Hora de falar sobre autismo: informação e políticas públicas
Estimativas indicam que cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil têm autismo. Embora um pouco defasado, esse número evidencia a necessidade de falar sobre inclusão, enfrentamento ao preconceito e políticas públicas de cuidado.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) configura-se como um distúrbio do neurodesenvolvimento, resultando em manifestações comportamentais atípicas, padrões repetitivos, dificuldades na comunicação e na interação social, repertório restrito de interesses, entre outras questões.
Os sinais de alerta podem ser reconhecidos a partir dos primeiros anos de vida da criança e a definição de um diagnóstico ocorre, geralmente, a partir dos dois ou três anos de idade. O diagnóstico precoce é de extrema importância, uma vez que permite a celeridade no encaminhamento ao cuidado, impactando na escolha das melhores intervenções e no apoio às necessidades da crianças, suas famílias e/ou cuidadores.
Em tempos de desinformação, cabe ressaltar que todo o tratamento para pessoas com Transtorno do Espectro Autista ocorre de forma gratuita pelo SUS. Inclusive, a atenção a essas pessoas consta (desde o ano passado) na Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência (PNSPD). Conforme informações do Ministério da Saúde, serão mais de R$ 540 milhões investidos na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) – os Centros Especializados em Reabilitação (CER) habilitados na modalidade intelectual e que prestam atendimento às pessoas com TEA receberão aporte de 20% no custeio mensal para o cuidado com pessoas autistas.
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Outro aspecto que merece a atenção é a necessidade de garantir a inclusão para fazer enfrentamento aos estigmas e preconceitos. Segundo dados do Censo de Educação Básica, o número de crianças e adolescentes com TEA matriculados em salas de aula comuns saltou de 405.056 (em 2022) para 607.144 (em 2023), aumento de 50%.
A reflexão que devemos fazer, não apenas neste Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, mas em todas as nossas ações, é: nosso país está preparado para acolher, cuidar e amar sem preconceitos?
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