Honestidade

Honestidade

A honestidade virou tema de nossas ruas e de nossas vidas. Não poderia ser de outra maneira . Gritamos uma pergunta: Como pode um povo colocar uma pessoa acusada de roubo no poder?

Bom seria uma resposta simples dizer: O Brasileiro não se importa com o Roubo, qual não fosse termos praticamente 80 milhões que não o apoiaram com o voto.

Muito além das ideologias o que fazemos?

Agora nos debruçamos como sempre em protestar. Buscamos explicações. Tentamos entender o que houve. Chega a ser digno de um pasquim. Chega a ser teatral e caricato as mesmas reações de sempre.

Onde está o problema?

Bom diria que em uma visão de mundo. Nós os Brasileiros adotamos em nossa cultura coisas muito boas e ruins, somos ávidos em imitar às matrizes mundiais em suas modernidades. Verdade, que na maioria das vezes em atraso. Lá já deu errado e estão caindo fora e nós entrando. O retardo natural da informação para chegar na colônia. Será que saímos da colonização? Afinal ela pode ser de ideias. Será que temos nossa identidade nacional? Será que temos de ter?

O mundo passa pelo problema comum de perda de humanidade. A rigor e de forma prática o que significa?. Comecemos por ver que o ser humano é imprevisível em suas decisões. Somente somos previsíveis em normas de conduta ou vida que seguimos por uma razão ou outra, a que costumamos chamar de valores e princípios. No geral nas questões que não têm uma norma clara seríamos obrigatoriamente levados por nossa consciência, valores, princípios. Nesse amalgama em uma linha moral tomaríamos a decisão.

Então não vemos isto todo o tempo? Será?. Não era previsível o que um defensor de um lado falaria sobre temas, sem aspecto ideológico? Como pode ser? Uma pessoa tem seu pensamento concorda em parte e quer avaliar, não segue cegamente uma ideia e o que alguém diz. Então não era isto que víamos na rede, mídia e nas ruas?

Estou fazendo um contraponto. Evidente que o visto é uma multidão gritando porque alguém gritou, concluindo porque alguém concluiu. Olhando sem critérios, sem profundidade. Seguindo scripts prontos de um lado e outro. Robôs com o mais algo grau de formação e conhecimento, o que mostra que a humanidade não é uma questão de livros técnicos específicos, mas de coração e mente em sincronismo.

A discussão é bem maior do que suspeita de roubo ou ideologia. O que é honestidade para o Brasileiro?. O que é a honestidade?. Nos habituamos a chamar de honesto alguém que fala de forma agressiva e sem educação algo, que gostaríamos de pronunciar, mas nem sabemos se é verdade ou mesmo se está certo.

Um dos primeiros lugares a sermos honestos é em nossa fé. Nosso relacionamento com Deus. Aqui mesmo que mentindo a verdade é conhecida, muito mais do que nós mesmos podemos reconhecer, em nós. Ser honesto conosco mesmos e depois poderemos ser honestos com os outros e na sociedade.

Será que o Brasileiro é honesto em sua fé, sua relação com Deus?. Será que o Brasileiro é honesto consigo mesmo?

Digo Brasileiro de forma geral, me refiro a nós.

Queremos um Brasil diferente, mais lembramos e sabemos por que ?

Estamos dispostos aos sacrifícios da honestidade?

Abrimos mão da honestidade por satisfazer bolsos ou sonhos?

Abrimos mão da honestidade para termos um pouco?

Abrimos mão da honestidade para que solidariamente outros tenham um pouco, complexo de Robin Hood?

Abrimos mão da honestidade para governança?

Para termos um país diferente precisamos começar a ser honestos com Deus, conosco mesmos na relação entre nós. Precisamos reconhecer nossas limitações. Temos certeza da honestidade para com Deus , para conosco, porque se somos desonestos com nós mesmos dificilmente seremos honestos com os outros. Quais são nossas verdadeiras razões para um Brasil?

A honestidade é importante para deixar claro os objetivos e coloca-los em uma linha moral. Costumamos chamar isto de retidão de intensão.

Ah! velha lei de levar vantagem em tudo. Sabe?. É desonestidade. só para ficar claro.

Nesta eleição tivemos defesa da família por parte de indivíduos, que no clássico termo da palavra, já estariam formando a quarta ou quinta estrutura familiar e largado ao longo do caminho seus genes como despojo de guerra. Não, que por isto, não possam saber o que o conceito significa e defender, mas sem dúvida seria interessante ponderar diante do outro e não do ato em si, coisa que não faziam e chegavam a dizer ao inferno com este. ( Isto é honestidade?)

