Inovação, transformação digital e sustentabilidade na indústria
A sustentabilidade é crítica dentro da indústria de papel e celulose. Com uma demanda cada vez maior por soluções que estejam alinhadas com os interesses de todos os stakeholders, o setor passou por mudanças importantes nos últimos 20 anos. Em grande parte, conseguiu desassociar sua imagem de produção poluente, química e pouco adepta aos cuidados de meio ambiente, para um mercado atento ao mundo que o cerca e promotor de boas práticas.
No Brasil, a grande maioria da produção de celulose se dá por meio de madeiras plantadas em vez de origens extrativistas, comuns em outros mercados globais, mesmo assim, o desafio não para de crescer. Pronta para se tornar uma substituta das embalagens de plástico, a indústria do papel vem passando por uma busca de aumento de produtividade, de forma que consiga acompanhar a nova tendência de mercado, muito causada pela pandemia e o avanço do delivery no país.
Em junho de 2021, a expedição de caixas e papelão ondulado teve um volume de 16,7% maior do que no mesmo período em 2020, batendo pela 12ª vez consecutiva o recorde de volume expedido no ano, mostram dados do relatório de Análise Setorial, divulgado em março deste ano.
Inovação
Neste cenário, a inovação entra como ferramenta tecnológica capaz de mudar o jogo e gerar eficiência na cadeia de produção, na linha da indústria 4.0. Apesar da forma de se produzir papel ser muito parecida ao redor do mundo, fomentar a troca entre polos globais e buscar ferramentas tecnológicas tem ajudado a indústria a viver um novo momento, inclusive no que tange à economia de baixo carbono.
É responsabilidade das companhias também buscar excelência em mitigação do impacto ambiental, além de expandir os números de produtividade, como, por exemplo, a geração de energia elétrica a partir de biomassa, devolvendo ao mercado a energia excedente.
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Mas isso vai muito além, principalmente quando pensamos que o verdadeiro potencial ambiental da indústria de base florestal é sua capacidade de absorver carbono, compensar emissões e ainda gerar créditos para o mercado.
Transformação digital sustentável
A barra de inovação também não pode parar de aumentar a aplicação de tecnologias integradas dentro da indústria. Com soluções complementares umas às outras, torna-se mais fácil aderir a um processo de transformação digital abrangente, contribuindo para a geração de uma economia de baixo carbono.
Em paralelo a isso, há ações dentro da indústria como o movimento ImPacto NetZero, lançado pelo Pacto Global da ONU no Brasil, incentivando que empresas avaliem sua adoção de metas e redução de emissões de gases de efeito estufa, engajando-se com a ciência e a sociedade em busca de um planeta mais sustentável.
O caminho para alcançar este tipo de objetivo se dá por meio da inclusão dos conceitos ESG no planejamento estratégico, desdobrando para todos os níveis da companhia, estando ambos os passos amparados pela tecnologia. Implementar ferramentas tecnológicas mais eficientes e inovadoras poderão trazer também vantagem competitiva ao negócio. Bons exemplos de alternativas são a geração de gás a partir da biomassa e processos de extração que usem o óleo de pinus como mais uma fonte de energia renovável. Aliado às novas demandas do mercado e da sociedade, não há dúvidas de que não faltam oportunidades e que o setor de Papel e Celulose é vital para o futuro da sociedade.