Intraempreendedorismo impulsiona lideranças femininas

Intraempreendedorismo impulsiona lideranças femininas

Minha história profissional e pessoal me levou a conhecer e me apaixonar pelo intraempreendedorismo. Já escrevi sobre este tema aqui, há algum tempo, sob a ótica do autoconhecimento e das habilidades necessárias para que os colaboradores que têm perfil de empreendedores avaliem a possibilidade de atuar nas empresa onde trabalham com uma visão de dono.

Volto agora a abordá-lo com o viés de seu desenvolvimento nas organizações e de sua contribuição para impulsionar a ascensão das mulheres a cargos de liderança. O conceito de intraempreendedorismo (também conhecido como empreendedorismo interno ou empreendedorismo corporativo) foi criado pelo norteamericano Gifford Pinchot III - autor do livro “Por que você não tem que deixar a Corporação para se tornar um empreendedor” - há algumas décadas.

Naquela época, as empresas já sentiam a necessidade de ampliar sua competitividade externa, e percebiam que a participação dos colaboradores podia fazer a diferença, agregando contribuições valiosas neste processo. No entanto, a maior parte delas ainda não estava preparada para aceitar algumas premissas para a implantação do intraempreendedorismo: disponibilizar tempo na jornada de trabalho para que o funcionário pudesse desenvolver soluções e identificar oportunidades; oferecer estrutura e capital para dar suporte ao desenvolvimento de iniciativas inovadoras e, acima de tudo, proporcionar autonomia ao trabalhador com a consciência de que empreender requer tolerância ao erro.

Foi apenas com a evolução das startups e o crescimento dos movimentos voltados à inovação que o intraempreendedorismo começou a se tornar realidade nas empresas tradicionais. Contratar profissionais criativos, persistentes, proativos, resilientes e apaixonados por desafios passou a ser uma demanda recorrente das áreas de Gestão de Pessoas.

A abertura de espaço no mundo empresarial para o intraempreendedorismo também tem um componente adicional: deu maior visibilidade para as profissionais do sexo feminino, que se encaixam muito bem neste perfil. O potencial das mulheres para vestir a camisa e promover transformações nas empresas de dentro para fora vem acelerando o caminho para sua ascensão mais rápida aos cargos de liderança.

Nos últimos anos, a liderança feminina cresceu no país. Segundo o Panorama Mulheres 2023, estudo feito pelo Talenses Group com o Insper, de 2019 a 2022 as mulheres passaram de 13% a 17% dos CEOs do país, de 23% para 35% nos cargos de vice-presidentes e de 16% a 21% nos de conselheiras.

Mesmo que muitas organizações estejam realizando ações afirmativas para ampliar a participação das mulheres em cargos de liderança, tenho a convicção que uma mulher não sobe na cadeia de comando de uma empresa se não tiver provado sua competência para ocupar esta posição. E o intraempreendedorismo, sem dúvida, tem contribuído para este crescimento.

 

Liliane Benedet

Fundadora na Eu Única Intimidade e Bem-estar - Faço mulheres mais felizes.

12 m

Parabéns! Muito legal todo esse ecossistema!

William Evaristo

Continuidade de Negócios, Riscos, Controles | Auditoria | GRC | Liderança Estratégica em GRC | Crise | Processos | LGPD | Compliance | Riscos Estratégicos | Cientista de Dados com Foco no Resultado.

12 m

Parabéns Zenilde Osório, movimento na minha opinião não deve ser só para cargos de liderança, mas a inclusão das mulheres deve ser para todos os setores e cargos. 🫶

Pivatto Jr

Sócio Diretor na PiMA Services & Harianne Decorações

1 a

Zê, sou de fã!! Que legal! Parabéns e muito sucesso!

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