Inovação, Transformação Digital e Novas Tecnologias

Inovação, Transformação Digital e Novas Tecnologias


Durante algum tempo, com um jeito próprio de organizar uma empresa, defendi quatro grandes blocos para o crescimento de uma companhia, escalabilidade e gestão do negócio, sendo eles:

1. A gestão organizacional, que tem por objetivo deixar claro a missão, a visão, os valores da empresa, um plano estratégico para atingimento dos objetivos, o organograma do negócio que nos apoia a saber quem deve estar em cada caixinha, as descrições de cargo, onde o que cada um realiza, o mapeamento dos processos descrevendo como cada um faz cada coisa, os indicadores de performance que mensuram a evolução e a gestão da rotina em relação às reuniões que devem ser realizadas para acompanhamento dos indicadores e planos de ação para manutenção.

2. A gestão comercial, que, apesar de também precisar de tudo o que contém na gestão organizacional, precisa de uma atenção especial, levando em consideração a construção de um bom processo comercial em funil de vendas, o acompanhamento desse funil e sua alimentação através de estratégias de inbound e outbound marketing, assim como a replicação e escalabilidade do negócio a partir das boas práticas dentro dessa receita de bolo.

3. A gestão financeira, que deve olhar para o passado, presente e futuro da empresa, olhando para o demonstrativo de resultado do exercício, olhando para o que passou, realizar o acompanhamento do fluxo de caixa em relação ao que está acontecendo e ainda, com a mesma ferramenta, aquilo que está por vir, tomando decisões de alocação de recursos e até mesmo captação, com foco em honrar compromissos e manter um negócio saudável com uma boa margem.

4. A gestão cultural, que fica como responsável por criar programas que fomentam a cultura, seguido de matriz de competências dos colaboradores para fomentar o treinamento e desenvolvimento, além das avaliações das competências técnicas e comportamentais através do atingimento de metas anuais e avaliações 180 e 360 graus, além da própria pesquisa de clima para saber o quão bom é trabalhar naquele lugar.

Como falei, para mim, isso era o meu mantra, mas depois de entender claramente que, por melhor que um produto seja, todos eles independentemente passam por uma curva tradicional de produto, às vezes essa curva leva mais tempo para acabar, às vezes menos tempo, e às vezes nós mesmos, como empresas, estrategicamente tomamos a decisão de matar aquele produto para entrar o próximo produto que irá superar o produto anterior.

Desde que o mundo é mundo e o homem se enxerga como homem, existem sandálias para serem colocadas nos pés: os gregos usavam, romanos e tantas outras comunidades no decorrer dos milênios. Sendo assim, então, entendemos que esse produto vai se manter para sempre no mercado, não é? Imagine então uma grande marca como a Nike criando um produto e mantendo o mesmo formato, o mesmo tamanho, o mesmo modelo e esperar que aquele produto seja vendido daquele momento para eternidade. Fato é, em algum momento, o seu volume de vendas se tornará tão pequeno que os custos de produção já não valerão mais a pena e aquele produto precisará de uma aposentadoria.

O tradicional All Star, com suas cores vermelho, preto e azul, com um tecido e cadarços simples, passando acima daquele bico branco com solado de borracha, durou e tem durado durante muitos anos, mas certamente o volume de vendas de hoje, comparado aos anos 90 é muito menor.

Sendo assim, como quinto grande bloco, podemos dizer que a inovação é não só algo importante como mandatório para se manter no mercado. Uma empresa pode fazer os quatro últimos blocos listados muito bem, mas em algum momento, aquele produto ou serviço, se não reinventado, ficará para trás, e a empresa, junto ao seu produto, também.

Essa inovação precisa ser incentivada e discutida em âmbito estratégico periodicamente. A cada nova tecnologia lançada, precisamos entender o quanto ela ameaça o nosso negócio e como podemos utilizá-la para aumentarmos a nossa produtividade, receita, reduzir nossos custos e, consequentemente, colocarmos nosso negócio à frente no mercado.

No decorrer de todos os últimos 30 anos, tivemos grandes evoluções:

- Tivemos o início da internet.

- Tivemos mudanças de moeda.

- Tivemos lançamento de criptomoedas.

- O início, ascensão e quebra de algumas redes sociais, bem como a reinvenção de outras.

- A revolução nos meios de pagamento.

- As mudanças sociais que impactaram o uso de tecnologia.

- As alterações tecnológicas que impactaram em questões sociais.

E tantas outras mais inovações e tecnologias desenvolvidas que mudaram o mundo que conhecemos, para hoje o que vivemos e que não fazemos ideia do que virá dentro dos próximos 10 anos, quem dirá dentro dos próximos 30.

Fato é que, se uma empresa não se preocupa em olhar para essas tecnologias periodicamente, dificilmente ela consegue evoluir, dificilmente ela se tornará mais competitiva, pois tenha certeza que enquanto uma empresa não utiliza as tecnologias atuais em benefício próprio, os concorrentes utilizarão.

O uso de novas tecnologias e a inovação, como dito, é fundamental, mas ainda assim dentro de um conselho consultivo, é fundamental que este incentive a utilização e traga novas tendências para que sejam discutidas como oportunidades de melhoria, porém, ainda assim, devem ser avaliadas cuidadosamente para que não corramos um risco que possa nos levar à ruína.

Comprar um terreno na planta para iniciar uma nova unidade é um grande risco, mas ainda assim deve ser calculado e pode trazer algum bom retorno.

Comprar o mesmo terreno no metaverso pode representar um risco ainda maior, podendo ter uma valorização como nunca se viu no meio tradicional, mas também expor a empresa à ruína, a depender de quanto foi dedicado naquela nova tecnologia.

A minha recomendação aqui é de que não fuja das novas tecnologias, das novas redes sociais, dos novos hábitos de consumo e de tudo aquilo de novo que surge no mercado.

No âmbito social, político, tecnológico e econômico, busque sempre entender e avaliar como aquilo pode gerar algum valor para a companhia no curto, médio e principalmente no longo prazo, mas também fazendo aqui uma analogia, nunca teste a profundidade do lago com os dois pés, pois se ele for fundo demais, o risco da ruína é muito grande.

Deixo aqui então um questionamento para você: o quanto a sua empresa está preocupada com o produto ou serviço de amanhã?


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