Jesus e Sua Paixão
Sexta feira, Paixão de Cristo. Hoje é o dia que escolhemos celebrar o maior sacrifício que ocorreu nesta terra tão sofrida. Para uma enormidade de pessoas representa um dia de meditar e sofrer junto a Jesus. É o dia que escolhemos para celebrar a dor dos nossos pecados.
Mas não enxergo assim. Jesus como Deus é amor, e como homem é paixão. Toda a bíblia nos mostra isso. Acho interessante chamarmos de Paixão de Cristo, porque mesmo interpretando erroneamente, demos o nome certo ao que aconteceu.
A paixão é um sentimento intenso, nunca conseguimos ocultá-lo, é visível e notório a todos ao redor. É um sentimento que nos suspende, que transcende o comum do dia a dia. Jesus como homem, não se isentou de lidar com todas as nossas pequenas emoções: tristeza, alegria, ira, mágoa, fraternidade, rejeição e tantos outros que moldaram esse barro animado. Mas foi na Paixão que Ele escolheu nos mostrar sua humanidade e a intensidade de seus sentimentos.
Como Deus, tinha acesso ao futuro, foco de uma missão traçada na eternidade, fruto do amor maduro e profundo do Nosso Criador, indo e vindo ao Pai, nos ensinando como lidar com essa dimensão do divino, da realidade do céu, e de Seus Caminhos. Ao vermos o caminho de Jesus na terra como Deus, aprendemos com sua infinita misericórdia, nos tornamos gratos pelas oportunidades e por toda a cura, do mal que nós mesmos nos infligimos. Jesus como Deus nos ensina sobre a paz.
Mas foi nesse dia tão especial, dia de traição, dia de tortura, dia de ingratidão e esquecimento, um dia como outro qualquer em que pessoas sofrem e morrem, que Ele escolheu para mostrar a força da sua humanidade. Foi nesse dia que Sua paixão por nós explodiu. A Sua paixão foi guerra, intensidade, superação, força e resiliência, disposição para um sacrifício que só com a totalidade desse sentimento seria possível suportar. Sua Paixão corrigiu o nosso maior erro, que foi o afastamento desse amor. Na cruz Ele moldou nosso destino, nos deu o rumo, nos arrancou da ausência insuportável da morte, nos uniu ao céu, atropelou nossa miséria e nos amou.
Nesses tempos cruéis, onde o ser humano mostra o seu pior, onde parece que regredimos como humanidade, onde a morte e o medo assumiram um protagonismo que não lhes foi autorizado, convido a todos a se apoiarem nessa cruz, a receberem aquele que foi o maior presente que poderíamos receber: Jesus se consumindo de paixão por nós.
SCS
Palestrante, Consultor, Médico, Escritor e Mágico
3 aBendito o que vem em nome do Senhor!