A HISTÓRIA DO JOGADOR DE ESTRELAS
Para realizar grandes obras, nós devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar. (Anatole France)
Há uma história que queria contar a vocês. Ela foi inspirada nas obras de Loren Eiseley; ele era uma pessoa muito especial, por que combinava o melhor de duas culturas; ele era cientista e poeta. E dessas duas perspectivas, ele escreveu obras profundas e atraentes sobre o nosso mundo e o nosso papel nele.
Era uma vez um homem muito sábio, bem parecido com próprio Eiseley, que costumava ir à praia para escrever. Ele tinha o costume de caminhar pela praia antes de começar a trabalhar. Um dia ele estava passeando pela areia, e ao olhar mais adiante, viu um vulto humano que parecia estar dançando.
Ele sorriu ao pensar em alguém que dançasse o dia todo, então apertou o passo para alcançá-lo. Quando chegou mais perto viu que se tratava de um rapaz e que o rapaz não estava dançando, mas estava se abaixando, pegando algo na areia e cuidadosamente atirando ao oceano.
Ao chegar mais perto ele gritou: "Bom dia! O que você está fazendo?" – o jovem parou, olhou para ele e respondeu: "Jogando estrela-do-mar no oceano!".
"Eu acho que devia ter perguntado, por que está jogando estrela-do-mar no oceano?".
E o jovem explicou: "O sol está a pino e a maré está baixando, se eu não a jogar lá, elas vão morrer!".
"Mas meu caro, você não percebe que a quilômetros e quilômetros de praia e estrelas-do-mar em todas elas, é impossível você fazer alguma diferença."
O jovem escutou atentamente, então se curvou pegou mais uma estrela-do-mar; e aí a jogou no mar para lá da rebentação: "Fez diferença para essa aí!"
Sua resposta surpreendeu o homem, ele ficou confuso, não sabia o que responder e assim ele virou as costas e voltou para casa para começar a escrever. O dia inteiro enquanto escrevia, a imagem daquele rapaz ficou em sua mente, ele tentou ignorá-la, mas a visão persistia. Finalmente ao cair da noite, ele percebeu que ele, o cientista, ele, o poeta, havia deixado passar a natureza básica da atividade do jovem. Foi quando ele percebeu que o que o jovem fazia, era uma opção, por não apenas ser um observador no universo e vê-lo passar, pois ele optará por agir no universo e fazer alguma diferença.
Ele ficou envergonhado e naquela noite foi se deitar preocupado. Ao raiar da manhã, acordou sabendo que ele ia fazer alguma coisa, então se levantou, vestiu suas roupas, foi à praia e encontrou o jovem; e junto com ele passou toda manhã jogando estrelas-do-mar no oceano.
Percebe o que os atos daquele jovem representa? É uma coisa muito especial em cada um de nós. Todos nós somos dotados da capacidade de fazer alguma diferença; e se, pudermos – como aquele rapaz – nos conscientizar desse dom, conquistaremos através da força de nossas visões, o poder de moldar o futuro. E este é o desafio de vocês, também o meu; cada um precisa achar a sua estrela-do-mar. E se jogarmos nossas estrelas sabiamente bem, não tenho dúvida que o nosso mundo será um lugar maravilhoso.
Lembrem-se, uma visão sem ação não passa de um sonho; ação sem uma visão é só um passatempo; mas, uma visão com ação pode mudar o mundo.
Pense nisso! Que seu dia seja grandioso!