Inventar ou inovar para o futuro?

Inventar ou inovar para o futuro?

As empresas são o centro das inovações, e a prática da sustentabilidade lhes garante competitividade. Para que isso seja efetivo, o caminho das invenções e inovações precisa ser construído pelos executivos.

 Numa abordagem geral, inventar é criar algo novo e inédito. Já a inovação ocorre quando da aplicação de uma dada invenção em escala comercial. “Inovação envolve risco, ambiguidade e incerteza”, afirma Riva (2018). Mas inovar e inventar têm o mesmo princípio ativo: mudança. Segundo Bustani (2013), inventa aquele que é “o primeiro a ter uma ideia”. Inova quem “torna novo, renova, introduz novidades, (des)conserta”.

 A inovação deve buscar necessariamente atender às necessidades e expectativas do mercado, deve ser viável do ponto de vista econômico e sustentável, além de oferecer retorno financeiro às empresas. A inovação precisa gerar resultados. Inovação e sustentabilidade são indissociáveis.

Para inovar ou inventar busque fazer uma releitura de tudo que cerca historicamente a ideia. Na inovação pode-se inventar, desde que isso gere melhora na qualidade de vida das pessoas e isso seja por elas reconhecido. Muitas vezes é preciso dar um passo para trás, e usar senso crítico, analítico e corajoso em comparação ao que já existe, para alterar o que já não deu certo ou está superado.

Mas executivos são prisioneiros de suas “máquinas de desempenho” na perspectiva da tríade recursos, processos e valores, o que muitas vezes os impede de inovar. Para Nicholson, da 3M, a primeira aplicação de uma inovação deve ser a estratégia, aproximando-se ao máximo do seu ideal. E para que uma invenção seja considerada uma inovação, seus clientes precisam reconhecer o valor de todo o seu investimento e aplicabilidade. 

Melhorar por si só não é inovar. Mas a melhoria contínua leva ao hábito de pensar e criar soluções, e dela podem surgir inovações.

O governo incentiva a inovar por meio da Lei do Bem, com mecanismos de renúncia fiscal. Além disso, há apoios de financiamento reembolsável do BNDES e Finep e também, não reembolsáveis. Internacionalmente, já se considera a inovação como a melhor maneira de se promover o crescimento econômico sustentável em longo prazo.

Em geral, em empresas de menor porte, o proprietário é responsável por fazer o planejamento estratégico da empresa, e tenta perceber possíveis oportunidades, busca novos negócios e propõe mudanças na dinâmica da empresa. Neste modelo, o investimento em pesquisa e desenvolvimento é participar de cursos, workshops e palestras sobre as tendências da área, frequentar feiras e ler publicações do setor, além de se manter atento às oportunidades ou riscos para o negócio.

A inovação deve ser tratada como uma filosofia. Ela exige dedicação, e gera aprendizado contínuo para a organização. Pode-se inovar produtos, processos e modelos de negócios, de forma incremental (pequenos avanços) ou radical (mudança drástica na maneira como o produto ou serviço é consumido).

 A 4ª Revolução Industrial trouxe a inovação disruptiva (radical) como carro chefe das startups e empresas de tecnologia. Estas empresas transformam um mercado ou setor existente introduzindo simplicidade, conveniência e acessibilidade onde a complicação e o alto custo é o status quo.

Veja alguns exemplos de inovação disruptiva: a Wikipedia, que hoje ocupa o lugar da enciclopédia; o AirBnb, que conquistou boa parte dos clientes dos hotéis; os aplicativos EasyTaxi e 99Taxis, que tomaram o lugar das empresas de rádio-táxi; os aplicativos de transporte compartilhado, como Uber e Cabify, que afetaram de forma importante o monopólio dos taxistas; serviços de streaming, como Netflix e Spotify, que acabaram com as vídeo-locadoras e as lojas de CDs, respectivamente; o Google, que substituiu guias impressos e listas telefônicas; o WhatsApp, cujo objetivo era simplesmente substituir o SMS. Cinco anos depois, foi comprado pelo Facebook por US$ 16 bilhões e inovou ao realizar chamadas telefônicas via internet, hoje é concorrente das operadoras de telefonia móvel do mundo inteiro.

O que nos espera? 

2030: Do recrutamento individual para o recrutamento da equipe;

2030: Liderança será sinônimo de motivação;

2030: O governo mundial poderá ser instaurado;

2030: Voos comerciais começarão a ser realizados sem pilotos;

2037: Carros deverão ficar livres de motoristas humanos;

2050: A população mundial atingirá o maior número possível e começará a declinar;

2050: Pais terão o direito de escolher características de seus filhos por seleção genética;

2062: Uma base será instalada em Marte;

2062: O primeiro humano clonado aparecerá;

2100: Uma nova Era Glacial começará;

2112: Grandes corporações terão pelo menos um executivo com inteligência artificial;

2150: Humanos poderão viver mais de 150 anos.

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