Guerra comercial favorece soja do Brasil
Para analistas, o anúncio do governo chinês abre espaço para o Brasil exportar 4 milhões de toneladas a mais de soja neste ano. As estimativas iniciais eram de que o país exportaria um total de 70 milhões de toneladas de soja em grão - já um volume recorde. Mas a decisão chinesa pode levar os embarques a 74 milhões de toneladas sem afetar a demanda doméstica.
Os prêmios da soja brasileira já vinham subindo desde janeiro com a quebra da safra na Argentina e, mais recentemente, com as especulações sobre uma eventual retaliação da China à soja americana. Na terça-feira, já haviam batido US$ 1,20, bem acima dos 40 centavos de dólar de igual período um ano antes. "Os prêmios devem continuar fortes no decorrer do ano, porque o excedente no mercado nacional vai diminuindo ", disse Enilson Nogueira, da consultoria Céleres. Segundo ele, à medida que o Brasil elevar exportações, os prêmios tendem a aumentar.
Analistas observam que há limites para o Brasil ampliar suas vendas de soja à China, uma vez que o país não têm condições de atender toda eventual demanda adicional do país asiático. Considerando que o Brasil vai colher 115 milhões de toneladas na safra 2017/18 e que processará 43 milhões de toneladas - conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) - não sobrará muito soja para exportação.
Outro fator que deve limitar os embarques de soja em grão para a China é que produzir farelo de soja no Brasil está rentável atualmente em função da quebra da safra da Argentina, observou Pedro Dejneka, sócio da MD Commodities.
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