Histórias que não me canso de contar... e que ainda me fazem aprender.

Histórias que não me canso de contar... e que ainda me fazem aprender.

Tinha acabado de ser transferido para outro estado e seria a primeira vez que assumiria a responsabilidade pela gestão de RH de uma unidade de negócios de uma multinacional. Estava super empolgado, cheio de energia e ansioso por fazer um bom trabalho. Meu principal cliente interno era um executivo extremamente competente, com resultados expressivos, porém conhecido por ser temido pelas áreas de apoio. Aliás, ele chamava as áreas de apoio de "encosto". Para ele, apoio e encosto serviam para a mesma coisa: apoiar-se quando quisesse ficar parado. E foi assim que começou uma história de transformação de uma liderança que eu vivi ao longo de dois anos...

Respeitado pelos números, ele era visto pela alta liderança e pelo time de RH como um “mal necessário”. Estava sempre ausente dos planos de sucessão, porque não tinha habilidade com pessoas. Ninguém tinha coragem de confrontá-lo com suas oportunidades de melhoria, nem mesmo seus líderes diretos. Sempre acreditei que relacionamentos duradouros se baseiam na franqueza e no respeito. Embora nem sempre eu consiga fazer. Entendi que esse era o caminho para oferecer a ele a oportunidade de mudar. Alguns anos depois, descobri um termo que se encaixava perfeitamente nessa abordagem: empatia assertiva - falar a verdade com interesse pessoal no desenvolvimento das pessoas. Recomendo o livro “Empatia Assertiva”, de Kim Scott, para quem quiser entender melhor o assunto.

De volta a nossa história, o primeiro feedback que ofereci a este executivo causou surpresa e uma certa indignação seguida de... gratidão! Ele me agradeceu por dizer o que as outras pessoas omitiram. Percebeu meu interesse em ajudá-lo a ser mais respeitado e ter novas oportunidades. Logo depois, vieram diversas reuniões com o objetivo de planejar mudanças, sessões de aconselhamento e de observação do comportamento. Tudo a convite dele. Os resultados foram mudanças graduais que culminaram em uma mudança perceptível por todos e um reconhecimento entre os melhores líderes da empresa.

O que aprendi?

Aprendi muito sobre o potencial que uma conversa franca e respeitosa tem para mudar comportamentos. Aprendi que mudanças graduais também podem ser transformadoras a longo prazo. Aprendi que a função de liderança pode ser muito solitária e que nem todos estarão dispostos a te confrontar quando você precisar.

E sigo aprendendo...

Recentemente me dei conta que além de pedir e receber feedback, eu precisava ouvir pessoas que não estivessem envolvidas com o contexto e pudesse fazer julgamentos honestos e concretos. Convidei profissionais que admiro para serem conselheiros que estejam dispostos a me falar o que eu preciso escutar.

E você, o que aprendeu com essa história?

Paulo Brandão

Senior Consultant Specializing in Organizational Growth: Enhancing Business Outcomes through Culture, Coaching, and Accountability | Expert in Complex Sales Value Creation

3 m

Ivan, obrigado por compartilhar.

Deise Oliveira

#Tech Recruiter #Talent Aquisition#Business Partner

3 a

Adorei . Muito bom seu posicionamento e o dele também.

Vivian Barbosa

Comunicação Corporativa | Branding | Jornalismo | Sustentabilidade | Responsabilidade Social

3 a

Poucas coisas são mais assertivas do que um diálogo franco e empático. Sucesso, Ivan!

Thaís Moreira

HR Business Partner | Coordenadora de RH | Consultora de RH | Gestão de Pessoas

3 a

Maravilha, Ivan!

Obrigado por partilhar esse aprendizado!

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