IA - Nem Inteligência, Nem Artificial
Esta é a opinião do renomado médico e neurocientista Miguel Nicolelis (Prof. Emérito da Universidade de Duke, que há mais de 30 anos lidera pesquisas em neurociência com aplicação de tecnologias de Inteligência Artificial). Ele considera que o termo inteligência artificial é utilizado erroneamente, “é mais uma jogada de marketing do que verdade”.
O termo “Inteligência Artificial”, foi cunhado oficialmente pelo cientista americano John McCarthy em 1955. O nome original era “Estatística Multivariada”. Ele queria realizar uma conferência para apresentar seu modelo porque acreditava no potencial disruptivo de sua proposta. Entretanto, precisava conseguir dinheiro do departamento de defesa norte americano e para isso necessitava de um nome mais atraente. Foi então que surgiu o nome “Inteligência Artificial”, em inglês “Artificial Intelligence".
Curiosidades à parte, a questão central é que a Inteligência Artificial chegou com muita força em 2024 e está entre os temas prioritários em quase todos os ambientes corporativos. E tudo indica que não se trata de modismo, haja vista a valorização da NVIDIA, líder na indústria de desenvolvimento de processadores de alta performance utilizados nos computadores utilizados para processar a IA, mundo afora.
Ela tornou-se a 3ª empresa mais valiosa do mundo neste trimestre, quando seu valor de mercado atingiu 2,38 trilhões de dólares em março de 2024, ficando atrás apenas da Apple e Microsoft, respectivamente a segunda e primeira do ranking das “ponto com”.
A IA já entrou na sua vida?
Tecnologias disruptivas tem a propriedade de abalar estruturas existentes. Em outras palavras, podem promover mudanças “avassaladoras” em curtos intervalos de tempo.
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Diante de cenários como este, as mudanças agem como verdadeiros tsunamis levando tudo o que está pela frente.
Você já se perguntou se a IA pode impactar sua vida ou sua carreira?... Não, esta é a pergunta errada… a resposta já foi dada e não depende de você. A pergunta certa agora, não é simples, mas composta: quando, como e que intensidade a IA vai impactar sua vida?
No livro Cruzando o Abismo, “Crossing the Chasm”, Geoffrey Moore (1991), descreve a teoria da curva da adoção de tecnologia aplicada a produtos tecnológicos. Ele destaca que em todas as inovações tecnológicas, a adoção ou o consumo, se dá em diferentes grupos: primeiro os visionários e os “early adopters”, estes compõem os iniciantes, aqueles que aceitam pagar mais caro para sair na frente. Depois vem o primeiro grande grupo, o segundo grande grupo e por fim aqueles que rejeitam as tecnologias inovadoras.
O fato é que até então, a maioria das tecnologias se referem a bens e serviços que mudam a forma como o ser humano deve se apropriar desta inovação para fazer o que fazia antes, ou mudar a forma como fazia. Muitas mudanças tecnológicas exigiram/obrigaram as pessoas a mudarem a forma como faziam e aí, claro, que não se adaptou acabou saindo fora do cenário, para o bem ou para o mal.
A IA, como vem sendo apresentada ao grande público nos últimos meses, representa uma situação diferente, alguns acreditam que é mesmo uma grande ameaça. Ela pode mudar tão rapidamente as formas como produtos e serviços são realizados que, das duas uma, ou a pessoa não conseguirá adaptar-se a estas mudanças, incorporando o know-how necessário para o domínio e utilização das soluções que contemplem IA, ou será descartada do cenário produtivo econômico, pois sua atuação será menos eficiente e mais cara.
Eu bem que gostaria de acreditar que esta conversa de “Apocalipse” é baboseira e que a sociedade, a “humanidade”, vai superar este desafio e evoluir para um tempo mais próspero e justo. Mas sinceramente, pelos rumos tomados por nós “seres humanos”, tendo em conta, ideias, valores e movimentos político-sociais recentes, estou tendendo mais para o “caos” do que para a “ordem”.
E você, o que pensa sobre os impactos da IA na sua vida e na vida das pessoas?
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Designer Gráfico | Otimização de Perfis LinkedIn com IA
9 mSim, faço uso da IA como designer tanto quanto uso meu talento e meus softwares de vetorização, edição e apresentação. E sabendo que a chamada IA foi criada há mais de 70 anos e só nos últimos anos chegou ao acesso para todos, de um modo geral, para mim chega a ser surpeendente. Mas não a temo, pois ainda vejo que somos absolutamente condutores dos resultados que as IAs entregam. Os chamados 'prompters' estão até se tornando uma nova profissão. Não encontrei nenhuma IA que consiga fazer uma imagem com mãos humanas sem defeito. Os algoritmos ainda precisam evoluir muito. Será que um dia, assim como o celular hoje está nas mãos da maioria da população mundial, a IA será acessível e colaborativa para todas as pessoas?
Liderança em Educação a Distância | E-learning | Universidade Corporativa | Educação Corporativa | Treinamento | EaD | Antropólogo | Gerente | Coordenador | Especialista | Coach Educacional | Resolvedor de Problemas
9 mLembrou-me ainda quando adolescente quando ouvi as discussões sobre vírus de computadores não poderiam ser considerados seres vivos, já que atendiam os parâmetros estipulados pela biologia. E assim como vírus, IA já entrou na vida de todos, mesmo que nós não tenhamos percebido. Excelente texto, Marcelo Mafra .