Por que empresas com boa governança entram em recuperação judicial?
Tenho lido muitos artigos de opinião sobre governança, criticando conselhos por omissão ou responsabilizando o órgão por decisões executivas ruins. A grande maioria destes críticos é composta por profetas do dia seguinte juntamente com executivos e consultores frustrados.
Mas voltando ao tema central, conselhos e acordos de governança bem estruturados e executados no melhor interesse do negócio, não garantem o sucesso de uma organização, mas na minha opinião, diminuem e muito o risco de dar errado.
Primeiro grande erro de qualquer análise sobre gestão é a generalização. O aumento dos pedidos de recuperação judicial no Brasil é um fato e por melhor que seja a governança de uma empresa, precisamos entender o contexto em que cada uma delas se encontra, antes de “chutar” uma opinião, sem viver os fatos e conhecer as causas. De toda forma, resolvi listar alguns fatores que levam as organizações a escolherem este caminho (geralmente com o apoio do conselho).
A governança não é um elixir mágico
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O conselho é apenas mais uma ferramenta que, quando bem aplicada, aumenta as chances de sucesso da empresa, mas não elimina os riscos inerentes ao negócio. Empresas com boa governança podem sim enfrentar dificuldades financeiras, mas, em geral, estão mais preparadas para lidar com essas situações e encontrar soluções mais eficazes. Até porque, os insucessos também fazem parte dos negócios. Ser capaz de identificá-los o mais rapidamente possível e saber escolher as rotas de correção também fazem e uma boa governança pode, e deve, adotar os ajustes necessários.
A ocorrência de recuperações judiciais em empresas com aparente boa governança nos mostra que é preciso estar sempre atento aos desafios do mercado e buscar aprimorar continuamente os processos de gestão.
A governança corporativa continua e acredito que continuará sendo uma ferramenta essencial para garantir a longevidade das empresas, mas não é uma garantia absoluta de sucesso. Os casos recentes de recuperação judicial em empresas que, até então, eram vistas como exemplo governança, servem como um lembrete de que até mesmo conselhos precisam de modernizar e trazer para mesa novas visões, oportunidades e processos, além de que é preciso estar sempre atento as tendências e cenários de mercado.
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Boa provocação! Um erro bastante recorrente, Leandro Herculano, é não governar sobre a estrutura de capital, e a leitura antecipatória dos ciclos operacional e financeiro. Costumo ver com certa frequência um ‘paradoxo da competência’, onde empresas crescem muito, e rapidamente, e por conta disso ameaçam perigosamente sua continuidade, por não equilibrarem, com a mesma eficiência, todos os pratos. Se à governança for boa e atenta, captura essa tendência no radar das análises!
À disposição para Comitês Executivos de Inovação com gamificação exclusiva. Sou Conselheiro Independente Trends Innovation, Dir. Lifelong Learning Conselheiros TrendsInnovation e Líder do Capitalismo Consciente Paraná.
4 mO quanto, modelos de negócios obsoletos, em relação a nova economia, que exige a transformação da cadeia de geração de valor, como por exemplo orientação para stakeholders, tem relação com estes desafios e cenários? Seja governança, sustentabilidade e inovação, será que ainda fala-se (faz-se estratégias) muito baseados em modelos ultrapassados?