Indicadores de SST: entenda qual é a importância de acompanhá-los
A gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SST) depende de indicadores para monitorar as atividades dentro da empresa e aplicar ações preventivas. Com esses dados, é possível alcançar bons resultados em termos de produtividade da empresa, sem comprometer a integridade do time de funcionários.
Há gestores que até podem pensar que as suas organizações não precisam de indicadores de SST, principalmente empresas de um setor de ‘baixo risco’ de acidentes de trabalho, como tecnologia e marketing.
Contudo, é importante saber que os indicadores de SST medem os vários aspectos relacionados à integridade dos funcionários, e não apenas o risco de acidentes. Isso torna a preocupação com os indicadores fundamental em qualquer setor.
O que são indicadores de SST?
Os indicadores de SST são medidas necessárias para monitorar o programa de segurança do trabalho aplicado em uma empresa e os seus resultados. A partir deles, é possível avaliar o que pode ser melhorado e o que pode ser preservado para garantir a integridade física e mental dos trabalhadores.
No geral, podemos classificar os indicadores de SST em dois grupos:
Ao monitorar os indicadores de SST, os gestores podem identificar a raiz dos problemas e evitar que incidentes em potencial aconteçam.
É importante saber que os indicadores de SST não servem apenas para medir a segurança, mas todos os aspectos da saúde e bem-estar dos funcionários da empresa em suas rotinas de trabalho, incluindo a saúde mental.
Além de gerenciarem os vários tipos de risco no dia a dia, os indicadores podem fazer com que sua empresa verifique se a equipe não trabalha horas excessivas e está ciente sobre a quem recorrer para reportar um problema. Quanto mais segura e saudável a sua equipe estiver no ambiente de trabalho, maior será a eficiência da empresa.
Quais são os principais indicadores de SST?
Cada empresa deve selecionar os indicadores de SST conforme as necessidades específicas do seu ambiente de trabalho, mas os indicadores da nossa lista já são um bom ponto de partida e, com sorte, revelarão dados úteis para o seu negócio. Confira!
Taxa de acidentes
A taxa de acidentes, como o nome já diz, consiste no número de acidentes ocorridos no ambiente de trabalho. A frequência usada para monitorar esse indicador pode variar de acordo com a necessidade de cada empresa (por exemplo: anual, semestral, trimestral ou mensal).
É considerado “acidente de trabalho” tudo que ocorre com o empregado no seu exercício de trabalho que provoque lesão corporal ou perturbação funcional capaz de levar à morte, à perda ou à redução temporária/permanente da capacidade para o trabalho.
Certifique-se de ficar de olho no número de incidentes principalmente quando novos processos, novas máquinas ou qualquer mudança for introduzida no local de trabalho.
Taxa de quase acidentes
Tão importante quanto monitorar a ocorrência de acidentes é acompanhar a taxa de quase acidentes. Esse indicador revela a quantidade de incidentes menores que os funcionários podem não se sentir obrigados a relatar, como pequenos solavancos e arranhões.
Buscar os relatos de funcionários sobre quase acidentes é importante, em primeiro lugar, porque a tendência é que grande parte desses incidentes passe despercebida no ambiente de trabalho. Além disso, identificar os pequenos incidentes permite que os gestores consigam evitar possíveis grandes desastres no futuro.
O rastreamento desse tipo de incidente depende muito dos funcionários. Portanto, certifique-se de que os canais corretos estejam disponíveis para o relato sem que eles tenham medo de ações punitivas.
Taxa de gravidade
A taxa de gravidade consiste em prever quantos dias produtivos são desperdiçados a cada acidente de trabalho. Para calcular a taxa, aplica-se a seguinte fórmula:
Dias perdidos com acidentes x 1.000.000/número de horas de exposição ao risco
A fórmula revela quantas horas de trabalho foram desperdiçadas a cada 1 milhão de horas de trabalho. O “número de horas de exposição ao risco” corresponde à quantidade total de horas trabalhadas pelos colaboradores da empresa dentro do período de um mês.
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Digamos que 12 dias produtivos foram perdidos em uma empresa por conta de acidentes de trabalho. Durante um mês, os funcionários trabalham 30.000 horas. Nesse caso, a fórmula do cálculo fica da seguinte maneira:
12 x 1.000.000/30.000
O resultado do exemplo é 400. Isso significa que foram 400 horas perdidas a cada 1 milhão de horas trabalhadas. Quanto menor for o resultado da taxa de gravidade, menor é o risco que os trabalhadores sofrem com acidentes.
A partir da taxa de gravidade, uma empresa pode avaliar os programas de segurança que foram implantados no dia a dia dos trabalhadores.
EPIs distribuídos e utilizados pelos funcionários
A empresa é obrigada a fornecer o Equipamento de Proteção Individual (EPI) para os funcionários exercerem suas funções.
Mas, para garantir a correta distribuição dos EPIs, o mais recomendado é acompanhar os registros da empresa em relação a esse assunto: quantos e quais são os EPIs, qual é a frequência de distribuição e o histórico de utilização.
Cruzando os dados, os gestores podem descobrir a relação entre uso de EPI, número de acidentes, produtividade e treinamento dos funcionários.
Treinamentos para os funcionários
A realização de treinamentos é algo primordial para qualquer empresa, seja sobre procedimentos básicos de saúde e segurança no local de trabalho, seja treinamentos mais específicos para lidar com maquinário pesado.
Garantir que os funcionários estejam totalmente cientes dos procedimentos e das políticas de saúde e segurança é essencial para evitar acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Toda empresa deve acompanhar os registros de treinamento dos funcionários e cruzar essas informações com relatórios sobre produtividade e acidentes no local de trabalho. Muitas vezes, a falta de treinamento está por trás de acidentes ou atrasos operacionais.
Qual é a importância de acompanhar os indicadores?
Existe uma série de razões pelas quais a sua empresa deveria acompanhar com rigor os indicadores de SST. Explicamos a seguir.
Identificar e prevenir acidentes
Obter informações sobre o andamento e o status das atividades da empresa permite que os gestores gerenciem riscos de lesão ou doença ocupacional no ambiente de trabalho.
Manter as operações da empresa dentro da lei
Com base nos dados obtidos com os indicadores, é possível entender se as ações preventivas estão de acordo com as necessidades das operações e, principalmente, de acordo com as normas regulamentadoras sobre Saúde e Segurança do Trabalho.
Utilizar os bons resultados a favor da empresa
Os gestores podem usar os bons indicadores para promover a empresa como marca empregadora, favorecendo a contratação de talentos do mercado. Afinal, bons profissionais são atraídos por empresas que prezam as perfeitas condições de trabalho.
Por fim, a nossa recomendação é cruzar uma combinação de indicadores de SST para ter uma noção real de como anda a saúde no seu ambiente de trabalho. Além disso, é importante contar com uma tecnologia capaz de centralizar dados da sua gestão ocupacional como um todo.
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