Hoje é: Dia das Comunicações Sociais e nós vamos falar sobre essa ciência tão importante nas nossas vidas
No seu 52ª ano, o Dia Mundial das Comunicações Sociais tem como tema: “A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32). Sim, é uma passagem bíblica que vai de encontro absoluto com todos os problemas que o mundo vive atualmente: Fake News!
A Igreja Católica, através do Concílio Vatino II, protagonizou esta data e nada melhor do que pessoas que falam de Deus para nos basearmos e defendermos a necessidade da informação ser transparente e verdadeira para não prejudicar amigos, comunidades, empresas entre outros.
No projeto de Deus, a comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão. Imagem e semelhança do Criador, o ser humano é capaz de expressar e compartilhar o verdadeiro, o bom e o belo. É capaz de narrar a sua própria experiência e o mundo, construindo assim a memória e a compreensão dos acontecimentos.
Porém, o homem muitas vezes usa a comunicação de modo distorcido e isso não é novo, desde os primórdios com os episódios bíblicos dos irmãos Caim e Abel e da Torre de Babel (cf. Gn 4, 1-16; 11, 1-9).
Hoje, a comunicação está cada dia mais rápida e, dentro do sistema digital, assistimos ao fenômeno das notícias falsas numa velocidade estrondosa. As chamadas fake news nos convida a refletir que devemos utilizar os instrumentos de comunicação a serviço da verdade.
A expressão fake news é objeto de discussão e debate, pois se referem à desinformação transmitida com expressões que aludem as informações infundadas, baseadas em dados inexistentes ou distorcidos para manipular o destinatário. A sua divulgação pode influenciar opções políticas e favorecer lucros econômicos. Tais notícias são capciosas, no sentido que se mostram hábeis a capturar a atenção, apoiando-se a estereótipos e preconceitos generalizados explorando emoções imediatas e fáceis de causar ansiedade, desprezo, ira e até frustração.
Nenhum de nós se pode eximir da responsabilidade de contrastar estas falsidades. Por isso são essenciais as iniciativas educativas que permitem apreender como ler e avaliar o contexto comunicativo, ensinando a não ser divulgadores inconscientes de desinformação, definindo novos critérios capazes de verificar as identidades pessoais que se escondem por detrás de milhões de perfis digitais.
E então como nos defender? O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é a verdade. A busca do relacionamento concreto é um dos ingredientes que não podem faltar para que as nossas palavras e os nossos gestos sejam verdadeiros, autênticos e fiáveis. Por isso, a verdade não se alcança autenticamente quando é imposta, mas brota de relações livres entre as pessoas, na escuta recíproca, no diálogo construtivo que remetem ao uso correto da linguagem.
Informar é formar, é lidar com a vida das pessoas. Por isso, a precisão das fontes e a custódia da comunicação são verdadeiros e próprios processos de desenvolvimento do bem, que geram confiança.
Para finalizar, convido que se promova uma comunicação da paz, sem entender, com esta expressão uma divulgação boazinha, que negue a existência de problemas graves, pelo contrário, penso em informações sem fingimentos, hostil às falsidades, a slogans sensacionalistas e a declarações bombásticas. Uma comunicação feita por pessoas para pessoas e considerando sempre como um serviço a todos.