Humor Corporativo
Critico vida corporativa para rirmos de nós mesmos!

Humor Corporativo

Tema: Humor Corporativo

Entrevistada: Miranda

Feliz Ano Novo Collabers!

Hoje estamos na companhia da Viviane! Na verdade na companhia da Miranda, como ela é conhecida nas redes sociais. Formada em Comunicação Social e gestão de negócios e programações, foi das dores e delícias do mundo fintechs que surgiram os inúmeros vídeos de humor que fazem a nossa alegria nessa rede e em outras. Falo nossa, no plural, pois, tenho certeza que você ama também.

Falei "dores" já que nem só de "Comidas que abraçam" (quem é fã vai entender) se vive uma criadora de conteúdos. Na sua trajetória, Miranda coleciona algumas frustrações que transforma em roteiros para seus vídeos. As vezes em publis, tão bem feitas, que você só vai perceber no final do vídeo ou quando lê a legenda.

De cara limpa como uma boa "famosa padrão que parou de usar maquiagem" (mais um trocadilho de uma das personagens de Miranda) ela topou responder as minhas perguntas.

Começar 2024 na companhia de Miranda é certeza que vai ser sucesso! E não sou eu que estou falando isso tá? É nossa amada Naná Quintelho (pesquisa ai).


1. Se apresenta para a gente? Talvez a gente corra o risco de ter gente que não te conhece, o que eu acho (quase) impossível, uma vez que até na academia eu já vi gente comentando dos seus vídeos! Quem é “Aquela Miranda”?

Aquela Miranda é a persona que eu criei pra estar por trás desses personagens todos que criei, e falar de coisas que me incomodam ou atravessam, através do sarcasmo e do humor. Já eu, Miranda, sou atriz, escrevo comédia e produzo vídeos, e outras mil coisas que artistas na internet precisam fazer hoje em dia para ganhar alguma visibilidade, caso não seja de alguma família influente.

2. E quem é a Rê?

A Rê foi a minha primeira personagem que viralizou de verdade, lá em setembro de 2022. Ela é uma funcionária de RH, de uma empresa de tecnologia, multinacional, usa termos em inglês sempre, claro, porque é in. Ela tem síndrome de pequeno poder, um toque de peleguismo, meio alienada à própria consciência de classe… mas tem o carisma de ser tão absurda a ponto de gostarmos dela, e acho que por isso que fez sucesso. O absurdo toca em pontos que são muito reais, pontos que estão presentes hoje nas empresas, no mundo corporativo como um todo, como a falácia da hiperprodutividade, da performance sempre no topo, de você sempre amar seu trabalho, sentimento de dono, etc, algumas baboseiras que já vi, vivi e vejo ainda no LinkedIn. No fim das contas, a Rê foi minha forma de extravasar um ranço que eu tinha pela cultura envernizada do LinkedIn, do ode ao trabalho. É doido porque hoje eu me considero um pouco workaholic, mas tenho cuidado de não virar esses coaches cafonas que falam frases de efeito e desconsideram camadas e subjetividades da vida.

3. Como surge a criação dos seus personagens? Já era algo pensando enquanto você está no Corporativo? É inspirado em algum colega? Ou dos inúmeros desabafos que você acompanha?

Todos os meus personagens surgem obrigatoriamente de experiências pessoais, que eu vivi de alguma forma direta ou indiretamente. Não conseguiria criar um personagem autoral sem ter alguma familiaridade com ele, ficaria falso. Então sim, foi inspirado em coisas ou pessoas que vi, convivi, e claro, na ficção tudo tem uma lente de aumento, tem um toque de exagero, isso é um recurso próprio do humor. Daí, as esquetes podem vir de inspirações, referências que me mandam pela dm, pelo LinkedIn. Porque é a minha personagem numa situação hipotética, então funciona.

