Impacto social que gera impacto social
Muitas empresas querem entregar um propósito a seus públicos, um compromisso relevante e genuíno que guie sua existência. Almejam que seus negócios, além de retorno financeiro, gerem impacto social e ambiental positivo para as comunidades em que atuam e para o mundo.
No centro desta construção estão as pessoas. Engajadas e igualmente comprometidas com este propósito. Elas estão em todos os níveis e cargos. Estão nos comitês de diversidade, nos grupos de trabalho de ESG, em todas as partes da empresa.
Em artigo publicado na NetZero, Ricardo Voltolini , CEO da consultoria Ideia Sustentável e um dos pioneiros do debate sobre sustentabilidade no Brasil, destacou que as empresas estão buscando profissionais com “atitude ESG”.
“As empresas estão valorizando cada vez mais profissionais ‘cuidadores’, empáticos, orientados para o outro, capazes de praticar as escutas ativa e afetiva, solidários, justos e altruístas. Querem contar em seus quadros com pessoas inclusivas, dialógicas e horizontais, colaborativas, que estão abertas para aprender com a experiência do outro, abominam qualquer tipo de discriminação e respeitam as mais diferentes formas de diversidade” (Ricardo Voltolini)
E onde estão estes profissionais?
É urgente despertar e potencializar nos profissionais um sentimento de que é possível promover uma transformação de forma coletiva. Acreditamos que consciência social é uma das capacidades humanas mais importantes hoje dentro de qualquer tipo de organização.
No Instituto Repartir , que atua contra a evasão universitária de estudantes de comunicação de baixa renda, com foco especial em pessoas negras, tão importante quanto ofertar a esta juventude um estágio remunerado – a questão financeira é um dos grandes obstáculos para a permanência nas universidades –, é trabalhar a sua autoestima, preparando esta juventude para a entrada no mercado de trabalho.
O empoderamento destes jovens se dá pelo trabalho que realizam – construção de narrativas encantadoras, planos estratégicos e outros diferentes produtos de comunicação a organizações sociais que não conseguem investir em comunicação, por falta de dinheiro ou pessoas.
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Ao mesmo tempo em que são impactados com a oportunidade de um estágio, estes jovens geram impacto a quem também tanto precisa. Ver o trabalho que realizam ajudando no fortalecimento de diversas organizações e causas, na captação de recursos e na transformação de vidas gera um encantamento com a profissão e com eles próprios.
Recentemente, uma cartilha de letramento para mães, pais e familiares de pessoas LGBTQIAPN+, desenvolvida pela juventude do Instituto Repartir em parceria com o coletivo Mães da Resistência, chegou às mãos do Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. Imaginem a alegria de quem idealizou e criou o produto. E este é apenas um exemplo do alcance do trabalho.
No Instituto Repartir, dizemos que mais que um estágio em comunicação, nossa jornada social é um curso de extensão em cidadania e direitos humanos. A ponte entre estudantes e organizações sociais é nossa tecnologia social inovadora e pode ser replicada para qualquer área – tecnológica, jurídica, etc.
O mundo precisa destes jovens socialmente despertos. As empresas que querem genuinamente promover impacto positivo precisam destes jovens socialmente despertos. É o olhar sensível das pessoas que sustenta uma jornada de propósito.
Emerson Couto , é cofundador do Instituto Repartir , organização social sem fins lucrativos que tem como propósito o combate à evasão universitária de estudantes de comunicação em situação de vulnerabilidade social, financeira e emocional, para que concluam o ensino superior e acessem o mercado de trabalho.
Acesse os canais do Instituto Repartir para conhecer o trabalho: