IA Empática: Humanizando a Tomada de Decisões na Era da Inteligência Artificial
Por {* Mateus Gustavo Ignácio , Head de Produtos e Serviços de IA na Invillia
O lançamento do novo modelo o1 da OpenAI representa um avanço significativo na resolução de um dilema que meu time na Invillia vem enfrentando há algum tempo.
Uma das minhas maiores preocupações sempre foi lidar com os dilemas éticos no processo de julgamento, análise e tomada de decisões autônomas por inteligências artificiais. Tenho me dedicado a estudar e refletir sobre maneiras de criar soluções verdadeiramente justas e imparciais.
Com base nessa preocupação, desenvolvi uma proposta de framework fundamentado em princípios de imparcialidade e cognição. Minha proposta, chamada de IA Empática, utiliza a recuperação de "memórias" digitais para permitir que a inteligência artificial justifique suas decisões de maneira mais transparente e adaptável.
Inspirada no filme Divertidamente, a ideia central é criar uma cadeia de reflexões que leve a decisões mais acertadas, replicando nossa capacidade de racionalidade que combina consciência, memória e metaconsciência no processo decisório. Ao integrar percepções emocionais e o conceito de "ilhas de personalidade", a IA humaniza o processo, proporcionando explicabilidade conversacional e cognição aprimorada para decisões mais fundamentadas e sensíveis ao contexto.
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A proposta central da IA Empática é resolver uma das principais limitações das IAs atuais: a ausência de um processo cognitivo explicável antes da tomada de decisões. Diferentemente dos humanos, que refletem sobre uma questão antes de formular uma resposta—considerando consciência, memória e contexto—os modelos de linguagem de grande porte (LLMs) geram respostas com base em padrões de linguagem previamente treinados e cálculos matemáticos, o que não constitui um verdadeiro processo de reflexão.
Recentemente, descobri que a OpenAI está abordando esse mesmo problema, que considero central para o futuro da IA: a explicabilidade lógica por trás das decisões. Eles lançaram um modelo que utiliza o conceito de Chain of Thought, aprimorando a racionalidade da IA ao permitir que ela "pense" por mais tempo antes de responder a perguntas difíceis. Por meio de aprendizado por reforço conversacional—mesma lógica do modelo que propus há um mês—o modelo o1 refina sua cadeia de pensamento e as estratégias utilizadas para resolver problemas, melhorando a capacidade de raciocínio.
Saber que uma empresa de renome como a OpenAI está trabalhando nas mesmas preocupações que emergiram em meu time me deixa confiante de que estamos no caminho certo. Essa convergência de ideias confirma que estamos atentos aos pontos críticos e essenciais para o futuro da IA, demonstrando que nós, da Invillia, estamos na vanguarda dessa evolução tecnológica.