Humanização 4.0

Humanização 4.0

A informação se comoditizou. Mais da metade da população do mundo está conectada à internet. No Brasil, este número já chega a 70%.

Isso faz com que discussões sobre temas como felicidade, propósito, sucesso, carreira, ambiente de trabalho, satisfação, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, saúde mental, diversidade, dentre outros, estejam cada vez mais pulsantes.

Por conta disso, os valores mudaram. O salário é importante, claro. Contudo, não é mais o suficiente para manter profissionais motivados e engajados para trabalhar.

Isso é justo. É o mínimo que se pode querer. Hoje em dia, temos quase 8 bilhões de pessoas no planeta, mas está faltando seres humanos. Faltam pessoas dotadas de humanidade, que se preocupam e se importam com o outro de maneira legítima. Nesta indústria 4.0, cadê a humanização?

Enquanto tivermos líderes que olham apenas para os números, o engajamento e a retenção serão cada vez mais baixos, a qualidade do trabalho será pior e os resultados dos negócios só irão decair.

O desejo de se sentir reconhecido e de fazer parte é básico para nós. Estas atitudes são recompensadas com lealdade e comprometimento. 

Culturas autenticamente fundamentadas em valores fortes e focadas em ambientes saudáveis de apoio aos colaboradores são inspiradoras, esclarecedoras e transformadoras. E produzem muito mais resultados.

Para cada um, eu deixo a deixo a seguinte reflexão:

Colaboradores - pensem sobre as suas carreiras, se tiverem em um ambiente tóxico. Não passe a mensagem que está tudo bem ser tratado desta maneira. Busque uma transição planejada para um lugar saudável, que preze pela sua sanidade (física e mental), em que você redescubra o prazer de trabalhar.

Líderes - busquem treinamentos. As faculdades não ensinam liderança e esta já é uma competência crucial no mercado de trabalho. É preciso largar mão de achar que sabe tudo e ter a humildade de buscar se capacitar. Este é um investimento que traz um resultado até difícil de se mensurar.

Organizações - tratamento impessoal, ambiente tóxico, falta de reconhecimento e de pertencimento, sem colaboradores engajados... o seu crescimento vai parar. Ao colocar as pessoas no centro do seu modelo de negócios, você libera o poder da humanidade e gera ondas positivas inimagináveis para todos - os que estão dentro e os que estão fora do seu negócio.

As pessoas não largam os empregos, elas largam os chefes. Como disse Maya Angelou, "as pessoas podem não lembrar exatamente o que você fez, ou o que você disse, mas elas sempre lembrarão como você as fez sentir."

Já não está na hora de começar a mudar?

Cláudia Batiston

Advogada | Marcas | Direito Autoral | Contratos | Coordenação | Departamento Jurídico | Contencioso | Pareceres | Perita Judicial em Direito Autoral

5 a

Interessante observar que Maya Angelou tem razão ao mencionar que lembramos de como nos sentimos por conta de algumas pessoas. Um ambiente tóxico, com um líder tóxico acaba levando o colaborador a "loucura", com a vontade de sair jogando tudo para o alto sem se importar com o amanhã. E é triste que locais e pessoas assim ainda mantém a mentalidade de que as pessoas são substituídas e não se importam com os prejuízos que causam ao colaborador e a própria organização. Gostei bastante do seu texto, que soube pontuar muito bem esta questão.

Rafael Gussoni Furlan

Escrevente Extrajudicial | Especialista em Direito de Família e Sucessões | Advogado (Inat.) | Investidor | Freelancer

5 a

Suas reflexões caem como uma luva no meu contexto de trabalho. Meus parabéns Maria Olívia!!!

Excelentes reflexões!

Dávila Daiany S.

Recursos Humanos / Departamento Pessoal / BP

5 a

Excelente.

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