Inovação, Internacionalização e Negócios: entrevistas a parceiros da Inodev

Inovação, Internacionalização e Negócios: entrevistas a parceiros da Inodev

Nesta nova edição da Sparkles, a newsletter da Inodev, destacamos as entrevistas interessantes que fizemos a dois parceiros importantes para o nosso negócio, que partilham perspetivas valiosas sobre o mercado internacional e sobre a inovação.

Na primeira entrevista, apresentamos um excerto da conversa que tivemos com o CEO do World Trade Center Lisboa, Luciano Menezes, uma figura influente em Portugal. Descobriremos como a inovação impulsiona o seu trabalho e a parceria estratégica com a Inodev, oferecendo valiosas visões sobre o futuro dos negócios.

A seguir, realçamos as experiências de Antônio Rezende, Partner da Inodev, que partilhou as suas vivências durante a sua recente visita ao Brasil, onde apresentou oportunidades empolgantes para a internacionalização de empresas brasileiras na Europa, através de Portugal.

Além disso, exploramos o ecossistema de Portugal, com ênfase nos recentes investimentos na área médica. Compreenda como Portugal se destaca como um destino promissor para investimentos neste setor.

Desejamos que desfrutem desta edição repleta de informações valiosas. Boa leitura!


Entrevista a Luciano Menezes, CEO do WTC Lisboa

Entrevistamos o CEO do WTC Lisboa, Luciano Menezes. O World Trade Center é uma marca mundial, com 320 world trade centres em 93 países. Tratam-se de complexos imobiliários que podem ter uma parte corporativa, uma parte comercial, um hotel ou até mesmo um centro de convenções.

Na nossa entrevista com o Luciano, falamos sobre inovação, o seu trabalho no WTC, a sua parceria com a Inodev e sobre negócios. Leia um trecho da conversa que a Maria Inês, da equipa da Inodev, teve com o Luciano:

Maria Inês: Como é que é trabalhar na WTC? Qual é o papel que desempenha no WTC?

Luciano Menezes: Eu fui presidente do WTC de São Paulo e neste momento sou vice-presidente do WTC mundial. Então para mim é uma marca importante, é um network importante no mundo inteiro. Recentemente para uma reunião no WTC de Pequim na República Popular da China em nome do WTC mundial e há quatro meses também fui em Acra no Gana encontrar todos os WTCs do mundo. Para mim ter a possibilidade de me conectar com empresários e negócios do mundo inteiro de A a Z desde São Paulo, Cidade do México, Panamá, Lisboa, Gana, Argélia, China, Singapura, significa muito porque lidamos todos como se fossemos da mesma família e isso é muito interessante. Então para mim, não é um trabalho penoso. É muito divertido e gratificante puder fazer parte não só do WTC Lisboa, mas também do WTC do mundo inteiro.

Maria Inês: Gostava então que me falasse da parceria da WTC com a Inodev.

Luciano Menezes: A Inodev e os sócios da Inodev, o Antônio e o João fazem parte dos comités e participam em todas as reuniões e eventos que acontecem e acabaram por ingressar no business club e já receberam diversas indicações do WTC de empresas que se querem internacionalizar para Portugal. Nós não fazemos o mesmo trabalho que a Inodev e por isso é muito bom que o WTC possa recomendar a Inodev para fazer esse trabalho.

Maria Inês: Acha que a inovação é um elemento muito importante nos negócios hoje em dia? Acha que devia ser algo que as empresas já pensavam há uns anos ou que as empresas deviam começar a pensar?

Luciano Menezes: Para mim a inovação é uma matéria-prima fundamental. Se a empresa não inova, qual é o tipo de serviço que quer prestar? Qual é o tipo de produto da empresa? A velocidade da mudança é tão rápida que se as empresas não inovarem e mudarem, a tendência é parar. Então para mim não é preciso falar em inovação. A inovação deve ser vista como uma matéria-prima e um pré-requisito que tem de estar, nem é no dia a dia, mas sim na hora a hora.

Maria Inês: Que conselho daria a alguém que gostava de iniciar o seu negócio?

Luciano Menezes: Eu daria dois conselhos. O primeiro é o planeamento, fazer um bom planeamento para se ter uma ideia do Norte a seguir. Se alguém pretende abrir um negócio que não sabe para onde vai é um problema e deve ser o primeiro ponto a ser resolvido. O segundo conselho é arriscar. Invista num planeamento, mas não gaste tempo a achar que tem todas as respostas porque é a arriscar na tentativa erro (que faz parte do processo) que conseguimos aperfeiçoar o negócio. Se planearmos, planearmos, planearmos e não executarmos nunca se vai saber se está certo ou se está errado. Então o planeamento é importante, a execução é importante, a tentativa erro é importante e também é muito importante, obviamente, que se conecte com as pessoas certas. Há uma teoria que para chegarmos a qualquer pessoa do mundo, precisamos apenas de sete contactos, então nós precisamos de ajuda para fazer isso. Para quem pretende começar um negócio é muito importante fazer um planeamento, ter ousadia, conexões e muita transpiração.

