A importância e os desafios do empreendedorismo feminino

O papel que o empreendedorismo feminino tem é de uma importância absurda, pois ele atua de forma a reduzir as diferenças entre as oportunidades de crescimento profissional/carreira entre homens e mulheres. Além disso, também é um grande aliado na prática efetiva de diversidade nos negócios, uma vez que as perspectivas femininas no empreendedorismo têm ganhado destaque no mercado ainda tão machista em que vivemos.

A alta do assunto é porque, cada vez mais, nós mulheres estamos ocupando espaços antes dominados pelo público masculino, com destaque em negócios desde os de pequeno porte às multinacionais e de vários segmentos. Não é novidade que o público feminino está no mercado de trabalho há varias décadas. E além da jornada de trabalho a mulher, em geral, ainda tem outra que é a domiciliar, ou seja, cuidar dos filhos, na maior parte das famílias, desdobrando-se pela NÃO existência da divisão igualitária das tarefas domésticas. Neste cenário, o que vemos é uma sobrecarga muito maior para as mulheres do que para os homens. Muitas consideram o aspecto familiar e optam por empreender para que tenham liberdade de rotina e para se manterem próximas dos filhos.

Para quem não tem estas atividades familiares, o empreendedorismo torna-se uma opção. Neste caso, o maior atrativo é ganhar liberdade e fugir da politicagem organizacional, com seus modelos arcaicos de gestão. Sem contar que é um ganho de mobilidade e de ter a possibilidade de escolha de trabalhar em qualquer lugar, fazendo seu próprio modelo de negócio. Algumas pessoas, inclusive, mantém-se no modelo de CLT e seguem o caminho do empreendedorismo em paralelo, como forma não só de complemento de renda, mas de desafio e testagem do modelo de negócio. Isso tem dado muito certo e cada vez mais pessoas encontram-se nessa nova fase.

As dificuldades, além das mais comuns que sabemos, ainda esbarram no preconceito, falta de apoio, inclusive de “amigos” e família, situação citada, por exemplo, em alguns livros sobre o tema. E aqui afirmo categoricamente: se não te apóia, é porque não tem que estar perto de fato. O caminho será por muitas vezes solitário, mas com a constância tudo vai se organizando e um novo mundo vai se criando. Aí o que antes parecia ser impossível torna-se um caminho viável.

Eu tive a oportunidade de assistir a uma palestra e conhecer, através de uma das filhas, a história da maior exportadora de camisas do Brasil – a Dudalina. Sônia Hess é o nome por trás da tão famosa marca, que nasceu de forma inusitada, quando Seu Duda e Dona Lina, pais de Sônia, tinham uma pequena venda no interior de Santa Catarina. Numa das idas para São Paulo com a finalidade de comprar mercadorias para revender, o Seu Duda fez a compra de uma quantidade muito grande de tecidos. Ao ver isso, dona Lina teve a rápida idéia de desmontar uma camisa que tinham, com a finalidade de entender como a peça era feita. Depois desse episódio, já sabemos o caminho, né? As primeiras camisas foram vendidas por eles, a empresa foi crescendo e depois da filha Sônia assumir o negócio é que a empresa alcançou o patamar conhecido nos dias atuais.

O empreendedorismo feminino é importante porque abre espaço para que as mulheres mostrem seus talentos. Luiza Trajano, Joy Mangano, Sônia Hess e tantas outras mostram diariamente o quanto o mundo ganha com o empoderamento das mulheres. A intenção não é criar uma competição com homens e sim ter acesso a oportunidades iguais.

Se você tem o sonho de empreender, pare de sonhar e comece a realizar. Acredite, você é capaz de abrir e gerir seu próprio negócio e, quem sabe, daqui a alguns anos integrar uma lista como a que apresentei aqui.

A famosa apresentadora de TV Oprah Winfrey, que também é uma grande empreendedora, disse certa vez:

“Eu não acredito em fracasso. Não é um fracasso se você gostou do processo”.

Portanto, desfrute do processo, dedique-se e alcançará excelentes resultados!

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