Inteligência Artificial — Uma breve história

Inteligência Artificial — Uma breve história

Inteligência Artificial (IA) — é a inteligência similar à humana exibida por mecanismos ou software. Também é um campo de estudo acadêmico. Os principais pesquisadores e livros didáticos definem o campo como “o estudo e projeto de agentes inteligentes”, onde um agente inteligente é um sistema que percebe seu ambiente e toma atitudes que maximizam suas chances de sucesso. John McCarthy, quem cunhou o termo (Inteligência Artificial) em 1956 (“numa conferência de especialistas celebrada em Darmouth Colege” Gubern, Román: O Eros Eletrónico), a define como “a ciência e engenharia de produzir máquinas inteligentes”.

É uma área de pesquisa da computação dedicada a buscar métodos ou dispositivos computacionais que possuam ou multipliquem a capacidade racional do ser humano de resolver problemas, pensar ou, de forma ampla, ser inteligente. Também pode ser definida como o ramo da ciência da computação que se ocupa do comportamento inteligente ou ainda, o estudo de como fazer os computadores realizarem coisas que, atualmente, os humanos fazem melhor.

O principal objetivo dos sistemas de IA, é executar funções que, caso um ser humano fosse executar, seriam consideradas inteligentes. É um conceito amplo, e que recebe tantas definições quanto damos significados diferentes à palavra Inteligência.

Podemos pensar em algumas características básicas desses sistemas, como a capacidade de raciocínio (aplicar regras lógicas a um conjunto de dados disponíveis para chegar a uma conclusão), aprendizagem (aprender com os erros e acertos de forma a no futuro agir de maneira mais eficaz), reconhecer padrões (tanto padrões visuais e sensoriais, como também padrões de comportamento) e inferência (capacidade de conseguir aplicar o raciocínio nas situações do nosso cotidiano).

Na década de 1960, os pesquisadores começaram a desenvolver sistemas de inteligência artificial que podiam jogar xadrez, falar e responder a perguntas em linguagem natural. No entanto, a IA começou a perder popularidade na década de 1970 devido à falta de financiamento e à dificuldade em desenvolver sistemas eficazes de aprendizado de máquina.

Durante os anos 80 e 90, a IA continuou a evoluir lentamente com a criação de sistemas especializados em áreas como reconhecimento de fala e visão computacional. Mas foi somente na década de 2000 que a IA realmente começou a se destacar com a evolução de tecnologias como a internet e a computação em nuvem, que permitiram que grandes quantidades de dados fossem armazenados e processados de forma eficiente.


O Inverno da IA

O “inverno da IA” foi um período de desaceleração no progresso da inteligência artificial (IA) que ocorreu entre as décadas de 1970 e 1990. Durante esse período, houve uma falta de financiamento e interesse em pesquisas relacionadas à IA, o que levou a uma diminuição no número de avanços significativos na área.

Esse declínio foi causado por vários fatores, incluindo limitações na capacidade de processamento dos computadores disponíveis na época, além de desafios teóricos e práticos no desenvolvimento de algoritmos eficazes de aprendizado de máquina. Além disso, muitos pesquisadores e especialistas em tecnologia estavam céticos quanto ao potencial da IA e acreditavam que ela não teria um impacto significativo no mundo real.

No entanto, com o aumento da capacidade de processamento dos computadores e a evolução da tecnologia, a IA voltou a receber atenção significativa na década de 2000. Desde então, houve avanços significativos na área, incluindo o desenvolvimento de sistemas de aprendizado de máquina avançados, como redes neurais profundas e algoritmos de processamento de linguagem natural, que permitiram a criação de assistentes virtuais, chatbots, reconhecimento de fala e muitas outras aplicações.


Desafiando humanos

Deep blue

Deep Blue um sistema de computador (IA) criado pela IBM. Em 1997, o Deep Blue competiu contra o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em uma série de seis jogos de xadrez, vencendo a partida final e ganhando a competição.

O Deep Blue era uma máquina enorme, com milhares de microprocessadores e dezenas de discos rígidos, e tinha a capacidade de analisar mais de 200 milhões de posições de xadrez por segundo. O Deep Blue usou vários algoritmos em sua estratégia de jogo, incluindo um algoritmo de busca em árvore, que explorava as possíveis jogadas e suas consequências, e um algoritmo de avaliação de posição, que avaliava a força relativa das posições do tabuleiro.

No entanto, um dos algoritmos mais importantes usados pelo Deep Blue era o algoritmo de poda alfa-beta. Este algoritmo é uma técnica de busca em árvore que permite reduzir o número de jogadas que precisam ser avaliadas, eliminando jogadas que claramente não levam a uma posição vantajosa para o jogador. O algoritmo de poda alfa-beta utiliza uma heurística que permite “cortar” parte da árvore de busca, reduzindo assim o tempo necessário para avaliar todas as possíveis jogadas.

