A Inteligência Artificial (IA), a praticidade, a liberdade de escolha e a privacidade
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A Inteligência Artificial (IA), a praticidade, a liberdade de escolha e a privacidade

A Inteligência Artificial (IA), a praticidade, a liberdade de escolha e a privacidade

A inteligência artificial (IA)* nos garantiu diversos benefícios, tais como a praticidade no trabalho e na vida social. Mas, paremos e pensemos, como estão nossa privacidade e nosso direito de escolha?

Em relação à praticidade no trabalho

Com a (IA) evitamos horas no trânsito e viagens, ou viajamos para onde e quando quisermos. Se antes acordávamos às 4h da manhã para chegarmos no destino às 10h, hoje podemos permanecer onde nos sentimos mais confortáveis. 

Reduzimos ou eliminamos algumas insalubridades e/ou periculosidades. Por exemplo, uma pesquisa mostra que o Ministério da Economia gastou R$270 milhões a menos com diárias e passagens entre abril e junho em 2020. E estima que a redução com adicionais de insalubridade, irradiação ionizante, periculosidade, serviço extraordinário, noturno e auxílio-transporte somou outros R$93 milhões.”**

Garantimos maior produtividade e qualidade. Se antes o trabalho era manual e restrito às nossas capacidades humanas, inclusive aquela de não produzir semelhante idêntico, hoje máquinas o fazem e bem. E, ao mesmo tempo, nada impede o estimado trabalho manual (handmade).

Em relação à praticidade na vida social

Pesquisamos de forma eficiente e variada, produtos, cultura, músicas, artistas, clientes, companheiros, amigos de infância, ou não, de trabalho, de festa; programamos 1001 atividades profissionais, recreativas e a lista continua.

Agora paremos, respiremos e respondamos:

E a nossa liberdade de escolha, por exemplo, de não ter a caixa postal lotada de anúncios? É necessário proteger e/ou cancelar para evitar esse dissabor.

 Por isso vale lembrar:

A Constituição Federal, conjunto de leis fundamentais que organiza e rege o funcionamento do país, garante a liberdade de escolha. Nascemos livres, não precisamos exigir esse direito;

Da expressão: essa pessoa é 171. Isso porque o artigo 171 do Código Penal diz: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.

E a nossa privacidade?

De acessar o que quisermos sem ter, em segundos, vendas na caixa de entrada (podemos considerá-la como a porta da nossa casa);

O monitoramento e rastreio de nossos gastos e necessidades passageiras, de um dia sem querer, que se tornam apelativas;

Os falsos presentes (você ganhou a, b, c por “x” tempo);

O click involuntário gerador da compra do pacote de serviços que sequer imaginamos a utilidade;

A ligação ou o e-mail da empresa que nunca ouvimos falar a qualquer horário para oferecer produtos e serviços ou cobrar outros que não contratamos, entre outros.

Atenção: 

A IA prescinde de sono, descanso, estar com a família e amigos, de abraço, de férias ou feriado e não tem sensibilidade emocional. Podemos estar sofrendo um AVC e ela continua o processo de venda.

 Envia SMS, WhatsApp e e-mail a todo momento. Não precisamos querer, simplesmente acontece.

 E, se quisermos reclamar perante os órgãos que poderiam defender nossos direitos constitucionais de liberdade, após dizer qual a cor da roupa de baixo (sentindo figurado), as respostas serão evasivas, quiçá sem solução ou trâmite.

Se respondermos o e-mail recebido de confirmação de recebimento da reclamação, o retorno pode ser: não é possível entregar ou procure o judiciário.

O e-mail enviado ao CONTATO da empresa, via site, tem caixa de entrada no limbo. Aliás, ouvi falar que não existe mais.

Além de

Programas que seguem e desseguem nas redes sociais.

As redes sociais filtram nosso consumo. Nos filtra!

Como saber o que realmente queremos?

