INFRAESTRUTURA - UM AEROPORTO CHAMADO BRASIL
Essa semana a AENA, concessionária que venceu o leilão de concessão do aeroporto de Congonhas cumpriu suas obrigações no processo licitatório e apresentou, no tempo legal, seus documentos ao poder concedente. Imagino que CCR e XP, outras vencedoras na 7ª rodada de concessões aeroportuárias, fizeram o mesmo.
Ato contínuo, o poder concedente, ANAC, deverá também cumprir sua parte no jogo e prosseguir com o cronograma do processo.
Salutar a um país que quer ser visto como destino de investimentos estrangeiros mostrar seriedade em seus processos longínquos, sem mudanças abruptas e, principalmente, originadas e baseadas no “fato do príncipe”. Não cabe mais isso no mundo moderno.
Entretanto, alguns saudosistas do brasil paquidérmico, agem contra essa seriedade necessária, divulgando cartas “desdizendo” as autoridades e/ou fazendo discursos inflamados sobre processos de concessões / privatizações já ocorridas.
Nos tempos áureos das grandes empreiteiras, quando obras na região amazônica era comum (hidrelétricas e estradas, principalmente) essas empresas se verticalizaram e passaram a atuar em negócios fora de seus propósitos. Assim, muitas delas tiveram empresas de alimentação, verdadeiras companhias de taxi aéreo, produção de insumos e outras. Para essas obras de integração nacional, em regiões inóspitas à época, esse modelo valeu, e valeu muito.
Quando essas mesmas empresas foram migrando para grandes obras na região sudeste, nos idos dos anos 80, tentaram manter o modelo, mas, face à concorrência de prestadores de serviços locais e especializados, o modelo ruiu.
Cito isso para comparar o que acontece com os governos. No passado, era sim necessário slogans como “o petróleo é nosso”, difundido pelo governo Vargas com forte apoio de Monteiro Lobato.
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Hoje, nem petróleo queremos mais. O temos, ainda, por pura necessidade de momento. Em breve, energias limpas e renováveis assumirão seu lugar. Nesse contexto, e em um mundo de transformação digital, para que uma política de protecionismo de uma fonte fóssil e não renovável? É visão retrógrada e fadada ao erro.
Mas, voltando aos aeroportos, o Brasil espera agilidade e seriedade nos seus programas de estado. Programas de governos são passageiros e, assim devem ser vistos e estruturados. Não existem programas de governos com prazos de 25, 30, ou até, no caso de ferrovias, 99 anos. Se assim forem concebidos, algo está errado.
Resolvido o setor aéreo, com a continuidade dos programas dos setores rodoviários e de saneamento, temos que desenvolver fortes programas de mobilidade urbana e portuários.
No que tange à energia elétrica e comunicações, o modelo está ai, firme, forte e vigente. Precisam de melhorias? Claro que sim, principalmente telecomunicações, mas isso, não é difícil de ser resolvido.
Queremos, mesmo, é, em breve, estar entrando nos aeroportos brasileiros e vê-los listados entre os melhores do mundo.
Que as concessionárias ganhadoras da 7ª rodada tenham todo o sucesso.
O Brasil tem pressa.
Pai/ Arquiteto de Soluções/ Segurança Eletrônica / ITS / Metroferrovia / Cidades Inteligentes /
1 aExcelente Artigo
Engenheiro Civil | Orçamento, Planejamento, Gerenciamento de Projetos e Licitações | Infraestrutura e Edificações
1 aExcelente artigo, João Carlos de Magalhaes Gomes! Parabéns pela lucidez!
Consultor sênior
1 aVisão clara e objetiva. Excelente artigo
Gestor Engenharia | Manutenção | Meio Ambiente na BH Airport - CCR and Zurique Airport Group Company
1 aExcelente texto. Concessões constantemente ameaçadas por insegurança jurídica e imprevisibilidade. Como costumam dizer, no Brasil, até o passado é incerto!!!
CEO da PAX Aeroportos - Gestão de Infraestrutura de Transportes | Desenvolvimento de Negócios | Aeroportos | Gestão de Ativos
1 aExcelente leitura do momento da infraestrutura! João Carlos de Magalhaes Gomes