Guerra comercial afeta a economia, o preço do dólar e o bolso do brasileiro
A guerra comercial entre China e Estados Unidos está afetando o mundo como mostram dados do CPB World Trade Monitor o 4º mês consecutivo de retração do comércio na comparação com 2018. Em setembro o volume de comércio foi 1,1% menor do que o observado no mesmo mês em 2018. Apesar da guerra ser apenas entre China e Estados Unidos, a perda de impulso comercial foi generalizada.
O Brasil não é uma ilha. A contração no comércio mundial está afetando a economia brasileira, o preço do dólar e o bolso dos brasileiros. O país apresenta queda tanto no volume de comércio com o exterior, de cerca de 7%, como também uma grande queda em seu saldo comercial que apresenta declínio de mais de 33% em relação ao mesmo período de 2018.
É esperado que novembro apresente o primeiro déficit comercial desde fevereiro de 2015. Isso reflete redução das exportações e uma queda menor das importações porque a economia finalmente está mostrando sinais de uma recuperação mais consistente.
A piora nos indicadores externos representa uma menor entrada de dólares no país, o que contribui para que o preço do dólar suba. Com isso, a moeda americana voltou a bater seu recorde nominal e fechou o dia valendo R$ 4,21. E hoje já chegou a ser negociada a R$ 4,26.
Mas vale lembrar que esse não é o recorde real, que foi atingido em outubro de 2002, quando chegou a R$ 3,95, equivalente a preços atuais a R$7,70. O Brasil não é Argentina e o Banco Central tem cerca de US$370 bilhões em reservas para suportar a pressão sobre o preço do dólar.
O dólar deve continuar mais caro enquanto a guerra comercial continuar, mas não vai explodir. Afeta o bolso do brasileiro ao pressionar o preço dos produtos importados e que tem relação com o mercado internacional, mais cedo ou mais tarde terá efeito sobre o preço dos combustíveis como o diesel e a gasolina.
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