4. O que você entende por "uso de humor" no ambiente corporativo? Quais são os benefícios e desafios disso hoje em dia?

Eu tenho uma palestra que fala justamente sobre isso (olha o meu jabá) rs. O humor pode ser ferramenta de trabalho, pra gente se levar menos a sério e melhorar nossas relações profissionais. Quando nos levamos menos a sério, podemos ficar mais vulneráveis, e criamos vínculos mais autênticos com nossos colegas, então sim, o humor é extremamente benéfico. Inclusive o Ricky Gervais, um comediante que eu adoro, fala que se o humor não serve pra gente falar de coisas horríveis, então ele não tem serventia alguma. Logo, assim como ele, eu acredito que o humor serve pra gente ressignificar traumas e coisas ruins, e criar uma perspectiva mais interessante sobre os fatos.

 5. Qual a diferença entre um ambiente corporativo com um clima de trabalho descontraído e um ambiente onde o humor é constantemente utilizado?

São coisas diferentes, na minha palestra eu sempre tenho o cuidado de deixar claro que ninguém ali precisa virar palhaço ou comediante para ser um colega mais legal. É sobre permitir gerar identificação e vínculo e não sobre humilhar ou constranger o colega, isso é imbecil e configura assédio moral. Então sempre entenda quem é o seu interlocutor, nem todo mundo vai estar aberto a um comentário engraçado, tenha sensibilidade de saber qual momento certo pra falar algo fora do padrão. Dependendo do contexto, pode ser genial ou pode ser tiro no pé. Aí eu não tenho a fórmula mágica, apenas a maturidade vai te ensinando, haha.

6. Como o uso do humor impacta diretamente a sua produtividade e o bem-estar enquanto você está desenvolvendo suas atividades? 

Acho que quando eu estou num momento de estresse e tensão, procuro me deslocar um pouco do meu narcisismo e sofrimento egóico pra entender e ver sob perspectivas variadas, isso é um recurso de humor. Você só faz piada sobre aquilo que você tem certo distanciamento, que não está engajado emocionalmente. Então sim, fazer piada sobre algo que está difícil às vezes ajuda a trazer leveza pra vida, que já é tão difícil pra todo mundo, né? E às vezes, não tem o que fazer, é só chorar mesmo, hahaha.

7. Quais são as possíveis limitações e situações em que o humor não é apropriado para ser utilizado no mundo corporativo?

Várias, haha. Mas claro, as mais óbvias: numa situação de assédio moral, sexual, de discriminação, preconceito, falas vexatórias contra minorias, situações de abuso de poder, em que o chefe constrange o funcionário, estagiário…Tudo isso é delicado e requer cuidado. O humor demanda estratégia.

8. Quais estratégias podem ser adotadas por líderes e gestores para promover um ambiente corporativo saudável que use o humor de forma adequada?

Acho que a primeira coisa que o líder precisa fazer é se colocar numa posição mais horizontal e menos verticalizada em relação à sua equipe. Boa parte dos funcionários temem seus chefes porque existe uma hierarquia intimidadora, que faz com que se crie uma lacuna entre essas pessoas. Essa lacuna enfraquece a identificação, a empatia, a vulnerabilidade, coisas essenciais para gerar um ambiente propício para criatividade, humor e inovação. Então, você, líder, busque se aproximar do seu time, e converse com eles numa boa, vocês não precisam ser amigos, mas pessoas que riem juntas costumam se dar MUITO melhor.

9. Quais são os principais cuidados que devem ser tomados ao utilizar o humor, levando em consideração a diversidade no ambiente de trabalho?

Como falei na pergunta lá em cima, se o humor constrange, ofende, exclui, tem alguma coisa errada. Então é legal ver que cada vez mais as empresas têm se preocupado com políticas de inclusão e diversidade, etc. Mas a galera que tá chegando tá sendo bem recebida? Tem que treinar quem já tá lá dentro também, quem tá na chefia, precisa saber acolher a galera que tá chegando. E aí sim, fica mais fácil entender o denominador comum, do que podemos rir juntos?

10. Você poderia citar exemplos de empresas conhecidas por promoverem um ambiente corporativo positivo através do uso do humor?