 Há grades, cadeias e correntes virtuais, travestidos de conforto, praticidade e conexão.

Observemos, nós é quem devemos buscar proteção, tal e qual as grades da nossa casa, do contrário levarão parte do produto do nosso esforço e/ou talvez, nossa integridade física/mental.

Mantenhamo-nos lúcidos e conscientes, uma vez que pode ser perdida a capacidade de raciocinar e de relacionar-se. Prova disso é o surto de ansiedade e depressão público e notório.

Portanto, que qualquer novo instrumento de venda passe por comitê especializado (pelo fornecedor/criador do serviço IA) e garanta a pura liberdade de escolha (livre arbítrio) e a privacidade.

O direito de constitucional de ir e vir (de fato e de direito livre). Aqui importa referir que a LGPD foi um primeiro passo importante e atento.***

 AVANCEMOS! CRESÇAMOS! DESENVOLVEMO-NOS!

 Afinal, a Inteligência Artificial nos auxilia, e muito, que aprendamos a usá-la, do contrário, somos marionetes.

 Marta Zardinello, advogada corporativa, especialista em contratos EPC e subcontratos | Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais | Especialização em Direito e Gestão Ambiental. Com ampla experiência na defesa dos interesses de empresas em matéria cível, assim como na análise técnico-jurídica e elaboração de instrumentos negociais. Email: mzardinello@hotmail.com

Fone: 48 9 99712470

Referências:

* Na Wikipédia Inteligência Artificial (por vezes mencionada pela sigla em português IA ou pela sigla em inglês AI -artificial intelligence) é a inteligência similar à humana exibida por mecanismos ou software. Também é um campo de estudo acadêmico.

Um sistema que utiliza inteligência artificial pode armazenar e analisar bilhões de dados, realizar automaticamente tarefas com base nessa análise, fechar acordos, vender, controlar uma linha de produção etc., mas não tem o poder de criar estratégias do zero. Além disso, tudo o que envolve humanização, sentimentos como empatia ou características como dedicação, mesmo em um contexto aonde a IA se espalhe, ainda dependerá de uma interação entre o homem e a máquina.

Empregos como os conhecemos hoje se transformarão, muitos inclusive deixarão de existir, mas tantos outros novos surgirão.

** Alguém tem acesso à pesquisa que tenha indicadores quanto aos impactos na insalubridade e periculosidade provocados pela Inteligência Artificial?

*** A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n° 13.709/2018, foi promulgada para proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e a livre formação da personalidade de cada indivíduo. A Lei fala sobre o tratamento de dados pessoais, dispostos em meio físico ou digital, feito por pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, englobando um amplo conjunto de operações que podem ocorrer em meios manuais ou digitais.

Janaína Lima

LinkedIn TOP Voice | Mentora de Carreira | Especialista em Recolocação Profissional e Empregabilidade | Criadora do Programa Recolocação Profissional 2.0!

1 a

Debora Ulrich, quando puder dá uma olhada.

Janaína Lima

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1 a

Gostei do seu artigo Marta Aparecida Zardinello de fato a IA pode automatizar tarefas repetitivas e de rotina, liberando as pessoas para se concentrarem em tarefas de maior valor, isso nos faz ganhar bastante tempo. Além de facilitar o aprendizado contínuo, de pensar que antes tínhamos que ir em uma biblioteca ou comprar livros na livraria para ter mais conhecimento, como o mundo mudou. Como tudo na vida tem suas vantagens e desvantagens, uma vez que a automação de tarefas pode levar à perda de empregos para aqueles cujo trabalho é substituível por tecnologia. Mas como você mesma cita no seu artigo: "Empregos como os conhecemos hoje se transformarão, muitos inclusive deixarão de existir, mas tantos outros novos surgirão." Confesso que me preocupa um pouco a questão da privacidade. Mas vamos acompanhando esse novo marco que influencia diretamente nossa vida social e no trabalho.

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