Nesta eleição tivemos o velho, ricos e pobres, por parte de indivíduos, que se algumas vez viram o trabalho de frente, em algum momento, foi quando estiveram em sua infância com o pai lhe colocando uma enxada nas mãos. Não, que não pudessem questionar, como ou de que forma a riqueza foi obtida, mas sem dúvida atacavam sem ver a quem, e não o ato ou ações, mas as pessoas, com mesmos gritos: tomem tudo e ao inferno com este.( Isto é honestidade?)

Temos jovens, em mais uma das grandes estupidezes deste país. Jovens de 16 anos em uma população que chega a ter imaturos aos 40 anos. Basta ler o conceito de Maturidade. Jovens ricos e pobres, criados de forma a ter, ter. Onde a dificuldade é muitas vezes aplacada ou o erro é aceito com um passar a mão na cabeça, jovens com seus celulares de 5000 reais, obtidos de forma honesta ou não. Jovens com uma revolta intrínseca, própria da juventude, mas aumentada e direcionada contra tudo e todos e gritando de um lado e outro ao inferno com eles. ( Isto é querer a honestidade?)

Trabalhadores em todos os níveis sociais, que acham o trabalho um castigo, um peso e algo que não seria necessário existir, que acreditam fielmente, que quanto mais tiverem, mais realizaram. Gritando também, mas será que pela dignidade do trabalho para todos, ou para a vida de ócio na realidade. Fato é que gritavam: Vagabundos!, igualmente de um lado e outro, ao inferno com eles. (Isto é honestidade?)

Famílias inteiras em uma verdadeira luta, a que chamavam defesa da fé e do Amor e chegavam a dizer estar falando em nome de Deus. Atacando com bandeiras e em uma idolatria clara, seja a bandeira vermelha, ou verde amarela, seja o nome do personagem associado ao circo ou a frutos do mar. Assumiam uma posição em Bloco e definiam aqueles vão para o inferno. Direito de julgamento que somente cabe a Deus. (Isto é honestidade?)

Ainda agora temos a divisão clássica do período e dos dois lados pessoas. Os guerreiros da democracia e da liberdade, de ambos os lados. Gritam ao inferno com aqueles. (isto é honestidade?)

Falta honestidade para com Deus, afinal o julgamento é Dele. Falta honestidade para com elas mesmas diante de Deus, o porque fazem isto? porque pensam assim? Estão realmente preocupadas com o que? Defendem realmente a democracia? Defendem realmente a Liberdade? O que é honestidade? O que é liberdade? O que é democracia?

Não vamos curar o Brasil nas urnas se primeiro não o curarmos em nós mesmos. O que queremos realmente? Que país queremos? Que sociedade? Que família? Que nós queremos ser? Quem eu sou? O que eu quero?

Comecemos por entender diante de Deus quem somos. Sejamos honestos conosco mesmos. Estruturemos nossas responsabilidades, ideias, valores e princípios. Olhemos para dentro de casa, nossa família, nossas responsabilidades. Estou formando pessoas para o mundo? Com capacidade de discernimento? Opinião? Pensamento critico? Com quais valores e princípios? São capazes de manter uma linha moral, endereçamento ao Bem?. Como atuo profissionalmente? Estou trabalhando ciente da importância da dignidade do trabalho, seu caráter particular e coletivo?

São alguns pontos, que acredito seriam importantes de serem vistos, existem inúmeros outros. Honestidade é somente uma dimensão de outras inúmeras qualidades que podemos desenvolver.

Se queremos um Brasil diferente, a Verdade, bem diferente do seriado, Não está lá fora!, Está lá dentro!, mas é preciso procurar e descobrir, frente ao criador. Dentro de nós mesmos, e de nossas famílias, de nossa contribuição e exemplo na sociedade. Está em como encaramos esta passagem pelo mundo e o que podemos deixar efetivamente de significado nele.

Você não precisa concordar, mas se achamos que não, então pouco importará haver escolhas eleitorais, pois sempre terão os mesmos scripts e bastará, impensantes e desumanos, adotarmos um. Será sempre uma adesão ao personagem e não poderemos reclamar de sua folha corrida, pois teremos contribuído de uma forma ou outra para ela.

Adamario Maximo dos Santos Filho

Flavio Rizzi

Especialista de Arquitetura de Infraestrutura no @Banco BV

2 a

No começo confesso que fiquei assustado com o seu posicionamento, pensei onde está o Adamário que eu conheço, ótima pegadinha diga-se de passagem. Irmão essa questão de nós e eles tem que acabar, pois enquanto os honestos se apequenam os lobos devoram o rebanho, a eleição foi isso mesmos dois grandes lobos devorando o rebanho.

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