Integridade, Ética, Valores e Conduta Moral como Pré-Requisitos nas Empresas
Hoje, convivemos em um mercado de trabalho hostil, onde as pessoas – por certo não todas – visam seus próprios interesses e acabam por beneficiar-se em determinadas oportunidades, sem contudo prever quais são as possíveis consequências negativas de suas decisões e seus atos.
À parte as implicações desse padrão de comportamento, é preciso ressaltar a relevância, no ambiente de trabalho, da integridade, que se caracteriza com os princípios que conformam determinada pessoa, com seus traços de caráter, os quais espera-se estejam baseados no respeito e na honestidade – sempre calcados, os indivíduos, na ética e transparência. Afinal, um indivíduo sem conduta moral não sustenta uma carreira profissional estável e duradoura.
Como não existe verdade absoluta, o que é certo para um pode ser errado para outro, pois os valores de uma pessoa são levados desde o berço, e no decorrer de sua existência ela vai evoluindo e adquirindo a maturidade que possibilita o crescimento e desenvolvimento de sua personalidade. Uma pessoa íntegra demonstra coerência entre o que diz e o que faz e age com transparência em situações em que existem conflitos de interesses.
As empresas valorizam cada vez mais a integridade, pois, tendo em seu quadro profissionais éticos, acaba por afastar situações que favorecem o suborno, a fraude interna, o furto, o assédio, o desvio e tantos outros males provenientes de um indivíduo antiético.
A sociedade como um todo clama por ética nas relações sociais, políticas e profissionais, e a falta de transparência poderá trazer grandes prejuízos para determinada organização. De resto, estamos, dirigentes e colaboradores, sujeitos a cometer erros e temos que buscar um constante aperfeiçoamento e estarmos preparados para as adversidades que possam apresentar consequências desfavoráveis no mercado e no ambiente de trabalho. E não podemos jamais deixar de nos posicionarmos diante de um problema, nem ocultar informações em benefício próprio.
Nash (1993) avalia que muitos empresários da atualidade vêm resgatando os valores morais compreendidos pela conduta ética nos negócios: honestidade, justiça, respeito pelos outros, compromisso cumprido, confiabilidade, entre outros. Diz ainda: "São muitas as razões para a recente promoção da ética no pensamento empresarial. Os administradores percebem os altos custos impostos pelos escândalos nas empresas: multas pesadas, quebra de rotina normal, baixo moral dos empregados, aumento da rotatividade, dificuldades de recrutamento, fraude interna e perda de confiança pública na reputação da empresa. Desenvolveu-se até um setor da literatura, por enquanto experimental, que mostra os custos econômicos de uma reputação danificada. Dirigentes de empresas de porte, como a Johnson & Johnson, a IBM, a Goldman Sachs, a Hewlett-Packard, a Ford, a 3M, a Wal-Mart, a General Mills e muitas outras, estão enfatizando que altos padrões pessoais de conduta são um ativo importante, tão valioso economicamente quanto aquele outro bem intangível e igualmente ilusório chamado ‘clientela’ (ou ‘ponto comercial’).
Existe uma preocupação demonstrada por empresários, consultores e estudiosos, que percebem a conduta ética como um diferencial competitivo de atuação das empresas no mercado, principalmente a longo prazo. Isso porque a empresa que age com ética em relação aos seus clientes, fornecedores, competidores e seu mercado, bem como, com investidores e empregados, governo e público em geral consegue criar e manter relacionamentos sadios e duradouros. Esse é um diferencial da empresa ética em relação à antiética: sua capacidade de gerir negócios em longo prazo.
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Por fim, evocamos as lições de Lisboa (2009, p.131), para quem “para ser ético, pois, é necessário ter algum tipo de fé. Isso não significa que se deve, necessariamente, possuir fé religiosa, mas que se deve acreditar em algum valor intangível, de alto significado moral, como bondade, caridade, sinceridade, honestidade”.
ALVES, J. F. Ética, cidadania e trabalho. São Paulo, Copidart, 2002.
AMOÊDO, S. Ética do trabalho na era pós-qualidade. Rio de Janeiro, Qualitymark, 1997.
ARRUDA, M.C.C. et al., Fundamentos de Ética Empresarial e Econômica. São Paulo, Atlas, 2001. Editora Atlas S.A – 2001.
LISBOA, Lázaro Plácido . Ética Geral e Profissional em Contabilidade. São Paulo - Editora Atlas S.A –
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2 aMuito orgulhoso da pessoa e profissional que é. Parabéns Denise Baldassa