Kasparov ficou surpreso com a habilidade do Deep Blue em analisar rapidamente as jogadas e fazer escolhas inteligentes. No final, ele perdeu a última partida para o Deep Blue depois de ter vencido a primeira partida e empatado as outras quatro.

A vitória do Deep Blue sobre Kasparov foi um marco importante na história da IA e mostrou o poder da computação em processar grandes quantidades de dados e fazer escolhas inteligentes. Desde então, as IA em jogos de xadrez continuaram a evoluir, com sistemas mais sofisticados como o AlphaZero, uma IA desenvolvida pela DeepMind (empresa da Alphabet), que pode aprender a jogar xadrez e outros jogos sem qualquer intervenção humana, e foi capaz de derrotar o melhor programa de xadrez do mundo em 2017.

AlphaGo

AlphaGo, desenvolvido pela empresa de inteligência artificial DeepMind, que faz parte do conglomerado da Alphabet (a empresa-mãe do Google).

Em março de 2016, o AlphaGo competiu contra o campeão mundial de Go, Lee Sedol, em uma série de cinco jogos. O AlphaGo venceu os três primeiros jogos, perdendo apenas o quarto jogo para Lee Sedol, antes de vencer o quinto jogo e, portanto, vencendo a competição.

O AlphaGo usou técnicas de aprendizado de máquina, incluindo redes neurais profundas e algoritmos de busca de jogadas, para analisar e escolher suas jogadas. Ele também usou técnicas de “aprendizado por reforço”, que envolve aprender com seus próprios erros e sucessos, para melhorar continuamente seu jogo.

A vitória do AlphaGo sobre Lee Sedol foi uma grande conquista na área de IA, pois o jogo de Go é muito mais complexo do que o xadrez, com um número muito maior de possíveis jogadas e estratégias. A conquista do AlphaGo foi um marco significativo na evolução da IA e mostrou seu potencial para resolver problemas complexos e realizar tarefas que antes eram consideradas impossíveis para as máquinas.

Robocup

A iniciativa foi lançada pela RoboCup, que trabalha desenvolvendo robôs que jogam futebol e realizou a primeira competição entre andróides em 1997, no Japão. A organização pretende, até o meio deste século, criar um time com robôs humanóides autônomos que possa vencer o ganhador da Copa do Mundo de 2050. A RoboCup reconhece os esforços necessários para isso e diz que com as tecnologias atuais isso seria impossível para um futuro próximo, mas reforça que esse objetivo pode gerar uma série de objetivos menores que desenvolvam as pesquisas de engenharia e inteligência artificial nos próximos anos.

Cientistas querem criar time de robôs para vencer o campeão da Copa do Mundo de 2050


Uso da IA

Na área da visão computacional, por exemplo, as redes neurais convolucionais (CNNs) são amplamente usadas para reconhecimento de imagem e classificação de objetos em imagens. Um exemplo notável é o software de reconhecimento facial, que pode identificar indivíduos em imagens e vídeos com precisão e rapidez, superando a capacidade humana.

Os sistemas de carros autônomos utilizam técnicas de aprendizado de máquina para treinar seus algoritmos de IA. Isso envolve alimentar o sistema com grandes quantidades de dados, como imagens e informações de sensores, para que ele possa aprender padrões e características do ambiente de trânsito. Com o tempo e a experiência, a IA se torna mais eficiente em tomar decisões precisas e seguras.

Outro exemplo é a linguagem natural, onde as redes neurais de processamento de linguagem natural (NLP) são usadas para análise de sentimento, tradução de idiomas e até mesmo para criar chatbots que podem manter conversas naturais com os usuários. A IBM Watson é um exemplo de uma IA NLP que ganhou fama por competir com sucesso contra humanos no jogo Jeopardy!, um jogo de perguntas e respostas.

As IA também estão sendo usadas na área médica, como no diagnóstico de imagens médicas e na análise de dados de pacientes para prever doenças e identificar tratamentos eficazes. A Google DeepMind criou uma IA que pode detectar sinais de degeneração macular, uma das principais causas de cegueira, com maior precisão do que os especialistas humanos.

As IA também são usadas na indústria, onde as redes neurais podem ser treinadas para otimizar processos de fabricação e melhorar a eficiência energética. Por exemplo, a empresa de fabricação de chips Intel usa IA para prever defeitos em seus processos de produção, o que ajuda a reduzir o desperdício e economizar dinheiro.