Leia a entrevista na íntegra no blog da Inodev.


Entrevista a Antonio Rezende, Partner da Inodev

O nosso partner Antônio Rezende, acompanhado do CEO e Founder da Inodev João Cabral, foi ao Brasil para participar em dois eventos para falar sobre oportunidades de internacionalização de empresas do Brasil para Europa, através de Portugal e como a Inodev pode facilitar este processo. Entrevistamos o Antônio e falamos sobre o mercado de inovação do Brasil e sobre os insights dos eventos que frequentou.

Quais são suas impressões sobre o mercado de inovação do Brasil?

Antônio Rezende: O ecossistema de inovação no Brasil já é bastante maduro e está em pleno crescimento. Sabemos que os investimentos nas áreas de PD&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação) e TIC (tecnologias de informação e comunicação), cresceram 24% nos últimos 3 anos. Além disso, houve um aumento considerável na quantidade de empresas que investem em inovação, saltando de 45% em 2019 para mais de 69% em 2022. Portanto, vemos o Brasil com muito bons olhos e como um caminho natural para a Inodev, seja para encontrar parceiros, como para a procura de clientes e investimentos.

Compartilhe connosco alguns dos eventos de destaque em que participou enquanto esteve no Brasil.

Antônio Rezende: Esta ida ao Brasil teve como foco principal a criação de pontes entre os nossos países e a apresentação de oportunidades de investimentos em Portugal. Foi um convite do escritório VdA – Vieira de Almeida, Sociedade de Advogados e do escritório Pinheiro Neto Advogados, para participarmos em duas palestras e debates, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro, onde foram discutidos diversos temas, como energias renováveis, cultura, filantropia, mercado imobiliário, inovação e tecnologia.

No nosso caso, apresentamos as oportunidades de internacionalização de empresas do Brasil para a Europa, através de Portugal e o quanto podemos fazer para facilitar este processo. Aproveitamos para desmistificar um pouco a inovação e o quanto ela é vital e deve fazer parte do ADN das empresas, apresentando cases de sucesso que temos conseguido ao longo dos últimos doze anos.

Quais foram as principais aprendizagens ou insights que obteve destas experiências?

Antônio Rezende: Penso que a principal aprendizagem foi entender que os países são claramente complementares nos seus pontos fortes e fracos e que juntos poderemos ser muito mais competitivos. Além disso, surgiu uma ideia para a criação de um grupo muito interessante, conduzido pelo Tiago Marreiros Moreira, partner da VdA, que tem como objetivo principal evidenciar oportunidades e realizar projetos e negócios entre o Brasil e Portugal. Este grupo tem a clara intenção de estreitar ainda mais as relações entre os países, e facilitar este processo.

Leia a entrevista na íntegra no blog da Inodev.


O ecossistema Português e a cadeia de valor das ciências da vida

Nos últimos anos Portugal tem se tornado numa referência na investigação médica na área oncológica, da neurociência e de doenças infeciosas e a despesa pública do país representa cerca de 11% do PIB em 2021 (10% em 2020).

Portugal tem recebido um número crescente de investimentos estrangeiros, como é o exemplo de start-ups de tecnologia médica e de empresas da indústria farmacêutica. Em 2019 foram atribuídos 406 milhões de euros ao setor da saúde e das ciências da vida e Portugal ficou em 25º lugar entre 161 países na lista “Os melhores países para negócios” da Forbes.

Uma oportunidade que se destaca no ecossistema português é o envelhecimento da população e a crescente prevalência de doenças crónicas que representam um desafio para o sistema de saúde do país.

Abaixo mostramos alguns números que comprovam as considerações descritas:

  • 12º Top 100 Emerging Startup Ecosystem Ranking (Lisboa)
  • 12% das startups portuguesas são MedTech e Health IT
  • 14% dos investimentos dos Business Angels portugueses são na área da saúde (depois das Fintech, com 25% dos investimentos, que é o principal setor de investimentos)
  • 28% dos diplomados são das áreas de Ciências e Tecnologias
  • 12º país mais inovador da União Europeia
  • 17º país na Europa em Capital Investido

Portugal faz parte da rede EIT Health, uma iniciativa da União Europeia que apoia a inovação nos cuidados de saúde e nas ciências da vida. Através desta rede, as startups portuguesas podem aceder a financiamento, mentoria e outros recursos para as ajudar a crescer e ter sucesso.

E ainda, Portugal pretende duplicar incentivos financeiros na área da investigação e inovação nos próximos 5 anos, contando com parte dos 95 mil milhões de euros que a Europa vai investir no programa Horizonte, que reúne fundos europeus de investigação e inovação para o período entre 2021 e 2027.


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