IAs de Propósito.

Já escrevo sobre IAs a algum tempo, e algo que sempre me chama atenção, é quando escuto sobre novos projetos que pretendem usar IA no mundo corporativo. Minha primeira tentativa é compreender o propósito da IA neste projeto, e se no final a conta fecha.

O hype das IAs começou a 2 anos atrás com o surgimento do ChatGPT, e continua com o assunto aquecido. Já vi muitos CIOs e CEOs tentando entender o que fazer com IA dentro das empresas, pensando em não ficar de fora da onda do momento.

Só que como toda adoção de tecnologia, temos o auge da especulação, e depois a acomodação, e por fim a análise mais fria do mercado do que realmente vale investir.

Digo que estamos na 3a fase desta tecnologia, muito parecido com a fase seguinte ao boom dos investimentos em  Startups anos atrás. Dinheiro sobrando para inovação, taxas de juros globais baixas e muitas novas startups aproveitando o momento. Diria que os projetos atuais de IA estão neste momento pós euforia.

As gigantes de tecnologia conhecidas no mercado como as Sete Magníficas (Magnificent Seven) composta pelas empresas Amazon, Apple, Alphabet, Microsoft, Meta, Tesla e Nvidia, registraram na semana passada, uma perda de valor de mercado de cerca de US$ 900 bilhões. Isto também tem a ver com a acomodação de seus papéis negociados na bolsa, e uma visão mais realista do momento das IAs no mundo.

E como saber se o projeto de IA tem propósito na minha empresa? A conta é simples, se a empresa investir X nesta implementação, quanto de Y terei de retorno? Se o Y for maior que o X, sinal que o projeto vale a pena.

Mas o Y pode ser considerado só dinheiro, faturamento? Não necessariamente, aqui podemos incluir, novos clientes conquistados, novas vendas futuras, entrada em novos mercados, branding de sua marca, entre outros. Tudo isso tem um peso na somatória do Y. 

Mas no fim, o Y tem que ser maior que o X em um espaço de tempo não muito longo.