Investir é como andar de bicicleta - Uma reflexão sobre investimentos no ano de 2018
Você já viu um adulto que não sabe andar de bicicleta? Sem jeito, com medo de se machucar, desconfiado. A relação dele com a bicicleta lembra muito a do brasileiro médio com o mercado de investimentos . Investir para longo prazo exige prática, conhecimento e alguma habilidade.
Quanto mais cedo se entende o mundo dos investimentos, melhor, tal como ocorre com a bicicleta. O brasileiro, porém, sempre preferiu a ‘bike’ com rodinhas representadas pela liquidez diária e pelos juros elevados das aplicações conservadoras.
Mas esse conforto acabou. É hora de aprender a pedalar como adulto. A boa notícia é que o momento nunca esteve tão propício para se começar a entender este novo universo.
Se pelo lado da oferta de ativos o Brasil faz feio perante os demais países, em termos de investimentos, a situação não é diferente. Embora a indústria de fundos brasileira seja a 5ª e a 6ª colocadas em número de fundos mútuos e de ativos sob gestão, respectivamente, os valores aplicados em renda variável (ações, multimercados, imobiliários) representam apenas 9% do total, enquanto no mundo alcançam 60%, segundo dados do Investment Company Institute (ICI) e da Moody’s.
O interessante é que as condições atuais são propícias para o desenvolvimento do nosso mercado de investimentos de longo prazo.
Atualmente os investidores tem opções de investir de forma diversificada seja em renda fixa posfixada, prefixada, inflação, fundos multimercados atrelados a juros, câmbio e bolsa, fundos de investimentos em ações, fundos cambiais, fundos que investem na europa, eua entre tantos outras possbilidades.
Mas o seu maior inimigo chama-se EMOÇÃO!
Comprando na Alta e Vendendo na Baixa
Entre as principais vítimas desse erro estão os que gostam de seguir essas dicas do churrasco e do bar.
Uma das lógicas de se investir em ativos de maior risco e para o longo prazo é aproveitar oportunidades de baixa para investir e com uma boa margem de segurança. Ponto.
No entanto, mesmo sabendo disso, muitos fazem exatamente o oposto e, assim, são consumidos por seus próprios erros, que os fazem perder dinheiro na bolsa, em fundos imobiliários, em fundos multimercados e tantos outros ativos de risco.
Em geral, esse comportamento é comum entre aqueles que se deixam levar pelas armadilhas de um cérebro afetado pelo pânico seguido de irracionalidade causada por uma decisão equivocada de investimento.
Por exemplo: você comprou uma ação porque seguiu uma dica, só que logo que comprou ela começou a despencar. Consegue imaginar como se sentiria?
Dicas práticas para não cair nas armadilhas da sua cabeça
- Antes de considerar um bom investimentos, reflita sobre os critérios que usou para tal definição. Eles são sólidos, racionais e baseados em uma metodologia de investimento? Ou se são frutos de uma síndrome de torcedor de futebol?
- Não tome dados passados como ponto de referência. Baseie suas decisões no agora e nas perspectivas futuras do investimento em que está interessado. Para isso, não existe outro caminho a não ser estudar muito e desenvolver uma metodologia de investimento principalmente pensada no longo prazo, ou ter um profissional para lhe ajudar com isso.
- Jamais tome decisões por impulso sem estar devidamente embasado ou quando estiver vivendo um momento conturbado emocionalmente. Ao fazer isso, sua mente irá procurar inúmeras formas de enganá-lo e induzi-lo ao erro.
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6 aMarcos Vinicius Rodrigues Estevão