A indústria da felicidade

A indústria da felicidade

Acho muito curioso como o ser humano evolui e busco, a medida do possível – uma vez que faço parte dessa massa, tentar ter um olhar crítico no meio desse caminho.

Nos últimos dois anos um assunto fica martelando na minha cabeça, cada dia com mais afinco: a indústria da felicidade. As redes sociais democratizaram a comunicação, isso é maravilhoso, mas criaram um espaço infinito para a construção de vidas e empresas imaginárias.

Profissionais renomados passaram anos e anos estudando a importância do senso de propósito, como construir uma vida equilibrada e metodologias que apoiam a construção da nossa felicidade, única e particular. Afinal, quando tratamos da felicidade, cada um tem a sua.

Acontece que hoje sinto que todo estudo virou massa de manobra, afundando cada vez mais os seres humanos na busca de uma utopia, de uma felicidade construída por referências externas e pela ilusão de que é lá que você quer chegar.

A busca pela autenticidade e autoconhecimento passou longe. Marcas, empresas, influencers continuam vendendo em suas redes que você só será feliz quando conseguir o corpo, o carro, a vida, o resultado, o cargo, estar na empresa X e a lista não tem fim. Mas dessa vez, se você não conseguiu alcançar esse mundo, a culpa é sua.

Se você não consegue acordar cedo, meditar, malhar, tomar café com a família, ir pro trabalho de bike elétrica, ser feliz no trabalho, voltar para casa, ler um livro e dormir cedo, o mundo fake manda uma mensagem: você não se esforçou para ser feliz. Quando na verdade, a felicidade não vem de algo externo, não vem dessa expectativa criada sobre o que é preciso ter para ser feliz, mas sobre o que verdadeiramente somos quando estamos felizes.

Quando analisamos a felicidade pela ótica do que está ao meu alcance e do que faz sentido para mim, ela se torna muito mais real. Talvez a reflexão que quero deixar aqui é: O quanto você respeita a sua autenticidade, os seus verdadeiros sonhos?

Isso pode ser percebido nas tarefas cotidianas, o que realmente te traz sentimento de realização: Preencher uma planilha? Conversar com um estranho? Reciclar o lixo?

Se conhecer, identificar o que te deixa feliz e lutar para encaixar isso no seu dia a dia pode ser um caminho. Não é fácil, não é simples, mas percorrê-lo para ter o seu significado sobre o que é felicidade poderá tornar sua vida muito mais leve. Acredite.  

Porque realizar esse sonho vai ser difícil, vai ter que ralar, mas vai fazer sentido. 

Verdade...não podemos esquecer quem somos ...o que nos realiza e por onde trilharemos para atingir nossos objetivos!!

César Ayer

Consultor | Facilitador na Crescimentum Consultoria | Grupo Cegos

3 a

Fantástico texto!!! Parabéns Rachel!!!

Larissa C.

Psicóloga | Cultura | Gestão de Metas | Change Management | HR Performance | People Analytics | HCMBOK® | HCMP®

3 a

Amei!! Muito bom 👏🏼👏🏼

Thamires Costa

Comunicação Inclusiva | Cultura e Clima | Diversidade, Equidade e Inclusão

3 a

Que texto fantástico Ra, é importante lembrar também que essa busca incessante que está em alta pelo autoconhecimento precisar estar ligada com a consciência de classe, porque a busca pela felicidade também tem várias barreiras sociais. Parabéns pela reflexão, essa sociedade líquida precisa de um montão de textos "By Rachel" ahahaha Beijão.

Aramis Cruz 🏳️🌈

Estagiário Jurídico na Raízen

3 a

“Se conhecer, identificar o que te deixa feliz e lutar para encaixar isso no seu dia a dia pode ser um caminho”. Acredito muito que esse seja o caminho! Autoconhecimento é a chave 👏🏾

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos