A importância do Planejamento Financeiro
O ato de pensar a respeito do futuro é um exercício onde o nosso cérebro rapidamente processa possíveis cenários. Isto acontece de forma natural e pode ser uma poderosa ferramenta que direcionaria os nossos esforços ao atingimento de metas desejáveis. Obviamente, somente pensar a respeito do futuro e não fazer nenhum movimento prático em direção a estas metas, seria apenas um exercício mental.
Utilizando esta mesma lógica, as organizações também são ávidas em projetar o futuro, e podemos relacionar diversas demandas: monitoramento da liquidez de Caixa no curto/médio prazo, acompanhamento dos volumes de vendas/produção desejados, apuração das margens de produtos/serviços, entre outras. Para atingir estes objetivos de controle, são utilizadas diversas ferramentas: projeções de Fluxo de Caixa, elaboração de Orçamentos Anuais, modelagens financeiras de Investimentos, mapeamento de cenários de longo prazo, entre outras. Quem irá reunir todas estas informações, analisar eventuais inconsistências vindas de outras áreas, projetar os cenários mais prováveis e apresentar os números finais é a área Financeira.
Desta forma, a responsabilidade embutida em cada etapa do Planejamento Financeiro é enorme pois ela irá definir, em última instância, os esforços necessários da empresa para atingir os resultados esperados. Desta forma, eu enumero os principais requisitos técnicos indispensáveis para que a área Financeira apresente números consistentes para a Companhia: conhecer as particularidades do negócio, a coleta de informações junto às demais áreas deverá ser precisa, a tecnologia deve ser um facilitador deste processo e trabalhar com um time coeso que permita o questionamento recíproco e assim, reduzir eventuais erros operacionais.
Contudo, no dia a dia, outras ações precisam ser observadas na área Financeira para que o resultado possa ser percebido mais claramente pela organização. Destaco a busca incansável pela melhor informação junto às demais áreas pois, normalmente, estas áreas não entendem os impactos que seus números podem causar nas Projeções Financeiras. Outro aspecto importante é “estressar” o modelo prevendo todas as perguntas possíveis que possam ser originadas e, finalmente, a autoconfiança em apresentar números que podem não corresponder às expectativas da Direção. Principalmente em cenários de alta volatilidade, a recepção às “bad news” tende a ser baixa, mas devemos lembrar que o compromisso da área Financeira é apresentar o cenário mais assertivo possível. No final, o papel do gestor financeiro é reunir todas estas variáveis técnicas e comportamentais e apresentar as projeções mais consistentes auxiliando a Direção e Acionistas na tomada de decisões de curto e longo prazo.