historias mal contadas e os castelos de arreia
Quando vamos à praia, sempre vemos alguém a construir um castelo de areia bem alto e bem feito . Mas, quando tentamos fazer igual, acaba não saindo do mesmo jeito. Os nossos governantes gastam muito tempo a fazer as leis, no entanto por vezes não perdem tempo em desrespeitá-las. Como crianças brincando junto ao oceano, a construir castelos de areia com persistência para logo os destruírem alegremente. Mas enquanto constroem castelos de areia o oceano traz mais areia para a costa, e, quando destroem , o oceano ri-se deles . Na verdade o oceano ri-se sempre dos inocentes. Mas que dizer daqueles para quem a vida não é um oceano, e as leis feitas pelo homem não são castelos de areia.
Actualmente falamos na crise económica de 2016, não como uma possibilidade, como era comentado desde o ano passado , mas sim como uma continuação piorada da crise que se abateu sobre o nosso país este ano e agravado ainda com as dividas ocultas. Embora na altura os políticos tenham dito de que a crise nunca atingiria o no nosso pais- debalde- Esta presente , dura e sem perdão. Não se trata mais de indagar se a crise económica irá acontecer ou não hoje ou amanha , pois essa questão já esta esclarecida, trata-se agora de saber o quanto pior será, já que depois da explosão das dividas ocultas os factores estruturais da economia Moçambicana estão a piorar ,o cenário económico e tudo esta a ser dado como favas contadas. Então o que os politico nos diziam ou faziam crer eram historias da carochinha e para – o boi dormir- Os castelos de areia então montados , estão a ruir um por um.
A questão agora é saber qual será o tamanho da crise e de que forma ela irá impactar os diversos sectores da economia e também as finanças das pessoas e quais serão as restrições que iremos passar.
Os políticos não contam toda a verdade, andam com falacias e discursos desconcertados atirando pedras uns contra o outros, sem contudo apresentarem a sua verticalidade.Quando se fala das dividas ocultas, primeiro com o surgimento do caso "Ematum " repetidamente afirma-se que se deve tirar o governo actual, mas quando explodiu o caso da "proindicus e Man " - a ficha caiu- . Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de economia e finanças, vê tranquilamente os sinais de deterioração do quadro económico por todos os lados e percebe de que no meio de tudo isto , existe uma meia verdade e o problema afinal não e do anterior governo ou do actual - e o problema do sistema . Para tal não se precisa nem ler revistas e relatórios de consultorias especializadas, basta fazer as contas , juntar os puzzles e ao cidadão comum ir a qualquer supermercado fazer as suas contas mensais e morrer de suspiro .
O motivo para a actual crise em Moçambique , actualmente foge da questão económica e passa pela questão de credibilidade e e sobretudo uma questão de transparência,respeito pela lei, participação dos cidadãos, equidade e inclusão de todos os grupos , orientação para consensos e a efectividade e eficiência e responsabilização . O Governo Moçambicano parece sofrer de uma patologia qualquer que não o deixa falar a verdade.
O principal factor que alimenta a crise económica é a completa falta de credibilidade do governo e a sua equipe económica, dos sucessivos erros cometidos quer de índole económica quer de índole politica. Por que as medidas de ajuste fiscal não passaram? Simples, ninguém vai colocar dinheiro na mão de um governo que não sabe como aplicá-lo em prol do desenvolvimento da nação. E agora como Nacionalistas não aceitam uma auditoria forense Independente e internacional com o argumento da defesa da tão almejada nossa soberania- que a nosso ver e tão nossa- com rabo escondido. Quem em ultima instância ira sofrer será o - zé povinho - .
O Governo Moçambicano é visto pela parte pensante da sociedade como uma pessoa perdulária a qual não se pode deixar qualquer dinheiro na mão, porque ela o gastará mal. Isso, quando estes recursos não são desviados para sustentar o projecto do poder de um grupo de pessoas muito bem identificadas que se escondem por detrás do – Zé Povinho – sempre no anonimato.
A inflação continuará de vento em popa . É certo que o ritmo será bem menor , alavancada pelo aumento de preços controlados, como o da energia , gasolina e o pão . Esses três itens, usados como peças do alinhamento eleitoral nas campanhas autárquicas e presidenciais, agora estão relativamente alinhados e por isso mesmo, não teremos grandes sustos nesse sentido .
Outro ingrediente da crise económica actual será a possibilidade de uma convulsão social sempre adiada . O Seguro Desemprego esta a criar uma espécie de colchão para as pessoas que estão sendo desempregadas e por isso, os reflexos nefastos do desemprego ainda não foram sentidos na sua plenitude.
Passado o entusiasmo e o falso patriotismo , e com o fim deste colchão fará com que as pessoas caiam em si - na real - e aí sim o desespero se fará presente. Sem a possibilidade de conseguir uma nova colocação no mercado de trabalho em função da total inexistência de empregos , o desespero se abaterá sobre as famílias.
O resultado disso poderão ser manifestações cada vez mais numerosas e violentas como as que houveram e deixaram marcas na capital Moçambicana . Os actos de vandalismo, embora reprováveis, serão inevitáveis diante do desespero das pessoas desempregadas e sem dinheiro para comprar até alimentos. Com a instabilidade na economia e no cenário político, o risco de incomplacência cresce e isso faz com que imediatamente os bancos aumentem a rigidez das suas condições para concessão de crédito.
O resultado será um cenário ainda mais difícil para se obter financiamento nas instituições privadas, já que para elas lhes interessa o lucro e as garantias
Para os empreendedores, a melhor recomendação é que se preparem para tempos ainda mais difíceis. Não estou falando de desespero e desânimo, pois ao contrário do que muita gente imagina, momentos de crise podem ser épocas de grandes oportunidades de negócios pois o melhor momento para ganhar dinheiro é quando o sangue corre nas ruas. Moçambique já e um grande exemplo disso. Veja os novos ricos e faca as contas de onde vem todo esse dinheiro ?.As crises sempre foram um campo fértil para boas oportunidades de negócios....