O ChatGPT é um modelo de linguagem natural desenvolvido pela OpenAI. Ele foi treinado em uma grande quantidade de dados textuais para gerar respostas coesas e relevantes para perguntas e declarações feitas pelos usuários. O ChatGPT é capaz de realizar uma variedade de tarefas, desde responder perguntas simples até realizar conversas mais complexas com os usuários. O modelo é capaz de entender contextos, palavras com múltiplos significados e até mesmo nuances na linguagem. Além disso, o ChatGPT é capaz de aprender com suas próprias interações, o que significa que ele pode melhorar sua capacidade de resposta com o tempo.

DALL-E é um modelo de rede neural generativa desenvolvido pela OpenAI, que é capaz de criar imagens a partir de descrições de texto em linguagem natural. Ele usa uma versão aprimorada da arquitetura GPT-3, que é capaz de produzir imagens altamente detalhadas e realistas. O nome DALL-E é uma homenagem ao artista surrealista Salvador Dalí e ao personagem de desenho animado Wall-E. O objetivo do projeto é avançar a capacidade da IA de entender e representar o mundo visual, e é considerado um grande passo em direção à criação de sistemas de IA que possam entender e criar conteúdo visual com um alto nível de sofisticação. No entanto, o uso do DALL-E também levanta questões éticas sobre o potencial uso indevido da tecnologia para criar imagens falsas e enganosas.

Em resumo, a IA está sendo usada em muitas áreas para realizar tarefas que antes eram consideradas impossíveis ou que exigiam habilidades humanas. Com o avanço contínuo da tecnologia e do conhecimento em IA, é provável que veremos ainda mais avanços emocionantes no futuro.


Desafios éticos e morais da inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) é uma área em rápido desenvolvimento que apresenta uma série de desafios éticos e morais. Aqui estão alguns dos principais desafios:

  1. Vieses e discriminação: Os sistemas de IA podem ser programados com vieses e preconceitos, reproduzindo assim as desigualdades existentes na sociedade. Além disso, a IA pode tomar decisões discriminatórias sem que haja intenção ou consciência disso.
  2. Privacidade e vigilância: A IA pode ser usada para monitorar e coletar dados pessoais dos indivíduos, levantando preocupações sobre privacidade e vigilância em massa. Além disso, a IA pode ser usada para desenvolver perfis de comportamento e prever o comportamento futuro dos indivíduos.
  3. Responsabilidade e transparência: A tomada de decisão automatizada pela IA pode ser difícil de entender e responsabilizar. Quem é responsável pelas decisões tomadas pela IA? Como podemos garantir a transparência e a responsabilidade das decisões tomadas pelos sistemas de IA?
  4. Segurança e controle: Os sistemas de IA podem ser hackeados ou usados para fins maliciosos, o que pode resultar em danos a indivíduos ou sistemas críticos, como sistemas de energia ou transporte. Além disso, à medida que a IA se torna mais avançada, há preocupações de que ela possa se tornar autônoma e fora de controle humano.
  5. Autonomia e direitos: À medida que a IA se torna mais avançada, há preocupações sobre o impacto que ela pode ter nos direitos humanos e na autonomia individual. Por exemplo, a IA pode ser usada para automatizar processos de tomada de decisão em áreas como emprego, saúde e justiça, levantando questões sobre a ética e a justiça dessas decisões.
  6. Discriminação algorítmica: A inteligência artificial pode ser programada para tomar decisões com base em dados históricos, o que pode perpetuar a discriminação e o preconceito sistêmico. Isso pode levar a decisões injustas e até mesmo ilegais.
  7. Uso militar: A inteligência artificial também pode ser usada para fins militares, como sistemas de armas autônomas. Isso pode levar a questões éticas, como a responsabilidade pela tomada de decisões e a possibilidade de danos colaterais.
  8. Privacidade e segurança de dados: A inteligência artificial depende de grandes quantidades de dados para aprender e melhorar, o que pode representar uma ameaça à privacidade e segurança dos dados dos usuários. A coleta, armazenamento e uso de dados pessoais deve ser realizado com transparência e responsabilidade.
  9. Responsabilidade: Como a inteligência artificial se torna cada vez mais autônoma, é difícil determinar quem é responsável por suas ações. Isso pode levar a questões éticas e legais, como a responsabilidade por danos causados por sistemas autônomos.
  10. Os carros autônomos apresentam diversos desafios éticos e morais que precisam ser considerados. Um dos principais desafios é o da tomada de decisão em situações de emergência, como acidentes iminentes ou escolha entre salvar a vida do passageiro ou de pedestres. Por exemplo, em uma situação em que um carro autônomo se encontra em uma rota de colisão com outro veículo, ele precisa decidir qual manobra realizar para evitar o acidente. Se a única opção é colidir com o outro veículo, o carro autônomo precisa decidir entre minimizar os danos ao passageiro ou tentar minimizar os danos para os ocupantes do outro veículo.

