Reflexão sobre Inclusão e Diversidade. Nas Empresas, uma equação com variáveis que exige método e dedicação.
Tenho refletido muito sobre inclusão e diversidade, especialmente dentro das empresas. Apoio iniciativas que abordem o tema - consta inclusive no meu CV, pois considero importante mostrar que faz parte da minha escala de valores... No entanto, sei que não são valores fáceis de se vivenciar. Todos os dias sou desafiada nesse sentido. Sei que não sou a única: fomos surpreendidos esta semana com o pedido de desculpas do Ministro do Supremo Tribunal (STF) Luís Roberto Barroso por ter chamado o ex-presidente da Corte, Joaquim Barbosa de “negro de primeira linha”. Com a voz embargada, Barroso então se desculpou pela afirmação: “Gostaria de pedir desculpas às pessoas a quem possa ter ofendido ou magoado com essa afirmação infeliz. Gostaria de pedir desculpas, sobretudo, se, involuntária e inconscientemente, tiver reforçado um estereótipo racista que passei a vida tentando combater e derrotar, disse.(G1.GLOBO.BR )
Essa retratação (um ato de coragem) nos mostrou como pode ser uma “pegadinha” do viés inconsciente. Nas empresas, pode refletir inclusive nas contratações, resultando em equipes compostas por pessoas com perfis semelhantes, inibindo o fomento de novas ideias e soluções, como consequência, empobrecendo o ambiente corporativo em todos os sentidos.
Acredito que todos os envolvidos estão felizes em ver estas questões discutidas à luz do dia. De alguma forma, caminhamos mas, de forma geral, ainda patinamos nos argumentos e na forma com que lidamos com tudo isso. Questões de inclusão racial têm raízes, caminhos e desafios diferentes da inclusão de gêneros e das questões de equidade e empoderamento feminino, por exemplo. No entanto, não podemos correr o risco de criar nichos de inclusão sem a integração entre os grupos. Desta forma, empresas têm um papel social relevante e devem exercê-lo pelo bem comum e pela garantia de sustentabilidade dos negócios.
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Defendo ações e projetos que tratem o tema de forma profunda, respeitosa, empática e sistêmica, como tantos exemplos já em prática no Mundo e no Brasil.
Não existe fórmula e sim, método e dedicação. As questões são complexas e cada instituição deve adequar seus projetos ao próprio DNA.