Olha, difícil, hahaha, mas eu estudei numa ong incrível que hoje também é uma empresa e emprega mulheres, a Reprograma. Elas ensinam mulheres a programar, o projeto é maravilhoso, todas as funcionárias, professoras, freelas, voluntárias são mulheres, e eu já dei aula lá algumas vezes. Lembro que a gente tinha liberdade de ser autêntica e espontânea nas aulas e isso dava muito certo com as alunas. Acho que era um ambiente leve e bem-humorado, eu me divertia bem, apesar de nunca ter amado a programação, era bem legal. Lá dava certo, talvez porque era feito só por mulheres? Talvez, hahaha. Tem outras empresas com quem trabalhei, mas já como influenciadora, prestando serviço ou fazendo publi que foram bem legais, mas eu não era funcionária, acredito que a experiência deva ser bem diferente. Mas a Onfly, por exemplo, uma empresa de BH, sempre teve uma conversa aberta comigo, espontânea, trocas leves e divertidas, se permite rir de si mesmos. A Alura me parece uma empresa bem legal, também, já conversei com pessoas e funcionários de lá, é uma empresa jovem, de educação e tecnologia, me parece também despojada e engajada. Empresa é como um organismo vivo, precisa estar SEMPRE se reinventando.

11. Agora uma pergunta de Fã! Como foi palestrar no TEDxSaoPaulo?

Foi ótimo, o convite surgiu pela própria curadora, a Elena Crescia, uma pessoa muito gentil e querida. Eu preparei uma palestra que falava sobre criatividade e tempo livre, atravessando um pouco a minha vivência como criadora de conteúdo e a falta de tempo para criar, ansiedade, burnout e a loucura do algoritmo. Conheci pessoas ótimas lá, fiz contatos, dividi o palco com profissionais competentes, vai ficar na minha história e no meu currículo, hahaha.

12. E para finalizar… O que a Ametista falaria para a galera que ainda acha uó utilizar o Humor no mundo Corporativo?

A Ametista nunca trabalhou como CLT, ela nem entende o que é o mundo corporativo, porque ela nunca precisou, rs. Acho que ela só quer viver da arte dela e ser feliz.


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Sou seu fã Jean, vc ajuda muita gente com sua comunicação, abraços e obrigado

André S. Lima

Gestão de Compras | Governança | Suprimentos | Procurement | Processos & Políticas | Relacionamento

11 m

Adorei a entrevista. Não conte pra ninguém, eu não seguia (ainda) a Miranda 🙄

Silvia Coelho

Engenheira, Palestrante, Fundadora da Elas Programam | Mestrado em Engenharia Elétrica | Pós-graduanda em Comunicação Quântica | LinkedIn Top Voice & LinkedIn Creator

11 m

Amo! Sou fã dos dois ♥️♥️

Paloma Lopes

Profissional de Compras Sênior | Gestão em Compras | Conteudista

11 m

Humor corporativo é uma forma ótima de falar de assuntos complexos mas com leveza. Adorei o papo 👏🏽👏🏽👏🏽

João Batista R.

Eco-Empreendedor Colaborativo

11 m

🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏 Nobre amigo Jean Durval e família, 🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️ Deus 🕊️🗝️♥️🗝️🕊️ nos 🕊️🗝️♥️🗝️🕊️ abençoe!!! 🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏 🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️ Feliz Você Novo!!! 🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏 🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️ Gratidão, a chave 🗝️ que abre o 🕊️🗝️♥️🗝️🕊️ Coração!!! 🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏 Abraços fraternos, Gilceia Maria dos Santos Guedes 🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️ João Batista R. Eco-Empreendedor Colaborativo Planeta Terra 🌍 - Brazil 🇧🇷 - Espírito Santo 🕊️ - Minas Gerais 🧀 - Juiz de Fora ☕ - Vitória 🏅 🙏🇧🇷🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🌍🕊️🗝️♥️🗝️🕊️🇧🇷🙏

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