Esses são apenas alguns dos desafios éticos e morais enfrentados pela IA. À medida que a tecnologia avança, é importante que os desenvolvedores e os governos trabalhem juntos para garantir que a IA seja usada de maneira ética e justa.


Deepfake

O deepfake é uma tecnologia de inteligência artificial que permite a criação de vídeos falsos que são extremamente realistas, nos quais uma pessoa pode ser apresentada dizendo ou fazendo algo que nunca fez ou disse na vida real. Esses vídeos são criados a partir da manipulação de imagens e sons existentes, por meio do uso de algoritmos de aprendizado profundo.

O deepfake pode ser usado de diversas maneiras, desde a criação de vídeos humorísticos ou paródias, até a criação de vídeos falsos que podem ser usados para difamação, chantagem, extorsão ou propaganda política.

Os deepfakes podem causar vários problemas, como a disseminação de notícias falsas, a manipulação de eleições, a difamação de pessoas ou organizações, e até mesmo a violação da privacidade e da segurança de indivíduos. Além disso, a capacidade de criar deepfakes cada vez mais realistas pode dificultar ainda mais a identificação de vídeos falsos, o que pode levar a uma desconfiança generalizada na mídia e na informação.

Para lidar com esses problemas, é importante que as pessoas sejam capazes de identificar deepfakes e outras formas de desinformação, e que a tecnologia continue a evoluir para permitir a detecção e remoção desses conteúdos falsos. Também é importante que os governos e as empresas trabalhem juntos para desenvolver políticas e regulamentações adequadas para garantir o uso ético e responsável da tecnologia de inteligência artificial.


IA x Machine Learning x Deep Learning

Esta é uma dúvida recorrente, então vamos descrever cada um dos termos…

IA (Inteligência Artificial) é um campo de estudo da computação que busca desenvolver sistemas capazes de realizar tarefas que exigem inteligência humana, como reconhecimento de fala, visão computacional, tradução de idiomas, entre outros.

Machine Learning (Aprendizado de Máquina) é uma abordagem dentro da IA que utiliza algoritmos para treinar modelos a partir de dados e assim, permitir que esses modelos realizem tarefas específicas sem precisar serem explicitamente programados para isso. Ou seja, o sistema é treinado com dados e aprende a realizar a tarefa.

Já o Deep Learning (Aprendizado Profundo) é uma técnica de Machine Learning que utiliza redes neurais artificiais com muitas camadas (profundas) para aprender e reconhecer padrões em grandes conjuntos de dados. Com a adição de mais camadas, as redes neurais podem aprender características mais complexas dos dados, permitindo que a máquina tome decisões cada vez mais precisas e sofisticadas.

Resumindo, a IA é o campo de estudo geral que engloba diferentes abordagens para construir sistemas inteligentes. O Machine Learning é uma das principais abordagens dentro da IA, que utiliza algoritmos para treinar modelos a partir de dados. O Deep Learning, por sua vez, é uma técnica dentro do Machine Learning que utiliza redes neurais profundas para aprender e reconhecer padrões em grandes conjuntos de dados.

Quando alguém lhe falar que conhece bem IA, fale para a pessoa ser mais específica e lhe informar qual a área de estudo em IA que Ela conhece bem… Como viu aqui, é aplicada nas mais diversas áreas de atuação!


A IA vai roubar meu emprego?

Outra pergunta bem recorrente…

A IA tem o potencial de automatizar muitas tarefas repetitivas e rotineiras, o que pode levar à perda de empregos em algumas áreas. No entanto, ela também cria novas oportunidades de emprego em áreas relacionadas à criação, manutenção e treinamento de sistemas de IA. Além disso, é importante lembrar que a IA não é uma solução mágica para todos os problemas e ainda há muitas tarefas que exigem a inteligência humana e as habilidades sociais e emocionais que os sistemas de IA ainda não são capazes de replicar.

Portanto, é provável que a IA afete o mercado de trabalho e digo até todas as profissões (de alguma forma), mas também pode criar novas oportunidades e impulsionar a inovação. É importante que os profissionais estejam dispostos a se adaptar e a adquirir novas habilidades para aproveitar as oportunidades criadas pela IA.

Como fazer para que a IA não tome meu lugar?

Faça igual a ela, aprenda!!!


Conclusão

Encerro aqui nossa conversa, e espero que tenha sido uma boa introdução para vocês sobre o mundo da Inteligência Artificial. Conhecemos um pouco sobre a história da IA, desde os primeiros conceitos até os avanços mais recentes, como a aplicação de redes neurais e deep learning. A IA continua a se desenvolver rapidamente, oferecendo possibilidades infinitas para transformar nossa vida e nosso mundo. Espero que vocês tenham se animado a explorar mais sobre esse assunto e descobrir suas aplicações práticas em diferentes áreas.


Agradeço pela leitura e espero que tenha sido útil…

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