçada.
No entanto, vejo com preocupação que muitos ex-executivos acreditam o ser conselheiro é uma extensão das duas atividades e ao assumirem assentos no Conselho, trazem a mesma mentalidade focada em resultados imediatos. Essa visão de curto prazo pode levar a decisões precipitadas e à busca por atalhos que podem comprometer a ética e a sustentabilidade do negócio.
Então tomo a liberdade de lembrar alguns dos perigos pela busca desenfreada por resultados:
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Outros pontos que cabem destaque são os modelos de remuneração:
Os modelos de remuneração agressivos, com bônus atrelados ao cumprimento de metas de curto prazo, podem incentivar ainda mais a busca por resultados imediatos, mesmo que isso signifique comprometer a ética e a sustentabilidade do negócio.
Da mesma forma, a concessão de equity para conselheiros pode gerar um conflito de interesses, levando-os a priorizar o aumento do valor das ações no curto prazo em detrimento dos interesses de longo prazo da empresa e dos seus stakeholders.
E temos solução?
Mais uma vez, volto ao básico, para mitigar os riscos da visão de curto prazo e garantir a governança corporativa eficaz faço algumas sugestões:
Investir em governança corporativa não é apenas uma obrigação legal para as empresas listadas, mas uma grande oportunidade para empresas e grupos financeiros de capital fechado, sendo uma decisão estratégica fundamental para garantir a sustentabilidade e o sucesso do negócio no longo prazo. Ao fortalecer a governança, as empresas podem proteger seus stakeholders, construir uma reputação sólida e garantir um futuro promissor.
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Consultora | Palestrante | Professora | Sócia FIRA | Sócia da Lotus Gestão | Especialista em Compliance, Gestão de Riscos e Governança | (PLDFT) Prevenção a lavagem de Dinheiro
6 mExcelente reflexão Leandro Herculano ! Não só os Conselheiros de Administração, mas também a Alta Administração tem um papel de importância capital nas estruturas de governança corporativa das empresas que diz respeito não só a prática efetiva, mas a criação da cultura da governança corporativa que deve se estender a toda Organização. Topo um bate papo a respeito!
Consultor | Gestor | Negociador | CFO | Assessor
6 mÓtimo texto. Pressão sem metodologia no curto prazo (geralmente pressionada por sócios e mercado) é o que faz os negócios começarem a tombar. E concordo que os conselheiros são peça chave e devem ter um olhar de cobrança para guiar (melhor) os negócios.